— Eu quero te contar. — As sobrancelhas dele se juntaram, e vi uma tristeza tão funda nos olhos que o tempo claramente não curara. Era uma dor antiga, como uma ferida que nunca cicatriza. Senti essa dor atravessar meu peito, até os ossos. — Ela era minha irmã — ele começou, a voz baixa, cortante de verdade. — Eu a amava mais do que qualquer outra coisa neste mundo. Quando ela e meus pais foram tirados de mim, brutalmente, violentamente... — a mão dele apertou a minha com força, e eu senti o fim do mundo por um segundo — por muito tempo eu desejei ter morrido com eles. "Damon..." A palavra saiu num sussurro que m*l conseguiu atravessar minha garganta. Minha outra mão foi procurar a dele, e as minhas, tão pequenas, envolveram aquela palma enorme; era como segurar um pedaço de pedra quente.

