Capítulo 5 - Posso provar?

1314 Palavras
"É o seu corpo, vamos com tudo se você quiser Tão forte como você quiser, suave como quiser." Como era de se esperar a Ellie ficou em puro estado de êxtase. Ela sempre quis conhecer o Brasil, e segundo ela, os homens brasileiros podiam ser bastantes atraentes. Fiz todo o meu trabalho com excelência e depois do que aconteceu na academia, minha cabeça deu voltas. Saí apressada do trabalho, já eram 21:30. Eu ainda tinha que deixar o Totó com a Ellie e lhe dizer sobre a comida, banho, o cartão do veterinário, e ainda por cima, tinha que arrumar minha mala. Abro a porta e dou vários beijinhos no pêlo branco do Totó. Ele abana o rabinho e late para mim. Anoto em um papel todas às coisas que ele precisa e vou tomar um banho. Seco meu cabelo, e caminho de toalha até minha bagagem. Não faço ideia do que levar. Me informaram sobre a temperatura quente do Rio de Janeiro. Opto por roupas sociais - já que é uma viagem de trabalho - , coloco na mala biquíni também, caso eu tenha alguma folga para conhecer a cidade e roupas leves. Moro em Nova York, não é sempre que o sol aparece por aqui. Coloco rasteirinhas, botas, e saltos também. ** - Podemos ir, Srta. White? - Sebastian pergunta. Faço que sim com a cabeça e o seu motorista parte em direção ao aeroporto. Vamos viajar de primeira classe, nunca viajei em um avião. Esperamos em uma sala até que nosso voo seja chamado. - Está bem? - Sebastian pergunta analisando o meu rosto. - Não. Estou apavorada. Diante da minha resposta Sebastian caí na risada. - Vai ficar tudo bem, Srta. White. - Ele diz com um sorriso espontâneo. Seus dedos tentam procurar pelos meus, mas eu os distancio dele. - Obrigada. Quando finalmente chamam o nosso voo eu e ele somos os primeiros a entrar. Nossos assentos são um do lado do outro. Uma aeromoça muito bonita, com cabelos ruivos e olhos azuis nos serve um Cappuccino. Eu agradeço e aceito de bom grado. Sebastian faz o mesmo e me questiona sobre desejar algo para comer também. Faço que não e ele pede educadamente para que a aeromoça nos traga os melhores travesseiros. Assim que ela os traz eu o pego e coloco atrás da minha cabeça. Tem lençóis também. O avião enfim decola e sinto meu estômago se retrair. Sebastian aperta minha mão com a sua e eu me acalmo. - Estou aqui. Pode segurar minha mão até pegar no sono. - Ele me olha preocupado. - Não precisa. - Digo firme e solto meus dedos da sua mão. - Deixe de bancar uma garotinha de 12 anos. Eu não vou fazer nada com você nesse avião. Se é uma viagem a negócios, viemos a trabalho. - Ele diz voltando a segurar minha mão. Dou risada da insistência dele e permito que a segure. - Você não pode falar de mim. Se estressou apenas por eu não deixar que segurasse minha mão. - Me estressei porquê isso é importante. Não consigo dizer mais nada depois disso. Decido adormecer até chegarmos ao Brasil. Afinal, teríamos muito trabalho. Desperto com o comandante avisando sobre o pouso. Sebastian ainda dorme segurando minha mão. A retiro e ele acorda. - Chegamos, Sr. Hayden. ** Assim que pegamos nossas malas um motorista particular já estava a nossa espera. E não era um táxi ou coisa assim. Era simplesmente uma limousine a nossa espera. Eu e Sebastian entramos e eu fiquei encantada com Copacabana. As pessoas andando pela rua com vestidos leves e curtos, pessoas andando de Skate pelo calçadão. O mar logo atrás, tudo era incrivelmente lindo. O motorista abre a porta para mim e Sebastian e Sylvia estava a nossa espera no Windsor Atlantica Hotel. Tudo era inacreditavelmente lindo. Os dois foram na frente até a recepção. - Eu pedi quartos separados. - Sebastian fala arrogante ao funcionário do hotel. Entro no meio da conversa, já que fui eu que havia reservado os quartos. - Eu sinto muito, Senhor. Mas estamos lotados. - Eu não me importo. Não quero causar um incômodo para a minha funcionária devido ao erro de vocês. Leio o nome do rapaz no seu crachá. - Gabriel, eu mesma fiz todas as reservas. Pode conferir. - Falei educadamente. O rapaz falava inglês perfeitamente, o que foi ótimo, pois não faço ideia de como falar português. - Eu sinto muito senhora, mas há apenas uma suíte, além da com o nome da Srta. Sylvia. Sebastian se irrita com o pobre funcionário e eu coloco as mãos no seu peito o fazendo se acalmar. - Certo. Não há problema para mim. O senhor se importa, Sr. Hayden? - Não, mas não quero causar nenhum constrangimento para você. Sylvia disse que me ofereceria o quarto dela, mas como não era grande e só havia uma cama. Não tinha outra escolha. - Está tudo bem. - Digo. - Sylvia pode ir para o seu quarto. Está dispensada por hoje até o horário do jantar. Temos um belo jantar com a nova empresa. Seu tom de voz é frio. Subimos até o quarto e dou de cara com uma cama dossel enorme. O quarto é gigante e a vista é belíssima. Vejo a praia inteira daqui. Nossas malas foram deixadas no quarto e Sebastian dá uma gorjeta generosa ao rapaz. Um clima estranho predomina no quarto. - Está bem mesmo para você? Não é porque nos beijamos, que eu a forçaria ou esperaria algo de você. - Ele sorri, agitando os cabelos. - Sim, está Sr. Hayden. - Você pode me chamar de Sebastian. Não há ninguém aqui, além de nós dois. - Ok, Sebastian. Não é como se eu estivesse repelindo você agora. Respiro fundo e pego uma roupa para tomar banho. Sebastian desabotoa sua camisa preta social e tira o relógio do pulso. Ele caminha até a cama e liga a enorme TV plana do quarto. Vê-lo sem camisa é uma imagem maravilhosa. Encontro uma banheira de mármore e dou pulos de alegria. Coloco alguns sais enquanto a espero encher. Tiro minha roupa e me permito afundar nela. Assim que termino o banho visto uma roupa leve. Sebastian está na mesma posição de antes. Ele pediu algumas guloseimas. - O que é isso? - Pergunto. Ele se direciona para mim e aponta para o objeto na bandeja. - Morango com brigadeiro - Dou risada da maneira como ele fala. - Eu nunca comi brigadeiro. Isso parece muito bom. - Você vai gostar, já provei aqui em uma viagem anterior. Quer provar? - Sebastian pergunta. Faço que sim. Ele pega um em sua mão e mela mais no brigadeiro, depois o passa levemente em meus lábios. Ele me manda abrir a boca e eu o faço. Seus olhos estão fazendo contato visual com os meus e percebo que está mais quente do que deveria. Eu mordo um pedaço do morango com chocolate e percebo que estou no céu. Isso é uma delícia. - Posso provar agora? - Ele pergunta. Imagino que ele vá pegar o outro pedaço do morango, mas ele não o faz. Segura meu rosto com suas mãos e passa a língua pelo meu lábio superior, depois o inferior e por fim, a sinto em contato com a minha. Dessa vez o beijo é diferente. E eu não consigo mandá-lo parar. É lento e cheio de desejo e coisas que não sou capaz de explicar. Ele afasta sua boca da minha e sorri. - Os dois estavam uma delícia. Aliás, tenho ideias interessantes sobre onde os morangos ficariam bem, Srta. White. Adoraria prová-los bem aqui. - Ele aponta para o meu sexo e eu tenho certeza que estou incendiando. - Não era uma viagem de negócios? - Pergunto. - Quem disse não tenho negócios para resolver dentro desse quarto?
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