Assim que terminou o seu café , David voltara ao seu quarto.
A mente confusa a ansiedade em pensar que a qualquer momento ele poderia cruzar com Will , e nas coisas que poderiam acontecer.
O receio de vê-lo novamente e ceder ao seus encantos , e agora , que sabiam dos sentimentos um do outro tudo estaria ainda mais complicado porque o desejo de beija - lo de novo viria a tona.
Andando de um lado a outro em seu quarto , sentava e depois levantava de sua cama impaciente. Roendo as unhas tremendo a perna e a adrelina de uma ansiedade lhe deixando mais nervoso.
Em sua cabeça martelava uma dúvida da qual o deixava prestes a ter um surto , ainda que sua conversa com o Enzo deixasse muitas coisas claras , ele não ainda não conseguia se decidir , olhara o livro em cima de sua escrivaninha que dentro guardava a carta que ele tinha escrito no dia anterior.
- Tenho tanto medo de estar fazendo a coisa errada e perder você. Perder alguém que nem tive tempo de ser meu. Disse olhando o livro , levantou e quando estava com a carta nas mãos , durante alguns segundos pensou em desistir. Ele parara..olhou em volta e antes que mudasse de ideia permaneceu convicto que guarda - la naquele momento , seria o melhor.
David abriu a gaveta de sua escrivaninha e pegando uma pasta com papéis , guardou a carta.
Ele sentia que ainda não era o momento , ele esperaria mais um pouco , daria tempo ao tempo porque sentia que logo logo as coisas poderiam se resolver. E ele e Will poderiam se acertar.
Seu pai era rígido e André era o único familiar mais próximo a ele. David nunca chegara a se aproximar de mais ninguém depois da morte de sua mãe , Elisa. Os únicos momentos que pudera lembrar era somente quando ela orgnizava os banquetes , jantares em família a ceia Natalina , ou nos aniversários de casamento.
O som dá maçaneta chegara em seus ouvidos , era Lucinda.
- Senhor Davidson , o motorista o espera lá em baixo , precisa ir a aula.
- Eu já estou indo , Lucinda , desço em alguns instantes. Diga que chego em 5 minutos.
- Tudo bem , Senhor. Ela assentiu.
Enquanto ouvia os passos de Lu descendo as escadas David olhava a gaveta da qual ele havia guardado a carta , pensara em pega la de volta , mas concluiu que o melhor seria deixa la ali.
Ele desceu as escadas indo até o carro que o aguardara em frente aos portões da grande mansão azul celeste , no caminho um belíssimo Jardin de rosas brancas. O jardim que sua mãe cuidara com todo amor enquanto viva , nunca deixou que ninguém cuidasse por ela , Elisa amava estar próxima da natureza , do ar puro , de segurar a tesoura de jardinagem e calmamente cortar os galhos das flores secas.
O clima estava quente e calmo.
O cheiro de pães vindo da sacola da Senhorita Rute que passava de nariz empinado segurando a coleira da cadelinha dos patrões.
David sorriu , se perguntava a razão de um empregada doméstica ser tão arrogante e achar que era a patroa. Chegava a pensar que ela mentia para todos que não a conhecia , que ela fosse a inquilina do condomínio.
Talvez fosse tão amiga dos patrões a ponto deles permitirem deixar , ela usar roupinhas curtas que chamassem a atenção. A sua pele bem tratada , os cabelos longos e escuros , óculos tomando conta de toda circunferência dos olhos e um vestidinho colado no corpo.
Ele entrou no carro e encostou seu rosto no vidro , desbloqueou o celular e olhou sua caixa de mensagens. Havia recebido mais algumas de Will naquela manhã , mas ainda não tinha tido coragem de responder.
Seu coração batia forte em pensar na possibilidade de Will estar te esperando na Universidade. Seu dia estava triste , sentia que nada fazia sentido , absolutamente nada para ele tinha graça.
Estava começando a ficar depressivo , m*l comia , m*l dormia e quando ia aula não conseguia prestar atenção em
nada. No caminho da universidade olhava tudo , mas não via sentido nas coisas.
Seus pensamentos fluíam e por mais que tentasse não lembrar , seus pensamentos o levara no beijo inesquecível que ele tomara de Will naquela tarde de primavera.
O carro parecia andar em círculos , andava e andava e nada de chegar. O tempo parecia ter congelado e aquilo o matava. Até...
- Chegamos , senhor. - Disse o motorista.
- Pegou um caminho diferente hoje , Oswaldo ? Perguntou David.
- Não , senhor. É o mesmo que faço todos os dias. Respondeu de forma formal e educada.
- Tive a impressão de ter demorado mais do que o normal.
- Percebi que o senhor está com a cabeça longe , espero que esteja tudo bem.
David parou e prestou atenção nas últimas palavras que ouvira de Oswaldo e sem hesitar , perguntou...
- Por que , Oswaldo ?
- Desculpe , senhor. Mas eu não entendi.
- Por que todas essas formalidades ? Você , a Lucinda. Sempre me chamam de senhor ?
Oswaldo o olhou como se não estivesse entendendo , contraiu as sobrancelhas e antes que David te perguntasse mais alguma coisa , ele respondeu.
- É norma , senhor. Seu pai é muito rigoroso quanto a isso gosta que todos os empregados tratem seus patrões com formalidade e poucas palavras.
E com o senhor não seria diferente.
David o encara revira os olhos e torcendo o lábio ele diz. - É a cara dele fazer isso. Já que é assim. Bom dia! Oswaldo , e esteja aqui uma hora mais cedo , por favor.
Ele sai batendo com a porta do carro e olhando para trás percebe que seu motorista o aguarda entrar para ter a certeza que ele está onde deveria estar. Que , talvez , uma das funções dele fosse vigia - lo ,
Mas vindo do pai que tinha não ficava impressionando porque esperava tudo de todos.
Enzo o aguardara na entrada , um cigarro na boca com a mochila pendurada no ombro. Havia cortado os cabelos deixando mais baixo que o de costume.
- Excelente dia , meu amigo. disse com um sorriso de orelha a orelha , levou o cigarro até a boca e deu um trago fazendo David tossir com a fumaça.
- Vamos entrar, quero saber tudo.
Disse Enzo jogando o cigarro no canteiro.
Com um sorriso enlarguecedor imaginando que teria boas notícias.
- Eu não estaria tão confiante amigo , não tenho nada de novo para te contar.
Ele Respondeu..
- Ainda não conversei com o Will , e a pior parte disso é que o meu pai acha que já estamos conversados. Que já não nos veremos mais.
Ela me pressiona muito. m*l posso respirar , ele é o tempo todo me monitorando , estou muito confuso. Você acredita, que ele me ameaçou.
- O quê? Enzo engoliu em seco...
- Nossa! O seu pai está mesmo focado em destruir vocês. Enzo sorrir ao perceber que usara a frase de um Filme , do qual tinha assistido uma vez e que tinha para ele o desejo de um dia poder falar aquilo.
- Como assim , te ameaçou ?Questiona
- Não foi bem uma ameaça , mas eu não sou t**o para não saber deduzir as coisas que o meu pai fala. Se ao menos meu pai sonhar com algo assim ele vai me matar, o próprio me disse que escolhe a morte a ter um filho homossexual.
- Eu não posso fazer nada , Enzo , corro o risco de meu pai acabar me dando uma surra se descobrir que...
David parou , naquele momento a resposta não poderia sair , ele não poderia falar ou menos pensar , mas quando o coração bate mais forte e traz a tona uma onda de paixão. Nada nem ninguém pode calar um coração cheio de amor, que sente a necessidade de colocar para fora aquilo que está preso dentro de si.
Depois de tudo que ouvira de Will , parecia que tudo que ele havia guardava para si , tinha despertado o desejo de estar próximo a ele , de poder beijar lo de novo o que naqueles dias tinha sido o que ele mais desejara.
- Que ? Você transou com ele. Disse Enzo.
- Não!!! David o interrompeu.. De maneira nenhuma. Acho que pensei alto demais.
- Agora Fiquei curioso , você automaticamente parou de falar como se tivesse medo que eu soubesse. Somoos amigos , correto ? Perguntou Enzo.
- Que eu o amo , a verdade é essa meu amigo , eu o amo. Concluiu com ar de alivio..
Enzo parou , tentou disfarçar a sua surpresa , por mais que desconfiasse que David amava Will ele não imaginara que aquilo era verdade.
Tentou absorver a ideia que o ele realmente amava alguém , parara no tempo e antes que David lhe perguntasse algo , ele respondeu.
É , É , É ele gagueja
- Você o ama ? Então as coisas estão ficando sérias mesmo. Admito estar surpreso , David. Você tem que falar com o Will o mais rápido possível. Já imaginou como ele deve estar.
- Ah!
David respirou fundo levando as mãos a cabeça sentando em sua carteira. Enzo via que ele estava triste , seu semblante depressivo os olhos miúdos e vermelhos se enchendo de lágrimas o denunciava.
- Mas é claro que sim. Eu penso nele o tempo inteiro , m*l consigo dormir a noite e a minha cabeça parece que vai explodir.
- Manda uma mensagem para ele , diz que quer conversar. Que quer resolver Tudo Isso. Você tem que correr o risco.
Disse Enzo tocando o braço de David.
- Sim , você Tem razão , ele tem me mandado várias mensagens , mas eu tenho ignorado. Eu vou falar com ele hoje , preciso conversar sobre Tudo , entender algumas coisas também ou corro o risco dele vir me procurar e aí sim o problema eu terei motivos para o meu pai querer arrancar minha cabeça.
A professora Pricila entrou na sala de aula com um vestido vermelho até os joelhos , Cabelos soltos e um batom vermelho impecável com um contorno perfeito.
Seus olhos claros e o delineado nos olhos a deixara elegante em cima de um salto 15 escuro e a sua bolsa pendurada no antebraço.
A aula levou uma eternidade para acabar o que Deixava David ansioso , uma batalha com a sua ansiedade. Cada professor que entrara em sala demorava um século. E enquanto eles falavam e falavam David m*l parava para prestar atenção. Ele só pensava em conversar com Will e deixar todas as coisas claras.
Após algumas horas tediosa e sem frutos de conhecimento. Todas as Suas aulas chegaram ao fim o que o fez deixar suas mãos mais trêmulas e suadas.
- Vou falar com ele. Obrigado por tudo Enzo , mas eu vou precisar de mais um favor seu.
- Claro! O que é ?
- Se eu demorar avisa pro meu pai que estou na sua casa. Não quero que ele fique preocupado e você é a pessoa que ele mais confia.
- Mas é claro , fique tranquilo. Eu aviso sim e não se preocupe vocês se amam e vão achar uma saída. E acho que você não precisa ir procurar mais o will.
- Por que está dizendo isso ?
Enzo ergueu as sobrancelhas guiando seus olhos até a esquina onde Will o aguardara. Capacete nas mãos sentado em sua motocicleta.
- Meu Deus!! O que ele faz aqui ?
- Você sabe a resposta , agora ande depressa antes que ele venha até você.
Seu coração parecia querer saltar de dentro do peito, suas mãos suavam e as forças de suas pernas pareciam querer faltar , seu ar parecia querer abadona - lo com cada passo que dava e via que estava próximo de Will.
- Me deseje boa sorte. Disse em voz alta.
- Não vai precisar, você tem o Amor dele. Agora vai , gritou Enzo acenando com uma das mãos e pegando um cigarro logo em seguida.
Em passos curtos ele andara até Will, sua mente o fazia pensar em um turbilhão de coisas ao mesmo tempo com as suas mãos suadas e trêmulas.
Estava tão nervoso que quase deu para trás. Respirava fundo e quanto mais se aproximava, sentia o desejo de beija-lo mais uma vez. Em menos de segundos ele já estaria com ele, o medo de acabar com qualquer vínculo afetivo com ele o domara a ponto de faze-lo querer chorar.
Apertou os olhos ,contraiu os lábios e antes que ficasse frente a frente com ele, fez um pedido ao seus próprios pés. POR FAVOR , NÃO ME FALHEM AGORA.......