Capítulo 2

518 Palavras
Bianca - Pode falar professor. Tudo bem se eu perder o ônibus, pego o outro. Falo na ironia. Era só o que me faltava agora, perder meu ônibus. -Não gostei do jeito que me interrompeu hoje na aula, da próxima vez tenha mais um pouco de educação e espere a pessoa acabar de falar garota. Diz ele com os seus braços cruzados. E que braços! Seus braços musculosos me tiravam a atenção toda a hora. Com toda certeza ele malhava bastante. -Tudo bem. Já acabou? Tenho que ir embora pois não vou de carro e sim de ônibus. Digo voltando do transe daquela perfeição divina. -Já, já acabei sim. E você poderia ter mais um pouco de educação. Fala ele indignado. Resolvo não responder saindo dali cuspindo fogo. Quem ele pensa que é para falar desse jeito comigo?Grosso! m*l educado! Filho da mãe! Gostoso! Isso que ele é. Estava saindo da escola até que escuto uma buzina em minha frente. - Toma cuidado para não ser atropelada garota. Diz ele rindo, tirando sarro da minha cara. Por Deus! Como eu queria esganar ele. Não é possível, como ele veio parar aqui fora do nada. É perseguição só pode. Resolvo seguir meu caminho em paz e bem plena, afinal de contas, teria que conviver com ele por muito tempo ainda. 4 meses depois Desses meses pra cá, a minha convivência com meu professor de física tem se tornado cada vez melhor, as vezes ele me provocava, mas não dava bola, até porque se desse daria na cara dele. Hoje teria aula dele e teria um teste para a minha tristeza. - Bom sala, apenas caneta azul ou preta encima da mesa o resto pode guardar. Qualquer sinal que eu achar que estejam colando é zero na avaliação e não irei querer justificação. Diz ele me encarando. Por que ele me encarou? Ele me chamou de colante? Era só o que me faltava. Aff ele sempre é assim, com esse humor bipolar, um dia está de bom humor no outro só falta dar um coice na gente. Estava lá fazendo o teste diva e plena até que ele aparece atrás de mim. -Difícil ai garota? Diz olhando minha prova por cima de mim. -Não professor , na verdade está até fácil. Digo meio nervosa por ter insinuado mais cedo que eu era colante. Estudei demais para essa prova, e tenho certeza que iria bem. -Que bom, sinal que estudou. -Sim e não foi pouco. -Que bom , gosto de alunas aplicadas assim. Sorriu de lado. -Que bom. Digo fingindo não dar importância, mas a verdade foi ao contrário. Como amava aquele sorriso. -Pelo que vejo fechou o teste. Diz sorrindo e que sorriso em minha Nossa Senhora dos sorrisos perfeitos. - Que bom fico feliz. Digo sentindo orgulho de mim mesma. Não demorou muito e a aula passou em um estalar de dedos e quando fui ver já estava em casa. Ele realmente quer me tirar do sério, só pode! Penso deitada em minha cama. Como apenas um ser humano é capaz de irritar e implicar tanto com o outro.
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