2. Capitulo – Entre sorrisos e segredos

3398 Palavras
Isabela despertou naquela manhã com um sorriso no rosto e uma alegria contagiante. A noite anterior havia sido simplesmente mágica: o jantar elegante, a companhia encantadora de Juliano e o convite inesperado para um passeio de barco haviam criado uma aura de expectativa que ainda a envolvia. Enquanto os primeiros raios de sol filtravam-se pela janela do seu quarto, Isabela se esticou preguiçosamente, lembrando-se do convite de Juliano. A lembrança de suas palavras, oferecidas com um sorriso encantador, estava fresca em sua mente: “Que tal um passeio no meu barco para começarmos o dia de uma maneira especial? ” O pensamento do passeio de barco era irresistível. A ideia de passar a manhã com Juliano, em um ambiente íntimo e relaxante, fazia seu coração bater mais rápido. O convite, com sua promessa de um tempo especial juntos, parecia a perfeita continuação da noite inesquecível que haviam compartilhado. Com um entusiasmo renovado, Isabela se levantou da cama e começou a se preparar. O dia estava claro e prometia ser ensolarado, o que a inspirava a escolher um elegante conjunto de verão. Ela optou por um vestido leve, de cor clara, que combinava perfeitamente com a ocasião e com o clima agradável. Enquanto se vestia, seus pensamentos estavam voltados para o passeio que a aguardava. Imaginava o barco deslizando suavemente pelas águas tranquilas e a sensação de estar com Juliano em um ambiente tão bonito e íntimo. A ideia de um momento só deles, longe das formalidades da festa e em meio à beleza da manhã, era excitante. Ao terminar de se arrumar, Isabela deu uma última olhada no espelho, certificando-se de que estava impecável para o encontro. O pensamento de passar a manhã com Juliano, explorando as águas do litoral de São Vicente e desfrutando da companhia dele, a encheu de uma expectativa vibrante. "Será um começo perfeito para o dia. ” Ela pensou, sentindo-se animada e feliz com a perspectiva do passeio. Isabela desceu as escadas com passos leves e uma sensação de antecipação. O som suave de seus sapatos ecoava no hall de entrada, e o aroma do café fresco e das deliciosas iguarias do café da manhã preenchia o ar. Quando chegou à cozinha, encontrou o seu pai já sentado à mesa, saboreando seu café da manhã matinal. Bernardo, como sempre, parecia confortável e sereno na sua rotina matinal. Seu olhar penetrante e atento levantou-se ao perceber a presença de sua filha. Isabela aproximou-se e, com um sorriso carinhoso, inclinou-se para beijar o rosto de seu pai. — Bom dia, pai. Charles retornou o sorriso, seu olhar refletindo a ternura e a satisfação de ver sua filha. — Bom dia, Isabela. Como você está esta manhã? Ela acomodou-se ao lado dele na mesa, pegando uma xícara de café e servindo-se de um pouco das iguarias que seu pai havia escolhido para o café da manhã. — Estou ótima, obrigada. A noite de ontem foi realmente incrível. — Ah, sim? Charles perguntou, interessado. – Meconte sobre o que aconteceu. Isabela começou a comer, ainda com um brilho de entusiasmo nos olhos. — O jantar foi maravilhoso. Juliano foi um verdadeiro cavalheiro, como sempre. A companhia dele foi impecável, e o evento foi tudo muito bem organizado. Isabela sorriu, animada ao lembrar-se do convite. — Ele me convidou para um passeio de barco esta manhã. Achei a ideia encantadora e aceitei na hora. Estou ansiosa para aproveitar o tempo a sós com ele. Charles observou a expressão de sua filha com um olhar atento e apreciativo. — Juliano sempre foi um bom rapaz. Se ele a faz feliz, fico contente em saber. Isabela sorriu para o pai, tocada pela preocupação e carinho dele. — Sim, ele é maravilhoso. Acho que o passeio será uma forma perfeita de continuar a noite incrível que tivemos. Após um breve momento de silêncio, enquanto ambos apreciavam a companhia um do outro e o café da manhã, Charles olhou para Isabela. — Aproveite seu passeio, querida. E lembre-se de que estou sempre aqui para ouvir sobre suas aventuras. — Obrigada, pai. Isabela respondeu, com um sorriso afetuoso. – Vou aproveitar cada momento e contarei tudo para você depois. Com isso, ela se levantou da mesa, despedindo-se do seu pai antes de sair para encontrar Juliano. Ela se sentia totalmente realizada. Isabela estava ajustando os últimos detalhes do seu visual quando recebeu uma mensagem de Juliano: “Estou na frente da sua casa. m*l posso esperar para te ver.” O coração dela deu um salto de alegria e expectativa. Ela deu uma última olhada no espelho, conferiu se estava perfeita e, com um sorriso satisfeita, saiu do quarto. Descendo as escadas, o som dos seus passos ecoava suavemente pelo hall. Quando chegou ao pé das escadas, seus olhos se voltaram para a sala de estar. Ali, seu pai estava conversando com um homem que ela não reconhecia. O homem estava vestido de maneira impecável, com um terno sofisticado e uma expressão que parecia uma mistura de autoridade edesdém. O homem falava com um tom que parecia enérgico e insistente, enquanto Charles o escutava com uma expressão atenta e um pouco preocupada. Isabela sentiu um pequeno calafrio ao olhar para o homem. Sua aparência e postura a lembravam do sujeito que havia observado no jantar na noite anterior – o homem com o smoking de luxo e o comportamento desinteressado. Com um suspiro, Isabela decidiu que conversaria com seu pai mais tarde sobre o homem e o que ele estava fazendo ali. No momento, ela queria se concentrar no que havia de mais importante para ela: encontrar Juliano e aproveitar o passeio que ele havia planejado. Ela ignorou a conversa na sala e se dirigiu rapidamente para a porta da frente. Ao sair, viu Juliano encostado no carro, com um sorriso que fez seu coração acelerar. Ele estava tão charmoso quanto sempre, e o entusiasmo em seus olhos era contagiante. — Bom dia, Isabela. Juliano disse, aproximando-se e oferecendo-lhe um braço com um gesto cavalheiresco. – Pronta para nosso passeio? — Bom dia, Juliano. Isabela respondeu, com um sorriso radiante. – Estou pronta e ansiosa. Vamos aproveitar o dia. Enquanto entrava no carro e se acomodava ao lado de Juliano, ela deixou para trás as preocupações e a curiosidade sobre o homem na sala de estar. O que importava agora era o momento que ela estava prestes a compartilhar com Juliano, e ela estava determinada a aproveitar cada instante. ** Deixando de lado o que vira na sala de estar entre seu pai e o homem desconhecido, Isabela decidiu focar no que realmente importava naquele momento: seu encontro com Juliano. Aquela manhã era sobre ela e Juliano, seu futuro esposo, e o tempo que passariam juntos, explorando o que poderia ser o começo de um novo capítulo. Juliano estava vestido de maneira elegante e apropriada para o passeio de barco, com uma camisa de linho leve e calças de algodão em um tom neutro que destacavam sua figura esbelta e atlética. Ele parecia perfeitamente à vontade, como se fosse natural para ele combinar sofisticação com um toque casual, adaptando-se a cada ambiente. Havia um ar de confiança relaxada em seus olhos, algo que sempre fazia o coração de Isabela bater um pouco mais rápido. No carro, a conversa fluía fácil e animada. Isabela, sempre tão contida em eventos sociais, sentia— se mais leve na companhia de Juliano, como se pudesse ser ela mesma sem medo de julgamento. Ele falava de uma recente viagem a Paris, descrevendo as luzes da cidade e os encantos das ruas com um brilho apaixonado nos olhos. — Quando estive lá, não pude deixar de pensar em como seria maravilhoso caminhar por aquelas ruas com você ao meu lado. Ele comentou, inclinando-se um pouco mais perto. – Imagino você admirando a Torre Eiffel ao pôr do sol. Seria inesquecível. Isabela sorriu, seus olhos brilhando com a ideia. — Você sabe exatamente o que dizer para me fazer sonhar, Juliano. Talvez um dia façamos isso juntos. Juliano pegou a mão dela e a beijou carinhosamente, seus lábios tocando a pele dela com suavidade. Em seguida, segurou a mão de Isabela contra o rosto, fechando os olhos por um momento como se estivesse absorvendo a sensação. — Eu espero por esse dia, Isabela. Ele disse em um tom suave, quase sussurrando. – Mas, até lá, aproveitaremos cada momento que tivermos aqui. Isabela sentiu seu rosto aquecer e o coração bater um pouco mais rápido. Havia uma i********e naquele gesto que a deixava sem palavras, uma sensação de que Juliano realmente a via e a valorizava de um jeito que ninguém mais fazia. Ele sempre tinha um jeito de fazer cada momento parecer especial, como se o mundo se reduzisse a apenas eles dois. — E hoje será um desses momentos. Ela respondeu, sentindo-se confiante e esperançosa. – Um dia perfeito para o nosso passeio. Juliano sorriu, o tipo de sorriso que sempre fazia Isabela sentir que o mundo ao redor desaparecia. — Tenho certeza de que será. E quem sabe, talvez eu tenha mais algumas surpresas reservadas para você. A promessa velada na voz dele fez o coração de Isabela saltar. A expectativa do que estava por vir aumentava, tornando a manhã ainda mais emocionante. "Talvez, ela desse ali seu primeiro beijo”. Pensou consigo, enquanto o carro avançava pelas ruas que levavam ao cais, ela deixou-se relaxar, fechando os olhos por um instante e aproveitando a brisa leve que entrava pela janela. Ali, ao lado de Juliano, sentia que estava exatamente onde deveria estar, pronta para qualquer coisa que aquele dia pudesse trazer. ** Bernardo Alvares estava tenso. Sentado na sua poltrona favorita na sala de estar, ele não conseguia esconder o nervosismo enquanto encarava o homem que estava parado à sua frente. Seus dedos batiam suavemente no braço da cadeira, um gesto que, para qualquer um que o conhecesse bem, denunciaria a sua inquietação. O homem diante dele era uma figura que exalava um tipo de poder dominante, algo que parecia preencher o ambiente. Alto e de ombros largos, ele tinha uma presença imponente que exigia atenção. Seus cabelos escuros, cuidadosamente arrumados para trás, conferiam-lhe um ar de controle meticuloso. Vestia um terno escuro, de corte impecável, que parecia ter sido feito sob medida para destacar sua estatura e postura firme. O tecido caro brilhava levemente sob a luz da sala, dando um contraste quase ameaçador ao seu semblante. Seus olhos, de um tom profundo e escuro, estavam fixos em Bernardo com uma intensidade fria, como se ele pudesse ver através de qualquer máscara ou pretexto. Aquele olhar parecia não apenas penetrar, mas também desafiar. Havia algo no homem – uma mistura de confiança inabalável e impaciência – que tornava a atmosfera quase palpável de tensão. Ele não se incomodava em disfarçar seu desinteresse nas trivialidades ao seu redor. Seus braços estavam cruzados, o queixo ligeiramente inclinado para cima, como se tivesse todo o tempo do mundo para esperar que Bernardo dissesse algo. Quando ele falava, sua voz era baixa e controlada, mas havia um peso em cada palavra, como se não houvesse espaço para negociações. — Sr. Alvares. O homem finalmente falou, seu tom carregado de uma formalidade que soava quase como um insulto. – Não vim aqui para perder meu tempo. Espero que entenda a seriedade da nossa conversa. Bernardo respirou fundo, tentando manter a compostura, mas sentia-se como se estivesse sendo avaliado, testado de alguma forma. O desconhecido, não para Bernardo, era claramente alguém que sabia o que queria e estava acostumado a consegui-lo. O velho homem podia sentir o ar ao seu redor ficando mais denso, cada segundo de silêncio ampliando a pressão. — Estou ciente. Respondeu Bernardo, tentando soar firme, mas havia uma leve tremulação em sua voz. – Mas não esperava essa... visita. O homem apenas inclinou levemente a cabeça, um gesto quase imperceptível de desdém ou, talvez, paciência se esgotando. Bernardo sabia que precisava escolher suas próximas palavras com cuidado. O sujeito, com sua postura dominante e olhar fixo, não parecia ser alguém que aceitasse respostas vagas ou indefinições. Ali, naquela sala, ele era uma força que não podia ser ignorada, um adversário que Bernardo precisaria enfrentar com cautela. ** Quando o carro parou no cais, Isabela podia sentir a brisa fresca que vinha do mar, trazendo consigo o cheiro de sal e a promessa de um dia memorável. Ao lado dela, Juliano saiu do carro e rapidamente contornou até o lado dela, oferecendo a mão para ajudá-la a descer. Ele ainda tinha aquele sorriso encantador no rosto, mas havia uma rigidez em seus movimentos que ela não havia notado antes. — Bem-vinda ao nosso refúgio particular. Ele disse, apontando para o elegante barco ancorado mais à frente. Era um iate de luxo, com linhas modernas e um brilho impecável que refletia o sol da manhã. Isabela não pôde deixar de admirar a beleza da embarcação e a expectativa cresceu ainda mais dentro dela. — É deslumbrante, Juliano. Respondeu ela, com um brilho nos olhos. – m*l posso esperar para ver o que você planejou. Juliano estava prestes a responder quando o toque insistente de seu celular o interrompeu. Ele puxou o aparelho do bolso e, ao olhar para a tela, sua expressão mudou ligeiramente. O sorriso descontraído desapareceu por um momento, substituído por uma linha tensa em seus lábios. — Me desculpe, Isabela. Ele murmurou, seu tom tentando se manter leve. – Preciso atender essa ligação. É... importante. Ele se afastou alguns passos, virando-se para longe de Isabela. Ela o observou enquanto ele atendia o telefone, tentando manter um tom calmo e controlado, mas era evidente que algo o estava incomodando. Ela podia ver as suas costas tensas e a maneira como seus dedos se apertavam ao redor do celular. “Eu disse que isso deveria ser resolvido, ” ouviu-o dizer, sua voz grave, embora ele tentasse mantê-la baixa o suficiente para que Isabela não pudesseouvir claramente. “Não me importo com desculpas. Apenas faça o que eu pedi. ” Houve uma pausa enquanto ele ouvia a resposta do outro lado da linha. A mão livre dele correu pelo cabelo em um gesto de frustração. Juliano estava claramente tentando manter uma aparência de controle, mas havia uma tensão em cada linha de seu corpo. Isabela começou a sentir um desconforto crescente, uma intuição de que algo não estava certo. Quando finalmente desligou, Juliano respirou fundo e colocou o celular de volta no bolso. Ele se virou para ela com um sorriso que parecia um pouco forçado, mas seu charme habitual ainda estava ali. — Me desculpe por isso. Disse ele, aproximando-se de novo. – Negócios inesperados. Algo que deveria ter sido resolvido ontem, mas... você sabe como as coisas são. Isabela sorriu, embora com uma leve hesitação. — Claro, eu entendo. Espero que não tenha sido algo sério. Juliano balançou a cabeça, tentando dissipar a preocupação no ar. — Nada com o que você deva se preocupar. Mas, infelizmente, parece que terei que adiar o nosso passeio hoje. Ele suspirou, parecendo sinceramente desapontado. – Eu realmente queria aproveitar essa manhã com você, mas isso não pode esperar. Isabela tentou esconder a decepção em seu rosto, mas não pôde evitar sentir um aperto no peito. — Eu entendo, Juliano. Tenho certeza de que teremos outras oportunidades. Ele segurou sua mão novamente, seus olhos nos dela, como se quisesse transmitir uma promessa silenciosa. — Você sabe que esse é o momento mais importante do meu dia, certo? Assim que eu resolver isso, vou me certificar de compensar você. Prometo. Isabela assentiu, querendo acreditar nele. — Tudo bem. Eu confio em você. Juliano a beijou suavemente na mão mais uma vez, mas havia uma rigidez na forma como ele se afastou. — Consegue pedir um táxi? Realmente tenho que resolver esse problema, e não tenho como levá-la para casa. Ele perguntou, sorrindo para ela. — Sim, não se preocupe. Isabela respondeu, pegando o seu celular. — Me avise quando chegar em casa, me preocupo com você. Ele disse, antes de se virar e se afastar, caminhando em direção ao carro com passos decididos. Isabela ficou ali, sozinha no cais, observando-o se afastar. A brisa do mar soprava os seus cabelos, e o som das ondas quebrando suavemente contra o barco que eles nunca embarcariam ecoava ao seu redor. Ela não conseguia se livrar da sensação de que havia algo mais acontecendo com Juliano, algo que ele não estava disposto a compartilhar. Pegando seu celular, ela ligou para o serviço de taxis, esperando ali parada; pensativa sobre o que vira, ela queria acreditar na imagem perfeita que ele sempre mostrava a ela, mas, no fundo, sabia que havia algo por trás daquele sorriso encantador – algo que ele ainda não estava pronto para revelar. ** Quando Isabela chegou em casa, o que encontrou foi uma visão inesperada e agitada. Assim que o carro parou diante da entrada da mansão, ela percebeu um grande movimento ao redor e dentro da casa. Pessoas iam e vinham carregando caixas, arranjos de flores, tecidos luxuosos, e outros materiais. Havia decoradores, assistentes, e uma variedade de outros funcionários, todos se movendo como um enxame bem coordenado. No centro de toda essa movimentação estava Cristiano, o braço direito do seu pai. Ele era um homem de meia-idade com uma postura impecável e olhar atento, conhecido por sua capacidade de organização e por sempre manter a casa dos Silveira funcionando como um relógio. Hoje, porém, ele parecia ainda mais enérgico, dando ordens de maneira firme e direta, a sua voz soando alta acima do burburinho de conversas e atividades. — Eu disse que esses arranjos vão para a ala oeste, não aqui! Ele exclamou, apontando para um grupo de assistentes que carregavam uma série de vasos de flores. – E vocês, por favor, certifiquem-se de que a tapeçaria esteja esticada e sem dobras antes de colocá-la no salão principal. Não temos tempo a perder! Isabela franziu o cenho, intrigada com a intensidade da preparação. Ela caminhou rapidamente até a entrada, tentando compreender o que estava acontecendo. Assim que entrou na casa, a cena era ainda mais caótica – tapeçarias sendo penduradas, móveis sendo arrastados, e uma série de luzes de cristal sendo cuidadosamente polidas. — Isabela! A voz familiar de seu pai, Bernardo, a chamou de uma das salas adjacentes. Ela se virou para vê-lo caminhando em sua direção com um sorriso largo no rosto, mas seus olhos estavam cheios de uma energia nervosa. — Papai, o que está acontecendo aqui? Por que essa correria toda? Ela perguntou, aproximando-se dele. Bernardo riu, claramente animado. — Minha querida, estamos organizando a maior festa à fantasia que essa cidade já viu! Será no salão principal, em poucos dias. Um evento para marcar história. Isabela piscou, surpresa. — Uma festa à fantasia? E por que tão de repente? Ele balançou a cabeça, ainda sorrindo. — Não tão de repente assim, minha filha. Há tempos venho pensando em algo grandioso para trazer nossos amigos e contatos mais influentes aqui. Uma celebração em grande estilo, algo que combine diversão e... oportunidade de negócios. E que melhor maneira de fazer isso do que com uma festa cheia de mistério e fantasia? Isabela suspirou, reconhecendo o brilho de excitação nos olhos de seu pai. Bernardo sempre teve um talento especial para transformar eventos sociais em oportunidades estratégicas. — E você já decidiu seu traje, papai? Ela perguntou, com um sorriso divertido. — Ah, isso é surpresa! Ele respondeu com um tom conspiratório, aproximando-se mais dela. – Mas você, minha querida, será o destaque da noite. Quero que escolha algo espetacular. Algo que combine com a elegância e a beleza que você representa. Ela revirou os olhos levemente, mas não pôde evitar sorrir. — Tudo bem, vou pensar em algo à altura daexpectativa. — Ótimo! Tenho certeza de que será inesquecível. Agora, se me dá licença, preciso supervisionar a montagem do palco. Bernardo disse, virando-se para dirigir algumas palavras rápidas a Cristiano. – Certifique-se de que todos os convites sejam enviados ainda hoje. Não podemos ter nenhum deslize! Isabela observou seu pai se afastar, ainda dando ordens com seu entusiasmo característico. Ela sabia que, quando Bernardo Alvares se propunha a algo, ele não poupava esforços. A festa à fantasia prometia ser um evento grandioso e, certamente, movimentaria ainda mais as águas turbulentas da alta sociedade do Jardim Europa.
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