Depois de se amarem no no sofá, o filme perdeu completamente a atenção fazendo Lucca desligar a TV e levar a esposa para o quarto lá tiveram mais uma sessão de sexo. E após gozarem pela segunda vez na noite Lia acariciava o peito do marido, enquanto se preparava para falar o que tanto desejava, o que tinha pensado o dia inteiro.
Lia: Amor? O chamou
Lucca: Hum...
Lia: Eu estive pensando..a nossa vida está tão boa, tudo no lugar por que não...ele a interrompeu sabendo onde levaria aquele assunto. Se sentou na cama e respirou fundo.
Lucca: Não acho que seja a hora para termos um filho.
Lia: Por que não? Amor, eu quero muito ter um bebê. Ela disse com os olhos brilhando e Lucca detestava tirar aquele brilho do olhar dela.
Lucca: Vamos esperar mais um pouco.
Lia: Esperar mais quanto tempo? 10 anos? Disse se irritando. - Lucca, eu sempre sonhei em ser mãe. Você me diz para esperar há mais de 5 anos. Eu entendia que antes era cedo, mas e agora? O que é? Disse se levantando da cama.
Lucca: Eu não posso ter um filho agora.
Lia: Me dê um motivo, Lucca. Só um.
Lucca: Meu trabalho. Se limitou a dizer e ela sorriu irônica.
Lia: Claro, seu trabalho é mais importante do que ter um filho comigo. Disse magoada e se trancou no banheiro. Ele se levantou e foi a até porta e percebeu que estava trancada.
Lucca: Li, abre essa porta! Por favor, amor. Não faz isso. Vamos conversar. Pediu angustiado. Ele ouviu os soluços dela e quis se socar por cauar isso a ela.
Lia: Eu só queira ter um bebê, um fruto do nosso amor. Eu nunca sonhei com essas coisas de ter profissão, de ser independente. Eu sempre quis ter minha família, cuidar do meu marido, dos meus filhos. Foi minha escolha. É só isso que eu queria. É pedir muito? Disse ao abrir a porta com o rosto banhado de lágrimas.
Lucca: Não, meu amor. Não é pedir muito. Eu sei que quer ter um filho. Eu também quero, Li. Quero muito ter um filho com você. Mas não é momento. Me dê alguns meses, só isso. Uns meses e depois poderemos planejar o nosso bebê. Disse a olhando.
Lia: Você me promete?
Lucca: Prometo. Disse secando as lágrimas dela e a puxou para um abraço. - Não gosto de te ver assim.
Lia: Eu vou esperar. Mas Lucca se você não cumprir sua promessa eu não sei se poderei continuar adiando o meu sonho por mais tempo. Disse sincera e ele só assentiu.
Eles voltaram para cama e aos poucos Lucca acabou adormecendo, mas Lia passou a noite em claro, ela simplesmente não conseguia dormir. Ficou pensando no que o marido dissera, o trabalho era o motivo pelo qual ele se negava a ter um bebê. Mas isso vinha há dois anos. Sempre tinha alguma coisa, algum motivo. Assim que casaram, ela entendeu que era cedo para terem filho, depois foi a especialização dele, depois foi um caso importante que ele estava trabalhando e agora novamente era o trabalho, será que era porque ele não queria ter um filho? Será que ele dizia que queria só para não magoa-la. Se ele não quisesse ter um bebê, ela seria capaz de deixar o marido? Ela não sabia, ela não tinha respostas para todas aquelas perguntas. Quando finalmente conseguiu dormir já estava quase amanhecendo. Tanto que ela nem sentiu o marido se levantar e ir trabalhar, quando ela finalmente acordou a cama já estava vazia. Ela suspirou e foi até o banheiro. Os olhos estavam um pouco inchados pelo choro. Ela suspirou antes de sair do quarto. Viu o café pronto coisa que o marido sempre fazia antes de ir trabalhar.
Ela não quis comer muito, só tomou um pouco de café e comeu umas torradas. Ela aproveitou para revisar a lista do supermercado queria aproveitar e fazer tudo pela manhã. Mas antes que ela pudesse fazer isso, ouviu a campainha tocar, estranhou já que não esperava por ninguém. Assim que abriu se espantou ao ver Maria aos soluços em seus braços.
Lia: O que foi? O que aconteceu? Lia já temia pelo pior, ela e Eric tinham uma consulta logo cedo para o resultado de fertilidade. Há dois anos os dois estavam tentando ter um filho e não conseguiram. - Fique aqui, vou pegar um pouco de água. Disse tentando passar calma a amiga. Maria se sentou no sofá.
Lia veio com o copo de água e entregou a amiga. E Maria tentou respirar fundo antes de começar a contar.
Lia: Agora respira e me conte o que foi que aconteceu?
Maria: Você sabe que eu e o Eric estamos tentando há dois anos ter um filho, mas nada acontecia então eu fiz os exames e estava tudo certo, e mesmo assim não conseguimos foi então que Eric decidiu fazer o exame também, hoje pegamos o resultado.
Lia: E então? Perguntou, mas já previa a resposta.
Maria: Ele não pode ter filhos. Disse voltando a chorar - Ele tentou ser forte, sabe? Mas eu sei que está tão abalado quanto eu.
Lia: E onde ele está?
Maria: Foi trabalhar.
Lia: Eu sinto muito, amiga. Mas vocês tem opções, vocês podem adotar.
Maria: Eu sei, eu sugeri isso a ele, mas ele não quer que eu desista. Ele quer que eu possa gerar o nosso filho.
Lia: Como assim?
Maria: Ele quer que eu escolha um doador. Mas eu não quero, Lia. Não quero escolher um doador. Disse voltando a chorar e Lia a abraçou.
Lia: Calma, você precisam conversar. Precisam de tempo também para digerir tudo isso, vocês acabaram de descobrir que terão que optar por outros métodos, precisam de tempo e muito diálogo.
Maria: Eu sei, mas ele colocou essa ideia fixa.
Lia: Dê tempo ao tempo. Vocês vão conseguir. Eu sei que vão.
Maria: Obrigada por me ouvir. Disse se acalmando.
Lia: Eu sou sua amiga, Maria. Somos amigas há anos e eu sempre vou estar com você. Disse sorrindo.