PESADELO NARRANDO
Acordei com o cheiro dela, não sei que hora era, nem quanto tempo a gente dormiu. Só sei que o travesseiro tinha o perfume da Allana, e o corpo dela ainda estava grudado no meu. Tava quente, macio... vivo.
Abri os olhos devagar, tentando entender se tudo que tinha rolado era sonho. Mas quando senti ela se mexendo, tentando escapar de fininho da cama, eu soube. Não era sonho. Era real. E eu não queria que acabasse.
Sem pensar, estiquei o braço e segurei a cintura dela, puxando de volta com força.
— Vai pra onde? — minha voz saiu arrastada, mais rouca que o normal.
Ela riu, daquela risadinha leve que mexe com meu juízo.
— Preciso ir ao banheiro, né? Quer que eu fique aqui e faça xixi na cama?
Fechei os olhos e dei uma risada curta, puxando o rosto dela pra perto. Ela
