Dark Krugmorfeger.
Depois de anos, a vejo pessoalmente, pois eu acompanho cada um de seus passos desde sempre.
E ela não mudou simplesmente nada, principalmente a personalidade, inclusive, a coisa que mais me irrita nela.
- Ela chegou. - a Kassandra fala, sem me encarar direito, se sentando de frente a minha mesa, cruzando as suas pernas, que ficam expostas através da f***a, de seu vestido. - Deveríamos ser eu e você, e não ela... - ela diz e eu suspiro a encarando.
- Você sabe como as coisas funcionam Kassandra. - eu falo, tomando o meu vinho.
Exausto, frustrado, pela variedade de coisas que eu tenho por cuidar e das coisas que estão acontecendo.
As minhas responsabilidades redobraram, e tenho mais isso, por cuidar.
- Eu sei, Nixie Chakramof, a vampira alfa mais poderosa, e filha de Guinar Chakramof, o segundo rei mais poderoso do nosso reino, foi prometida e a única digna, de se casar com o príncipe herdeiro do reino vampírico, o mais poderoso, o mais desejado, o mais atraente, Dark Krugmorfeger... - ela fala revoltada se levantando e eu me limito em observá-la.
- Todos sabem dessa história, chegou até aos ouvidos dos humanos, eles fazem filmes com isso. - ela diz e eu suspiro.
- Eu sou uma vampira alfa, você me ama, não ama ela, a deixe Dark. - ela fala, vindo até mim. - Eu não vou suportar vê-la com você, meu amor... - ela diz beijando o meu pescoço, seus belos olhos, encontram os meus, e ela agacha não minha frente e eu me limito em tomar outro gole de vinho, a observando.
- Eu sou bem melhor que ela. - ela diz me encarando e eu sorrio a encarando, porém, eu não tenho tempo para isso.
- Levante-se. - eu a ordeno e ela o faz. - Eu estou ocupado. - eu falo, e eu posso ver pelo seu rosto como está irritada, e mesmo assim mantém a sua cabeça baixa, e assente.
E no mesmo instante, batem na porta, e o meu conselheiro adentra.
- Vossa alteza. - ele diz, e eu assinto para que ele se aproxime.
- Com licença. - eu ouço a Kassandra dizer e sair.
Nixie Chakramof.
- Venha aqui. - a Chanola diz, me puxando para um abraço, e a Kirkal vem também.
Nenhuma das três gosta de abraço, mas eu estava precisando tanto disso, que eu me acabei de chorar nos braços delas.
Sem conseguir me conter mais.
Eu quero tanto o meu pai...
Eu não quero estar aqui, não quero me casar, não quero ser princesa nenhuma, não quero nada disso, nunca quis, eu só quero o meu pai.
Era suposto ter sido apenas um chorinho, e eu literalmente, tirei absolutamente tudo que estava guardado no meu peito.
Mas eu acho que nunca mais essa dor vai sair do meu peito.
E eu estou com uma raiva acumulada dentro dela, que está difícil de conter.
Adormeci, de tanto chorar.
- Nixie... - eu ouço a voz da Kirkal, e eu acordo.
Eu realmente adormeci.
- Aconteceu alguma coisa? - eu a questiono me sentando na cama.
Meu corpo está meio dolorido, e ainda cansado.
- Não, não se preocupe. - ela responde e eu suspiro, passando a minha mão no rosto. - Mas os seus afazeres como princesa a chamam. - ela responde e valha-me.
- Já anoiteceu. - eu falo me levantando.
- Já, e você precisa se juntar a eles para o jantar. - a Chanola diz e eu reviro os olhos.
- Eu não quero, podemos jantar aqui, não? - eu questiono, entrando no banheiro.
- Nixie... - a Kirkal diz e eu suspiro.
- Nixie, Nixie, Nixie... - eu falo, jogando água no meu rosto de chororô.
Ninguém pode me ver assim.
- Sim, Nixie. - a Kirkal repete e eu reviro os olhos. - Caso tenha se esquecido, você é a princesa, e você precisa agir como deve ser, tem muita coisa em jogo. - ela fala, como se eu já não soubesse.
- O Kaya? - eu às questiono, mudando de assunto.
- Ele está tratando dos assuntos burocráticos. - a Chanola responde. - E você não vai acreditar quem eu vi, no castelo. - ela diz.
- Quem? - eu a questiono fazendo minha higiene o**l.
- A Kassandra. - ela diz e eu a encaro.
Humn, uma das princesas vampiras.
- E o que ela está fazendo aqui? - a Kirkal é quem a questiona dessa vez, enquanto, eu me dispo, para puder tomar banho.
- Pelo que eu consegui escutar, ela anda atrás do príncipe Dark, faz algum tempo. - ela diz e eu não contenho o meu sorriso.
- Tem certeza? Não vá fazer a vampira de atracada, quando o Dark também nunca foi flor que se cheire. - eu digo.
- Ela deixou o reino dela para se instalar aqui. - a Kirkal diz, desconfiada. - Ela está instalada aqui no castelo também? - ela questiona para a Chanola, o óbvio.
- Pelo que escutei sim... - a Chanola responde receosa me encarando.
- Eu não sei porquê vocês estão agindo como se já não tivessem entendido que esses dois têm um caso juntos. - eu falo.
- Para sermos justas, ela sempre perseguiu o príncipe Dark, você mesma nos contava, da escola da realeza. - a Kirkal fala e eu reviro os olhos.
Eu tinha esquecido dessa história.
Ou preferia esquecer.
- Não há justiça numa coisa óbvia, vocês parecem obcecadas pelo Dark, querem até defendê-lo por uma coisa que está mais clara que a luz do sol. - eu falo para elas.
Isso é bom para mim, eu coloco isso na mesa, e me livro dele, dessa coisa ridícula.
- Nada está claro, eu sei o que está pensando Nixie. - a Chanola diz, e eu a encaro, tomando o meu banho.
- Ela pode estar aqui, porque o pai dela, também está. - ela completa e humn.
Nem elas mesmas acreditam no que estão falando.
Essa situação virou um debate entre elas, e enquanto eu terminava o meu banho.
- Devia usar esse vestido. - a Kirkal diz e eu suspiro acabando de me vestir.
Eu vesti calças de couro de cor preta, e um top da mesma cor e tecido, saltos, e apenas.
- É um jantar. - eu lhes digo.
- Com o príncipe Dark. - elas falam e eu reviro os olhos.
Arranjo o meu cabelo, que decidi prendê-lo num r**o-de-cavalo alto.
- Vocês deviam ficar mais calmas, porque essa vossa alucinação e admiração pelo Dark, está enchendo a minha paciência, já. - eu o digo passando o meu perfume.
- Por favor, não faça nada de errado. - a Kirkal fala, enquanto eu passo corretivo debaixo dos meus olhos, e nariz, ninguém pode notar que eu andei chorando.
Eu estou no castelo, "dependendo" deles, a mercê deles, e bem, eles já me subestimam pela minha mãe ser uma humana, mutante.
São como lobos, se eu mostro vulnerabilidade, eles me enxergam como uma presa indefesa e me devoram.
E eu não vou deixar isso acontecer.
- Vocês e o Kaya, não estarão lá? - eu os questiono retoricamente. Passo rímel, gloss e prontos.
- Não é como se a nossa presença, impedisse você de falar o que não deve, Nixie. - ela diz e eu suspiro.
- Podemos ir? - eu às questiono.
Elas também já estão prontas.
- Sim. - elas dizem e então saímos pelos extensos e enormes corredores do castelo real.
Isso não mudou tanto, mas o que mudou, é... interessante.
Durante o caminho inteiro, os servos, os criados e mais, me encaravam com curiosidade, com respeito, mas outros, sem ele mas obviamente não ousariam abrir a boca, iam somente mostrar pelo olhar.
Eu não gosto nada desses ambientes, mais uma das razões das quais eu preferia estar bem longe daqui.
Adentramos na sala de desjejum, e eles já estavam sentados à mesa.
Mesa essa que está cheia, o conde e a condessa, o Dark, o rei Fígarol, a sua filha Klarissa, alguns conselheiros, inclusive o Kaya.
Seus olhos vêm até mim, e eu vou até a mesa, e as meninas logo atrás de mim, por conta do protocolo real, desnecessário.
- Boa noite. - eu os saúdo.
- Boa noite! - eles respondem.
Inesperadamente, o Dark se levanta, e afasta a cadeira do seu lado para que eu me possa sentar.
Meu rosto ruboriza, porquê? Talvez por atração física…
Claro que não.
Ou porque me recordei do meu pai, ele sempre fez questão de fazer o mesmo todo o momento.
Mas não é como se ele o tivesse feito porque queria, é apenas uma prática que como homem e príncipe ele tem que fazer.
Eu assinto, e me sento.
- Se instalou bem, querida? - o rei Damian me questiona sorrindo e eu assinto.
- Sim, muito obrigada. - eu falo, educadamente.
- Por favor, se precisar de alguma coisa, os nossos servos e criados estão ao seu dispor. - a rainha Kristy diz.
Eu aprecio o facto deles estarem agindo de maneira que procuram me deixar à v*****e.
Mas tanta atenção assim, me faz pensar em pena, sabe aquele sentimento de pena disfarçado, o que me faz sentir m*l, e lembrar do meu pai.
Eu detesto que sintam pena de mim.
- Obrigada. - eu a agradeço e olho para o Kaya, para notar se ele está vendo o mesmo que eu estou vendo.
- Sirvam-se, fiquem à v*****e. - o conde fala por fim e assim o fazem.
A Kassandra, não faz questão que eu me sente a mesa com ela.
Eu não faço questão de estar aqui mesmo, mas eu detesto, que me encarem assim.
E eu sinto o olhar do Dark, intensamente sob mim.
- Eu não sabia que estava aqui. - eu falo com o rei Fígarol mudando de assunto.
- Com os ataques acontecendo, tinha mais que discutir com o conde. - ele responde e eu assinto.
- Se tivesse mais preocupada com o seu pai, e com os seus afazeres como princesa, saberia melhor do que tem acontecido a sua volta. - a Kassandra abre a boca, e todos os olhares vão para ela.
Se eu estivesse preocupada com o meu pai...
Ela abriu a boca, para falar isso?
Eu estava aguentando o olhar m*****o dela, com a maior leveza.
- Kassandra. - o Fígarol diz a repreendendo.
- Bem, deve ser o seu lado humano, não. É típico de humanos. - ela fala e o que ela tem.
Eu sinto a mão do Kaya tocar o meu braço, como quem diz, permaneça quieta e aja como a etiqueta ordena princesa, mas eu não ligo.
Eu levanto o meu olhar para o Dark, que estava com o olhar neutro, como se pouco estivesse escutando ou interessado nisso.
- Ora que bom que tocamos nesse assunto. - eu falo cinicamente, querendo é mesmo cravar uma estaca no peito dela, porque não é de hoje que a conheço, e ela nunca foi muito simpática.
Achei que nesse tempo, ela estivera mais suportável, mas pelos vistos não.
- Eu já ia falar. - eu digo.
- Princesa. - o Kaya fala, e eu estou nem aí.
- Eu perdi o meu pai, não tem sequer um dia. - eu falo os encarando. - Se não tem respeito por mim, que ao menos tenha por ele, que muito fez para a sua linhagem, Kassandra. - eu falo. - Esse é o mínimo de respeito que o seu lado vampiro devia ter, ao menos. - eu falo e vejo seus olhos se avermelharem.
- Não mencione o meu pai, Kassandra. - eu falo olhando para ela, directamente nos olhos. - Porque eu tirarei a sua imortalidade com a mesma ousadia com que você ousou abrir a sua boca. - eu falo com a raiva acumulada em mim.
- Princesa Nixie, me desculpe. - o pai dela fala. - Temos todo o respeito pelo rei Guinar, a Kassandra... ela anda um pouco revoltada com toda essa situação. - ele arranja uma desculpa esfarrapada para a filha.
- Se assim está, não tinha porquê estar instalada no castelo não? Ela não tem porquê estar aqui, devia estar com o irmão para ajudá-lo se realmente se preocupa mais que todos com alguma coisa, em seu respectivo reino, não? - eu falo, voltando o meu olhar para ela, que me fulmina com o olhar.
O Kaya me toca novamente.
Mas eu não estou pouco me importando.
- Eu... - ela ia falar mais o conde a interrompe.
- Hoje é uma noite, especial. - ele diz, e eu o encaro. - Infelizmente o meu grande amigo sofreu uma injustiça, do qual estamos todos lutando para o vingar. - ele diz e o que eu me contenho para não dar a minha opinião sobre toda essa situação.
- Foi uma perda inesperada e dolorosa, para todo o reino vampírico. - ele diz. - Por isso é de se ter temor e respeito ao se falar do meu grande amigo e aliado, Guinar Chakramof. - ele diz para a Kassandra que engole em seco e agora sim, demonstra algum temor.
- Eu peço perdão, não foi a minha intenção ser desrespeitosa. - foi, com certeza foi.
- Nós e o seu pai esperávamos puder comemorar grandiosamente esse dia. - ele diz e eu suspiro sentindo o meu coração falhar.
Nixie, por favor.
- Deve saber, que o seu pai lhe chamou para anunciar que em três dias, o seu casamento e do Dark aconteceria. - ele fala e eu me recordo do Kaya falando isso.
Eu me contenho para não olhar para o Dark.
Eu não pretendo ouvir essa ladainha agora, eu não preciso disso.
- Por favor, meu pai. - o Dark fala, e bem, partilhamos da mesma opinião.
- A Nixie, acabou de perder o pai. - ele fala. - Esse assunto é delicado, e já sabido. Temos uma semana ainda, para puder tocar nele. - ele diz, e mesmo eu observando o Conde, que pareceu meio relutante com a intervenção que achei inesperada do Dark, mas então assentiu.
- Claro, estou extremamente animado com esse casamento, todo o reino na verdade. - ele diz. - Por favor querida, me perdoe e tome o seu jantar. - ele diz e eu me limito em assentir.
Eu como o mínimo, afinal, estou sem apetite nenhum, ainda mais depois disso, para fazer bem.
Afinal, é o conde.
Mas a minha v*****e era deixar essa mesa, faz tempo.
A Kassandra parece ter se irritado com o seu amante, por ele simplesmente ter agido e pedido para o seu pai se calar. Mas a verdade é que ele não o fez por mim e sim por ele.
Porque ele também não quer esse casamento e com certeza não quer ouvir dele.
Principalmente por causa da sua amante.
Eles iniciaram uma conversa durante o jantar do qual eu pouco participei, afinal, se eu abrisse a minha boca, uma discussão seria levantada, e ainda escutaria o Kaya, o que eu não estou afim.
Mas isso não vai durar por muito tempo, eles insistem e eu estou sentindo.
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