IV - Manuela

3547 Palavras
Agora vendo por outro lado esses momentos em casais não são tão ruins, pelo menos se terminarem em uma bela f**a no banheiro. Uma chupada deliciosa, e mais que isso, o sorriso maravilhoso no rosto.             Olhar para Clara se tornou um dos meus vícios. Sua ousadia disfarçada de timidez, o jeito que pensa, completamente alheia ao que se passa ao seu redor. O carinho que faço na sua mão é algo bom, porque ela retribui. Apesar do silêncio no carro, sabemos que estamos nos entendendo apenas com o simples toque. São atos comuns, naturais, mas que aos poucos estão me fazendo ver com outros olhos uma relação, temos uma relação, certo? Espero que sim, pois depois dessa noite quero que ela tenha certeza do que, assim como eu tenho.             - Devo me preocupar por estar me levando para sua casa? – Enfim ela me olha, mas não solta minha mão, o que me deixa aliviada.             - Você deveria ter se preocupado quando caímos naquela ilha. – Ela gargalha, a melhor gargalhada que já ouvi.             - Ah, eu fiquei, pode ter certeza que fiquei, e nem foi do acidente.             - Você tem medo de mim? – Pergunto ao manobrar o carro para entrar no estacionamento do prédio.             - Não, não de você. Tenho medo de mim quando estou com você.             Então desligo o carro e a encaro. Ambas estamos sérias. Afetadas por suas palavras, fico feliz em saber que não sou só eu que perco o controle quando estou perto dela.             - Não quero que se prive de nada perto de mim, quero realizar todos os seus fetiches, desejos, não só os sexuais, quero estar ao seu lado, viver essa sensação nova que estamos descobrindo. Estou falando sério, Clara, nunca brincaria com você desse jeito, nem comigo mesma.             Posso escutar sua respiração pesada. Sei que ainda tem dúvidas, incertezas, insegurança. Não era uma cafajeste, tinha meus casos, mas sempre reservada, na verdade Clara é a primeira mulher que levo para jantar publicamente e deixo claro para quem quiser que ela é muito mais que amiga, o que é exatamente o que eu queria, tenho certeza que aparecerá alguma notícia sobre essa saída. Não sou uma famosa, mas aqui ou acolá sai alguma notícia minha, principalmente nas colunas de negócios.             - Tudo bem.             Sua resposta não foi tão segura quanto eu esperava, mas vou trabalhar esse aspecto com ela. Depois dessa noite na minha casa, no meu quarto, na minha cama, vou dar toda certeza que ela quer e merece.             - Vamos, baby.             Ela sorri e assente. Saímos do carro e vamos para a entrada. Não era o maior, nem o mais caro prédio da cidade, mas, com certeza é um muito bom. Tenho uma ótima condição financeira. Minha empresa de segurança presta serviço para todo o Estado. Quando alguma celebridade vem ao país, é para mim que recorrem. Preso pela privacidade, seguridade e competência, características que me trouxeram até onde estou.             Clara já esteve aqui várias vezes como minha secretária, confesso que fazia de propósito para tê-la por perto. Fazia-a levar minhas roupas para a lavanderia, fazer ligações pessoais, sempre tentando encontrar alguma forma de ficar ao seu lado. Eu era uma louca quando se tratava dessa mulher, mas acho que não mudou nada, talvez tenha piorado, pois agora que a tenho pretendo deixá-la perto de mim por um bom tempo.             - É estranho. – Olho-a assim que ela fala quando entramos no apartamento.             - O que? – Puxo-a para perto de mim. Minhas mãos repousam em sua cintura e as suas em meu ombro.             - Entrar aqui... Quer dizer, não entrar aqui, mas de forma diferente. Sei lá. Acho que nunca pensei que poderia acontecer.             - Então já imaginou nós transamos em meu apartamento? – Ela sorri, pois sei exatamente a resposta para aquilo.             - Você sabe que sim, Manuela. Só... Confesso que nunca pensei que poderia se realizar, afinal, você é minha chefe.             Afasto-me um pouco e levo minha mão direita para seu rosto, acariciando com cuidado sua bochecha.             - Você acha que é um problema eu ser sua patroa e estarmos nos envolvendo?             Ela fica mais séria e então respira fundo. Aquele ato também me dá a resposta para a pergunta. Eu também ficava receosa sobre isso, Iara me ajudou um pouco. Preso pela ética e profissionalismo, mas com Clara é impossível controlar.             - Eu só... Tenho medo de comentarem.             - Você se importa com o que falam sobre você?             - Não tem como negar, falarão que só estou na empresa por estar... Transando com você. Apesar de nós duas sabermos a verdade. – Com certeza entendo seu lado. – Estou tranquila quanto a isso. Ainda tenho dois meses com você, e espero ganhar a vaga no RH onde pretendo atuar.             - Você sabe que...             - Por favor, não. – Ela coloca a mão na minha boca e me impede de continuar. – Nem pense nisso. Não diga que esse emprego está garantido. – Eu suspiro, mas sorrio. Pego sua mão que está em minha boca e a beijo.             - Apesar de que eu iria dizer mesmo isso, não quis te ofender, não estava me referindo à certeza por estamos juntas, mas porque sei da sua competência. Clara, você é ótima no que faz. Eu e Iara já conversamos sobre isso, te elogiamos, assim como outros acionistas. Já me pediram você, querida. Tom a queria, Paula também, eu ficava furiosa, aquele velho maldito. Vejo como ele te olha. E Paula? Aquela lá nunca me enganou, sei bem que ela dá uma de hétero, mas no fundo gosta de uma b****a.             - Manuela! - Ela me repreende, mas sorri, beijando meus lábios em seguida.             - Só quero te mostrar que, se conseguir essa vaga, nunca duvide da sua capacidade. E não deixe que a opinião das pessoas atrapalhe no seu desempenho e sua confiança. Você é muito boa no que faz, eu sei disso, todos sabem disso. O fato de começar algo comigo não muda nada. Só mostra que tem bom gosto.             Mais uma vez consigo tirar um sorriso do seu rosto lindo. É maravilhosa a sensação de tê-la tão feliz em meus braços. Essa mulher é contagiante. Seus atos simples afetam as minhas reações.             - Eu sei da minha capacidade. Os comentários serão inevitáveis, até porque você não sabe disfarçar muito bem.             - Hey... Que calúnia.             - Claro, claro.             Sorri e eu reviro os olhos. Essa mulher é minha perdição, pois estou completamente ligada a ela. Até esse tipo de momento descontraído, eu não tinha em minha vida antes dessa mulher entrar nela, com certeza me mudando para a melhor.             - Engraçadinha. – Dou-lhe um selinho e a abraço mais pela cintura. - Quer beber alguma coisa?             - Pode ser só uma água? Eu já bebi bastante no restaurante.             - Está com medo de eu me aproveitar de você? – Pergunto ao caminhar para o bar. Adoro esse lugar, onde posso relaxar, me distrair.             - Tenho certeza que você prefere se aproveitar de mim eu estando sóbria.             Então a encaro, seriamente. Essa mulher tira minha razão, minha sanidade, quebra todas as minhas barreiras, assim como sabe exatamente o que falar para me deixar excitada, entregue, não sei como ela consegue, mas está se colocando em todos os lugares da minha vida, coisa que estou adorando.             - Sei que você sabe disso.             Pego a garrafinha com água e vinho para mim. Continuo nos encarando quando volto para perto dela e lhe entrego sua água. Com lentidão levo a taça para minha boca, adorando a forma que ela me olha, com desejo, excitação. Oh, droga, vou ficar pensando por um bom tempo naquela boca deliciosa me chupando, tirando de mim todo aquele prazer.             - Porque está me olhando assim?                   - Você sabe exatamente porque estou te olhando assim.             Deixo a taça na mesinha e me aproximo. Quando ela termina de beber a água, pego a garrafa e coloco na mesa também. Ela continua me encarando.             - Sei?             - Sim, você sabe.             Ela sorri, aquele sorriso meigo e que faz meu coração disparar. Chego mais perto e coloco minhas mãos em sua cintura. Uma de cada lado do seu corpo maravilhoso, moldado com perfeição naquele vestido colado.             - Que tal me mostrar como eu sei disso no seu quarto? – Ela diz tão sensualmente que sinto meu centro estremecer. – Lá na sua cama. – Se não fosse suficiente, ela aproxima sua boca do meu ouvido, junto da mão na minha nuca e sussurra. – Quero que me f**a gostoso na sua cama, para pensar sempre em mim antes de dormir.             - Oh, p***a.             Não consigo mais resistir. Puxo-a pela nuca para um beijo. Nossas línguas se manifestam no toque. Chupo, mordo, lambo cada centímetro daquela boca habilidosa. Minha outra mão aperta sua cintura, lugar onde comecei a adorar deixá-la.             - Quarto, agora!             Ela está ofegante, levo minha mão até sua b***a e aperto com força. Ah, como eu adoro o corpo dessa mulher. Escuto-a gemer, assim como eu mesma quero fazer, mas só penso em retribuir o prazer que me deu no banheiro do restaurante.             Afasto-me e seguro sua mão, pois sua vontade é igual a minha, quero Clara em minha cama, desejo observar seu corpo nu contra meus lençóis e mais que isso, preciso que o seu cheiro seja deixado em minha colcha, pois quero dormir todas as noites com seu perfume, pelo menos por enquanto.             Logo estamos em meu quarto. Ela já esteve ali, durante o dia, mas agora é diferente, ela está como mulher, como a minha mulher. Uma que eu preciso sentir estremecer debaixo do meu corpo.             - Se era diferente estar em sua casa nessas condições, imagina então estar em seu quarto.             Sorrio, pois de certa forma entendo seu ponto de vista. Ela está de costas, observa a cama. Aproximo-me, afasto seu cabelo para o lado e beijo seu ombro. Sua pele é macia, quente, suave.             - Sim, baby. – Sinto-a estremecer com os meus toques. – Acostume-se, pois ainda virá aqui muitas e muitas vezes. – Se ainda é possível, sinto-a ficar mais sexy, pois sei que está imaginando como será eu fodê-la em minha cama. – Relaxe.             Sussurro contra seu ouvido, ela geme. Com lentidão começo a abrir o zíper do vestido na parte de trás. Aos poucos ele escorrega por seu corpo, ela está sem sutiã, o que me deixa feliz, menos roupa para tirar, mas eu confesso que adoro tirar suas roupas lentamente.             Sem vergonha alguma eu olho sua b***a, aquela maravilhosa parte do seu corpo que me enlouquece toda vez que veste as roupas coladas.             - Vire-se.             Ela faz, sem hesitar. Sei que está tão ansiosa quanto eu. A filha da mãe está mordendo o lábio novamente. Sei que agora fará de propósito, pois acredito que ela sabe o efeito que tem, e mais ainda, ela adora me provocar.             Sorrio, pois é a minha reação natural por saber que ela está fazendo propositalmente. Aproximo-me mais e levo minha mão até seu lábio, está vermelho, ela mordia com força.             - Você gosta de me provocar.             - Não estou...             - Ah, está, Clara. Está sim. – Ela sorri, envergonha e excitada, isso a faz abaixar a cabeça. – E sabe o que mais? – Ela me encara. Acaricio sua bochecha e aproximo meus lábios, roçando com carinho. – Vamos para a ação, porque, p***a, Clara, você está me enlouquecendo.             Então a puxo para cima e ela enlaça suas pernas em minha cintura. Ela sorri contra o beijo que iniciamos. Não espero mais e nos encaminho para a cama. Deito-a com calma, mas necessitada de sentir seu corpo contra o meu. Preciso da pele contra pele. Quando a vejo acomodada no colchão, fico ereta e começo a despir-me. Clara se apoia nos cotovelos e fica me observando.             Quando tiro o vestido, também expondo meus s***s pela falta de sutiã, vejo-a me encarar com admiração. Sei do efeito que tenho em outras pessoas, mas com Clara parece ser diferente, com ela é como se meu corpo necessitasse disso para também ficar e******o, uma dependência estranha, mas o resultado é maravilhoso.             - Vem aqui.             Ela diz sem pudor algum, minha diabinha está presente. Adoro suas duas versões, mas, com certeza essa é a ideal para o momento. Volto a deitar em cima do seu corpo, agora sentindo sua pele quente contra a minha. Sua barriga sarada, seus pelos arrepiados, suas pernas estremecendo, tudo me enlouquece e me vicia nessa mulher.             Nosso beijo começa lento, mas eu não quero assim, eu quero mais. Preciso senti-la mais uma vez, preciso estar dentro dela novamente.             Desço meus lábios para o seu pescoço, ela vira a cabeça, me dando mais alcance. Mordo, adoro mordidas, adoro mordê-la. Ela geme, ah, sim, geme, querida.             - Manuela...             Clara empurra sua cintura para ser tocada pela minha. Sei que ela quer isso. Que ela quer ser tocada naquela parte, queria poder dizer que vou torturá-la, mas droga, eu não consigo resistir. Fico ereta novamente. Nossos olhares são intensos, pensamos a mesma coisa, a mesma excitação, o mesmo desejo incontrolável desde aquela ilha.             - Perfeita.             Ela diz e passa a mão pelo meu abdômen, nunca me senti tão bem por ter um corpo desejável. Antes parecia ser algo superficial, padronizar beleza. Mas Clara me faz pensar diferente, não de uma forma r**m, nunca, mas de um jeito que me faz querer ser bonita para ela, da maneira dela, como ela gostar.             Sorrio. Então fico de pé e seguro sua perna direita sob o olhar atento dela, começo a beijar seu pé, com carinho tiro o salto. Continuo a beijar até chegar perto da sua virilha, o que a faz curvar a cintura, mas eu paro, escuto-a resmungar, mas logo faço a mesma coisa com a outra perna. Fico ereta novamente e tiro meus próprios saltos.             A cada novo som que sai da boca de Clara, meu corpo arrepia junto com o dela, deixando claro nosso desejo uma pela outra. Quando chego novamente até sua virilha, respiro fundo perto do local que sei necessitar de atenção. Sem torturá-la mais começo a tirar sua calcinha fio dental de cor preta. Lento, deixando meus dedos roçarem por sua pele de propósito.             Clara está mordendo o lábio de novo, de olhos fechados. Ela pode até imaginar o quanto me deixa molhada entre as pernas, porém eu sei que é muito mais que isso, com toda certeza não poderia ser descrito com exatidão o quanto ela me afeta.             Não quero mais esperar. Deito-me novamente contra seu corpo, logo beijando seus lábios. Suas mãos vão para as minhas costas e arranham mais uma vez. Já entendi que ela gosta disso, não me importo, desde que seja em lugares que possa cobrir, acho que ela compreende isso, pois os arranhões ou são nesse lugar, ou na barriga.             Ela geme, agora aperta meu bumbum, essa mulher é uma perversão em pessoa. Adoro isso, seu lado selvagem.             - Quero você, baby, quero agora.             Digo, pois não sei se ainda conseguirei me controlar. Ela morde o lábio novamente, e como se isso fosse uma certeza, ela afirma.             - Pegue, pegue-me do jeito que quiser.             - Oh, Clara.             Volto a beijá-la. Seu corpo contra meus lençóis é algo inexplicável. Não tenho palavras para descrever a visão dessa mulher maravilhosa. De como me viciarei e depois sentirei falta de tê-la aqui novamente, não apenas para uma noite de sexo maravilhosa, mas para senti-la acalmar meu sono, relaxar meu corpo com carinhos, a dormir como uma pessoa normal.             Acomodo-me melhor na cama. Agora me encaixo na sua coxa, deixando seu sexo exposto, esse que eu toco com lentidão. Clara me encara, curvando um pouco a coluna e mexendo sua perna em contato com minha i********e, sabendo que eu quero aquilo.             - Tão molhada, baby. Sua b****a está louca para me ter dentro dela de novo, não é? – Ela morde o lábio novamente. Então aperto seu ponto mais sensível. – Responda, Clara, está?             - Oh, merda, sim, sim, por favor, me fode.             - Agora sim, essa é minha garota.             Então enfio um dedo dentro dela com lentidão, vendo sua reação de desejo. A forma que sua b****a me engole, me recebe, se delicia com meu toque, isso é incomparável, nunca tive um sexo tão completo, tão lindo, selvagem, mas também carinhoso. Completamo-nos, ela tem tanta certeza disso quanto eu.             - Mais, por favor, mais.             Eu obedeço, porque eu quero ter mais dela. Coloco outro dedo. Agora vendo-a curvar mais ainda o corpo. Rebolo em sua coxa. E caramba, isso é bom.             - Rebola, Manuela, isso.             - p**a que pariu, Clara.             Ela me encara e sorri. Nunca fui uma mulher passiva, não apenas em uma condição s****l, mas em todos os sentidos, gosto de estar no comando, gosto de saber que eu mando, que as pessoas se excitam com isso, de dar prazer e sair satisfeita com isso. Mas com Clara, com ela eu poderia ser o que ela quisesse, se pedisse para me algemar eu faria. Ah, droga, seria um fetiche meu? Não tenho tempo para pensar nisso, pois sinto sua i********e apertar meus dedos com mais vontade.             - Mais rápido, Manuela. Isso, assim.             Obedeço, pois estou chegando ao meu ápice e quero que ela venha junto comigo. Sua mão direita aperta o lençol, então com minha mão livre percorro seu braço e chego até sua palma, onde aperto contra o colchão.             Ela é maravilhosa, sinto seu calor, esse toque simples me dá mais certeza de que quero mais que apenas sexo, quero-a como minha mulher, na minha cama, na minha casa, na minha vida.             - Manuela, eu vou...             - Eu sei, isso, baby, goza comigo.             Minhas reboladas ficam mais firmes, assim como meus movimentos dentro dela. Sinto-a me apertar com mais força. É uma sensação indescritível, tão maravilhosa que seria eufemismo tentar descrevê-la.             - Oh, sim, Manu... Manuela.             Então sua coluna se curva alto, fazendo sua perna tocar com mais força meu sexo. Chegamos ao clímax, ainda me movimento, assim como rebolo devagar. Ela morde meu ombro e aperta minha mão que ainda segura. Nossos corpos relaxam aos poucos, mas ainda estão quentes.             Com cuidado saio de dentro dela e aproximo meus lábios dos seus. Beijando com carinho e atenção. Nossas mãos se largam, então ela abraça meu corpo pela cintura e eu me apoio na cama com as duas mãos.             - Acho que estou me apaixonando.             Ela diz e eu me afasto, mas Clara está com os olhos fechados. Sei que para ela dizer aquilo foi difícil, assim como seria para mim, nem sei se posso retribuir, não ainda. O que temos é muito forte, mas tenho feridas ainda não cicatrizadas, apesar de saber que desde que ela entrou em minha vida esse processo de cura começou a acontecer, e mais ainda, desde a ilha as feridas não doem mais.             - Clara, eu...             - Shiii. – Ela abre os olhos e me impede de continuar, coloca os dedos em minha boca. – Não diga nada, não vamos estragar esse momento.             Ela está sorrindo, o que traz alívio. O fato de eu não dizer o mesmo não a deixou magoada, no fim ela me conhece como poucas pessoas, acredito que além de Iara, Clara seja a pessoa que mais me conhece, antes como uma “assistente pessoal”, agora como mulher.             - Você é maravilhosa. – Sorrio e lhe dou um selinho. – Está cansada?             - Seria mentira se eu dissesse que não. Apesar de eu querer que essa noite se prolongue mais.             - Não se preocupe com a noite. – Deito-me de lado e a puxo para repousar a cabeça contra meu ombro. – Não pretendo de tirar dessa cama, mesmo que não seja transando loucamente, te quero nela por um bom tempo.             Sinto seu corpo retesar, apesar de não ter dito que posso estar me apaixonando, aquela confissão é real. Eu a quero, e sinto que para ela é suficiente no momento.             - Boa noite, Manuela.             - Boa noite, baby, e se só para você saber, você é a primeira mulher que dormirá em minha cama. - Sua mão começa a acariciar minha barriga exposta. Ao contrário do que eu esperava, ela não me encara.             - Eu sei, Manuela, eu sei disso. - O sorriso que surge em meu rosto é inevitável. Essa mulher foi feita para mim, não tenho dúvidas disso.             - Você é uma maravilhosa caixinha de surpresa, baby.             Beijo seu cabelo e a sinto suspirar contra minha pele. Nessa noite tenho certeza que dormirei sem ter pesadelos. Pode até não ter sido hoje, ou pode não ser amanhã, mas o amor surgirá, pois além de me dar satisfação, ela me dá felicidade, a mais pura e verdadeira que já senti. 
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