GABRIEL Outro dia, outro circo mediático. Estou de pé num pódio de frente para as portas principais de uma nova e brilhante escola primária, fechando metade dos olhos, para me proteger do sol que está batendo bem na minha cara. Ao meu lado, o diretor da nova escola, Evan Webber, dirige-se à multidão de alunos, pais e imprensa. A escola recebe centenas de mentes jovens, em setembro, e, graças a minha empresa, terão acesso a milhares de livros e dezenas de computadores na Biblioteca Belluci. O diretor discursa, agradece, a mim e a outros doadores, e tenta fazer piadas que não têm nem um pingo de graça. Nem sequer as crianças riem. Um deles tem o dedo no nariz e olha fixamente para o diretor, como se ele fosse o homem mais chato do mundo. Começo a me perguntar se ele realmente é. Enten

