capítulo 36

1095 Palavras

Pesadelo narrando O sol já tinha subido com força quando desci o morro. Coloquei o boné baixo na cabeça, óculos escuros, fone no ouvido, tudo pra ver se calava a bagunça que estava aqui dentro. Mas não adiantava. A imagem dela, com o macacão grudado no corpo, o cabelo no coque bagunçado, o susto no olhar depois do beijo... Tava tudo ali. Fresco. Latejando. Fui rodar o morro pra esfriar a cabeça. Troquei ideia com uns moleques na barreira, dei atenção ao menor que veio me mostrar um corte novo no cabelo, parei no bar do Ligeiro só pra fingir que tinha algo pra fazer. Mas mesmo com o burburinho da favela, com o som dos carros, a vida pulsando nas vielas… a imagem dela não saía. Era como veneno no sangue. Depois da ronda no morro, passei na boca. Tinha que ver os números das vendas de o

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR