Allana narrando Acordei encolhida, sentindo um arrepio correr pela espinha. O ar-condicionado tava no mais frio possível, e a coberta que antes me aquecia agora estava espremida num canto da cama. Abri os olhos devagar, ainda sonolenta, e estiquei o braço pro lado, procurando ele. A cama tava vazia. O quarto já estava escuro, só com a luz da rua passando pelas frestas da janela. Me sentei devagar, esfregando os olhos. Peguei o controle do ar na mesa de cabeceira e desliguei, suspirando fundo. Me levantei e fui até o interruptor, acendendo a luz. Ajeitei os travesseiros, estiquei o lençol e deixei tudo arrumado como ele gosta. Não queria deixar bagunça no espaço dele. Saí do quarto em silêncio, tentando não fazer barulho. No corredor, um cheiro bom de comida me invadiu, tempero forte,

