Prólogo – O Homem Que o Mundo Enterrou Vivo

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Prólogo – O Homem Que o Mundo Enterrou Vivo A morte nunca foi tão silenciosa. Gustavo Oliveira não se lembrava do impacto. Apenas da sensação de queda. Do som dos gritos. Do fogo consumindo tudo. E depois... silêncio. Um vazio profundo. Como se o mundo tivesse sido arrancado de dentro dele. Mas ele não morreu. Não completamente. Preso entre a vida e a morte, Gustavo se tornou um espectador da própria tragédia. Em coma, seu corpo imóvel, enfraquecido, mantido por máquinas. Mas sua mente... sua mente gritava. Lúcida. Aflita. Viajando pelas memórias que ele mais amava: o sorriso doce de Bianca, os primeiros passos de Enzo, os planos para o futuro que nunca aconteceu. Ele esperou. Todos os dias. Esperou por uma visita. Por um milagre. Por uma voz familiar que dissesse: “Você vai ficar bem. Estamos aqui.” Mas ninguém veio. O tempo passou, c***l e impiedoso. E, com ele, vieram as notícias que destruiriam qualquer esperança que ainda restava. Quando acordou, anos depois, Gustavo já não era o mesmo homem. Sua alma estava fragmentada, coberta por camadas de dor e revolta. O mundo o havia enterrado. Declararam-no morto. E Bianca... Bianca seguiu em frente. Mas o que o fez sangrar por dentro não foi apenas o luto superado. Foi o nome de quem ela escolheu para recomeçar: Caio. Seu melhor amigo. Seu irmão de alma. O homem que jurou proteger sua família, que segurou sua mão em tantos momentos, que conhecia cada segredo, cada plano, cada sonho. E foi justamente ele quem cravou a faca mais fundo. Caio sabia. Ele soube desde o início. Gustavo não morreu no acidente. Foi encontrado com vida, levado ao hospital, estabilizado. Estava em coma, sim — mas vivo. Havia uma chance. Uma esperança. E mesmo assim, Caio escondeu a verdade. Não contou para ninguém. Deixou Bianca acreditar que o marido estava morto, que o corpo havia desaparecido. Aproveitou a dor, o luto, o caos... para ocupar o lugar que nunca foi seu. Gustavo perdeu tudo: seu nome, seu lugar, seu lar, sua mulher, seu filho. Mas ele voltou. Não como o homem que partiu, mas como um novo Gustavo. Frio. Calculista. Com o coração endurecido por anos de abandono. Com um plano. Com fome de justiça. Ele se escondeu à sombra de uma nova identidade. Começou do nada. Sem família. Sem herança. Sem o conforto de uma vida passada. Mas com um propósito claro: reconstruir-se para destruir. Destruir o império que Caio construiu em cima da mentira. Destruir a confiança de Bianca, que acreditou tão facilmente na ausência. Destruir tudo o que foi usado para apagar sua existência. E ainda assim... no fundo, Gustavo ainda ama. Ama o filho que cresceu sem saber quem ele era. Ama a mulher que o traiu — ou será que apenas o esqueceu? Ama o lar que perdeu, mesmo sabendo que talvez nunca mais o terá de volta. Esse amor é a força que o empurra. Mas também é a corrente que o prende. E por isso, sua maior batalha será contra si mesmo. Porque quando tudo estiver feito, quando Caio estiver no chão e o mundo souber a verdade... Gustavo precisará olhar no espelho. E talvez o homem que ele se tornou seja irreconhecível. Talvez não haja mais nada a salvar. O Império da Vingança não é apenas sobre traição. É sobre renascimento. É sobre feridas que não cicatrizam. É sobre um homem que foi esquecido por todos — mas que nunca esqueceu. --- Atualizações diárias a partir de 26 de abril! Adicione O Império da Vingança à sua biblioteca. Fique ligadinha, porque essa história vai virar o seu mundo de cabeça pra baixo. Prepare-se para o reencontro com a dor, o amor e a vingança.
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