Capítulo 41

1030 Palavras

JR narrando O sol ainda nem tinha baixado direito, mas a Maré já respirava de novo com meu nome. Eu tava sentado no banco de concreto da praça, cigarro queimando nos meus dedos, o olhar varrendo cada canto daquele chão que já foi meu e agora voltava a ser meu trono. A favela tinha sido tomada, mas hoje… hoje a p***a tava no meu bolso de novo. Chamei o Gêmeo com um gesto de cabeça. Ele veio rápido, ainda sujo de pólvora. — Quero que tu rode essa p***a toda — falei, a voz baixa, mas cortante. — Pega cada vapor traíra, cada um que fechou com o Lobo, e traz aqui pra praça. Não é São João, mas eu tô afim de acender uma fogueira. Ele sorriu torto, aquele sorriso frio de quem entendia a merda que eu queria. — Deixa comigo, irmão. Em dez minutos essa praça vai tá cheia de lenha humana. Asse

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