TALIBÃ NARRANDO
O gosto dela ainda estava nos meus lábios quando a gente se afastou. Não era só um beijo. Era um pacto silencioso, uma promessa dita sem palavras. E naquele momento, eu soube que não dava mais pra fingir. Não dava pra deixar ela solta no mundo como se não fosse minha.
Passei o polegar na bochecha dela mais uma vez, tirando o restinho da lágrima que ainda brilhava ali. Os olhos dela... p.orra, parecia que enxergavam além de tudo. Além da minha casca, além da minha dor, além dos meus erros.
— Agora tu é minha fiel, Sil — falei, firme, sem rodeios.
Ela me olhou surpresa, mas não se afastou. Só piscou algumas vezes, como se estivesse tentando entender o que eu estava dizendo.
— Eu vou falar com o Pesadelo. Vamos fazer um baile. Um evento só nosso. Eu quero que a comunidade
