"É o seu corpo, vamos com tudo se você quiser
Tão forte como você quiser, suave como quiser."
Como era de se esperar a Ellie ficou em puro estado de êxtase. Ela sempre quis conhecer o Brasil, e segundo ela, os homens brasileiros podiam ser bastantes atraentes.
Fiz todo o meu trabalho com excelência e depois do que aconteceu na academia, minha cabeça deu voltas.
Saí apressada do trabalho, já eram 21:30.
Eu ainda tinha que deixar o Totó com a Ellie e lhe dizer sobre a comida, banho, o cartão do veterinário, e ainda por cima, tinha que arrumar minha mala.
Abro a porta e dou vários beijinhos no pêlo branco do Totó. Ele abana o rabinho e late para mim. Anoto em um papel todas às coisas que ele precisa e vou tomar um banho.
Seco meu cabelo, e caminho de toalha até minha bagagem.
Não faço ideia do que levar. Me informaram sobre a temperatura quente do Rio de Janeiro.
Opto por roupas sociais - já que é uma viagem de trabalho - , coloco na mala biquíni também, caso eu tenha alguma folga para conhecer a cidade e roupas leves.
Moro em Nova York, não é sempre que o sol aparece por aqui. Coloco rasteirinhas, botas, e saltos também.
**
- Podemos ir, Srta. White? - Sebastian pergunta.
Faço que sim com a cabeça e o seu motorista parte em direção ao aeroporto. Vamos viajar de primeira classe, nunca viajei em um avião.
Esperamos em uma sala até que nosso voo seja chamado.
- Está bem? - Sebastian pergunta analisando o meu rosto.
- Não. Estou apavorada. Diante da minha resposta Sebastian caí na risada.
- Vai ficar tudo bem, Srta. White. - Ele diz com um sorriso espontâneo. Seus dedos tentam procurar pelos meus, mas eu os distancio dele.
- Obrigada.
Quando finalmente chamam o nosso voo eu e ele somos os primeiros a entrar. Nossos assentos são um do lado do outro. Uma aeromoça muito bonita, com cabelos ruivos e olhos azuis nos serve um Cappuccino. Eu agradeço e aceito de bom grado. Sebastian faz o mesmo e me questiona sobre desejar algo para comer também. Faço que não e ele pede educadamente para que a aeromoça nos traga os melhores travesseiros.
Assim que ela os traz eu o pego e coloco atrás da minha cabeça. Tem lençóis também.
O avião enfim decola e sinto meu estômago se retrair. Sebastian aperta minha mão com a sua e eu me acalmo.
- Estou aqui. Pode segurar minha mão até pegar no sono. - Ele me olha preocupado.
- Não precisa. - Digo firme e solto meus dedos da sua mão.
- Deixe de bancar uma garotinha de 12 anos. Eu não vou fazer nada com você nesse avião. Se é uma viagem a negócios, viemos a trabalho. - Ele diz voltando a segurar minha mão.
Dou risada da insistência dele e permito que a segure.
- Você não pode falar de mim. Se estressou apenas por eu não deixar que segurasse minha mão.
- Me estressei porquê isso é importante.
Não consigo dizer mais nada depois disso. Decido adormecer até chegarmos ao Brasil. Afinal, teríamos muito trabalho.
Desperto com o comandante avisando sobre o pouso. Sebastian ainda dorme segurando minha mão. A retiro e ele acorda.
- Chegamos, Sr. Hayden.
**
Assim que pegamos nossas malas um motorista particular já estava a nossa espera. E não era um táxi ou coisa assim.
Era simplesmente uma limousine a nossa espera.
Eu e Sebastian entramos e eu fiquei encantada com Copacabana.
As pessoas andando pela rua com vestidos leves e curtos, pessoas andando de Skate pelo calçadão. O mar logo atrás, tudo era incrivelmente lindo.
O motorista abre a porta para mim e Sebastian e Sylvia estava a nossa espera no Windsor Atlantica Hotel.
Tudo era inacreditavelmente lindo.
Os dois foram na frente até a recepção.
- Eu pedi quartos separados. - Sebastian fala arrogante ao funcionário do hotel.
Entro no meio da conversa, já que fui eu que havia reservado os quartos.
- Eu sinto muito, Senhor. Mas estamos lotados.
- Eu não me importo. Não quero causar um incômodo para a minha funcionária devido ao erro de vocês.
Leio o nome do rapaz no seu crachá.
- Gabriel, eu mesma fiz todas as reservas. Pode conferir. - Falei educadamente.
O rapaz falava inglês perfeitamente, o que foi ótimo, pois não faço ideia de como falar português.
- Eu sinto muito senhora, mas há apenas uma suíte, além da com o nome da Srta. Sylvia.
Sebastian se irrita com o pobre funcionário e eu coloco as mãos no seu peito o fazendo se acalmar.
- Certo. Não há problema para mim. O senhor se importa, Sr. Hayden?
- Não, mas não quero causar nenhum constrangimento para você.
Sylvia disse que me ofereceria o quarto dela, mas como não era grande e só havia uma cama. Não tinha outra escolha.
- Está tudo bem. - Digo.
- Sylvia pode ir para o seu quarto. Está dispensada por hoje até o horário do jantar.
Temos um belo jantar com a nova empresa. Seu tom de voz é frio.
Subimos até o quarto e dou de cara com uma cama dossel enorme.
O quarto é gigante e a vista é belíssima.
Vejo a praia inteira daqui.
Nossas malas foram deixadas no quarto e Sebastian dá uma gorjeta generosa ao rapaz.
Um clima estranho predomina no quarto.
- Está bem mesmo para você? Não é porque nos beijamos, que eu a forçaria ou esperaria algo de você. - Ele sorri, agitando os cabelos.
- Sim, está Sr. Hayden.
- Você pode me chamar de Sebastian. Não há ninguém aqui, além de nós dois.
- Ok, Sebastian. Não é como se eu estivesse repelindo você agora.
Respiro fundo e pego uma roupa para tomar banho.
Sebastian desabotoa sua camisa preta social e tira o relógio do pulso. Ele caminha até a cama e liga a enorme TV plana do quarto.
Vê-lo sem camisa é uma imagem maravilhosa.
Encontro uma banheira de mármore e dou pulos de alegria. Coloco alguns sais enquanto a espero encher.
Tiro minha roupa e me permito afundar nela.
Assim que termino o banho visto uma roupa leve.
Sebastian está na mesma posição de antes. Ele pediu algumas guloseimas.
- O que é isso? - Pergunto. Ele se direciona para mim e aponta para o objeto na bandeja.
- Morango com brigadeiro - Dou risada da maneira como ele fala.
- Eu nunca comi brigadeiro. Isso parece muito bom.
- Você vai gostar, já provei aqui em uma viagem anterior. Quer provar? - Sebastian pergunta. Faço que sim. Ele pega um em sua mão e mela mais no brigadeiro, depois o passa levemente em meus lábios. Ele me manda abrir a boca e eu o faço. Seus olhos estão fazendo contato visual com os meus e percebo que está mais quente do que deveria.
Eu mordo um pedaço do morango com chocolate e percebo que estou no céu. Isso é uma delícia.
- Posso provar agora? - Ele pergunta.
Imagino que ele vá pegar o outro pedaço do morango, mas ele não o faz. Segura meu rosto com suas mãos e passa a língua pelo meu lábio superior, depois o inferior e por fim, a sinto em contato com a minha.
Dessa vez o beijo é diferente. E eu não consigo mandá-lo parar. É lento e cheio de desejo e coisas que não sou capaz de explicar.
Ele afasta sua boca da minha e sorri.
- Os dois estavam uma delícia. Aliás, tenho ideias interessantes sobre onde os morangos ficariam bem, Srta. White. Adoraria prová-los bem aqui. - Ele aponta para o meu sexo e eu tenho certeza que estou incendiando.
- Não era uma viagem de negócios? - Pergunto.
- Quem disse não tenho negócios para resolver dentro desse quarto?