PESADELO NARRANDO Assim que cheguei na barreira e vi o carro, algo dentro de mim já disse que o clima ia virar. Não era qualquer um que aparecia ali daquele jeito. Ainda mais com três seguranças armados e com cara de quem já matou olhando no olho. O motor ainda estava ligado. Um dos vapores me lançou um olhar tenso, como quem dizia. “Esse aí não é cria. É cobra.” O Talibã parou a moto ao meu lado. Não precisou falar nada. O silêncio entre nós dois já dizia tudo. Foi quando a porta de trás abriu. Um homem desceu. Alto, roupa alinhada demais pro morro, barba feita, corrente de ouro no pescoço, várias tatuagens distribuídas pelo corpo e um olhar que não piscava. Me aproximei devagar, a mão coçando pra ir na cintura. — Que p***a é essa? — perguntei direto. — quem é você e o que você tá

