3

2177 Palavras
Capítulo 2 Serena narrando Eu espero que tudo isso tenha um final feliz e que realmente eu descubra algo, eu entro na minha nova casa nas próximas semanas ou meses, era uma realidade totalmente diferente do que eu estava acostumada. Eu começaria na escola amanhã bem cedo, conheceria os meus alunos e os moradores do morro, mas eu estava ainda mais ansiosa para ver de perto o irmão de Antonio e toda sua família. Eu mando uma mensagem para Maisa perguntando onde poderia comprar algo para comer, mas a mensagem nem chega e eu lembro que hoje ela tinha um seminário e que estava com pouca bateria, então resolvo sair sozinha pelo morro. As mensagens que recebi após a morte de Antonio, descrevia o morro da forma que ele era, os becos estreitos, pessoas em todos os cantos, barracas de tudo que é tipo de produto a venda, padarias pequenas, lancherias, churrasquinho, salões de beleza, era bem dizer uma cidade em metros quadrados pequenos, eu escolho um lugar que eu acho mais arrumadinho e como um lanche mesmo, já era noite e amanhã acharia algum mercadinho para fazer umas compras, precisava também arrumar um gás para cozinhar, eu me levanto, pago a conta e saio caminhando, olhando os moradores, as crianças e os vapores com armas atravessada nas costas, muitos pareciam menores de idades, outros um pouco mais velhos, mas não tinha mais de 24 anos, todos abaixo. Uma idade tão precoce para já estar no mundo do crime, onde provavelmente não teria volta. Eu entro em um beco e percebo que estou perdida, totalmente perdida dentro do morro, pego meu celular e vejo que tinha uma mensagem do mesmo número desconhecido que me manda mensagem o tempo todo, eu abro e leio: ‘’ Agora você está no caminho certo para descobrir a verdade.’’ Eu sinto alguém atrás de mim e apago o celular e me viro rapidamente, quando eu me viro e vejo ele na minha frente, eu dou um grito, mas um grito tão alto, com toda a minha voz, eu dou um pulo para trás e encaro aquele homem na minha frente. — Está perdida Professora? – ele me pergunta. Eu tento abrir a boca mas não saia som, eu fico paralisada vendo aquele homem que era quase a copia perfeita de Antonio. Uma professora misteriosa no morro, [29/12/2023 00:09] Capítulo 3 Yan narrando Eu vejo a professora nova entrando em um beco, eu ainda estava com ela na minha cabça, porque não sei porque, algo me dizia que conhecia ela de algum lugar, eu vou atrás dela e vejo que ela para e mexe no celular, quando ela se vira, ela solta um grito e me olha com um olhar apavorado , ela dar um pulo para trás e eu fecho meu seblante. — Está perdida professora? – eu pergunto e ela abre a boca mas não sai som, eu estreito os olhos encarando ela – Você é muda? — Não – ela fala rapidamente – como voc~e sabe que eu sou professora? – ela pergunta meio confusa — Eu sei tudo que acontece dentro do meu morro, cada pessoa que sobe nele, cada pessoa que vem para ficar, cada pessoa que sai dele – ela me olha — Você é – ela para e me encara — Yan, o Dono do morro – eu falo para ela – não é aceitável que uma moradora nova saia gritando pelos becos quando ver alguém do comando, ainda mais o chef — É que eu me assustei – ela fala me olhando – não sou acostumada ainda. — Deveria saber as regras e como funciona aqui dentro, se ficar dando bobeira assim, você nem via chegar a dar aula para ter aluno chorando por você no dia do seu enterro. — Vocês costumam ser tão amigável? — Não – ele fala – aqui a gente não é amigo de ninguém – ela me olha – e muito menos a gente dar i********e para gente nova. — Eu só quero saber para onde fica a minha casa – ela fala me olhando — Sai do beco vira para cima, vira a direita e vai ver sua casa – eu falo para ela — Obrigada e desculpa – ela sai andando. C}ada vez que eu a encarava eu tinha ainda mais sensação de ter conhecido ela, entro na boca e vejo um vapor. — Sabe a professora nova? — Sim – ele responde – estão todos comentando dela. — Procura todas as esposas dos policiais, sobrinhas, primas, eu não sei não, algo me diz que essa mulher é cilada dentro do morro. Minha intuição nunca falha. Uma professora misteriosa no morro, [06/01/2024 22:23] Capítulo 4 Serena narrando Antes de começar na escola, eu fui até em casa pegar umas pastas que tinha esquecido, quando estava saindo, encontro a minha irmã e ela me encara. — Onde você estava Serena? – Carla pergunta e eu sorrio para ela. — Ah estou envolvida com uma nova escola – ela me encara — Saiu do seu emprego antigo? – ela pergunta – achei que era concursada lá. — Lá me lembra muito Antonio, achei melhor respirar novos ares – ela me encara — Onde é? — Aqui perto também, ainda não me acostumei com o novo nome. — Entendi – ela fala – vamos fazer algo hoje a noite? — Não vai dar, eu vou chegar mais tarde em casa. — Entendi – ela fala – parece que você está me evitando, não? – ela pergunta meio que desconfiada. — Jamais faria isso – eu sorrio para ela – amo você minha irmã, fique bem. — Bom trabalho Serena – ela fala – ah serena – eu a encaro – precisava te pedir algo. — O que seria? — Uma camisa azul que Antonio usava – ela fala – era do papai, lembra? — Ah sim, mas porque você quer ela? – eu questiono — É que quero guardar de lembrança do nosso pai, antes que você se desfaça de todas as roupas. — Mais tarde eu te dou — Deixa que eu pego – ela fala – depois deixo a chave ali no vaso – eu olho para o vaso — Tudo bem – falo entregando a chave para ela – até mais. — Até. Eu amava a minha irmã com todas as forças, mas ela sempre disse que era besteira eu acreditar nas mensagens que eu estava recebendo e provavelmente, ela não me deixaria ir para o morro. Carla era bem próxima de Antonio, eram os melhores cunhados, a relação deles era boa, minha irmã naõ era casada, morava ali sozinha, mas tinha uma vida tranquila e era uma das minhas melhores amigas, porém, eram poucas pessoas que eu conseguia confiar. Uma professora misteriosa no morro, [13/01/2024 09:36] Capítulo 5 Yan narrando Eu saio da boca e pego meu baseado, me encosto na porta vendo o movimento, tiro o isqueiro do bolso e acendo o meu baseado, guardando o isqueiro novamente no bolso. Vejo os vapores subindo no lombo os materias de construção para a obra da quadra, aqui os becos são pequenos, carro não sobe, somente moto e olhe lá. Tem becos que m*l passa uma pessoa, esses vapores filhos da p**a querem grana fácil mas não querem trabalhar, aqui é ao contrario, a grana é suada, tem que trabalhar como em qualquer outro lugar, não é so ficar com a porcaria da arma atravessada na cintura e achar que está tudo certo. Eu olho a peofessora chegando no morro e isso me deixa atento, ela saiu tão cedo. Ela acha que me enganaria até quando? Pedro se aproxima com alguns relatorios na mao e ja olho sem paciencia. - ja vem você com esses relatorios - eu falo - Sao sobre o morro, a contabilidade dele. - É muito papel para olhar , confio em você, se me passar para tras, te mato - eu afirmo - Você sabe que pode confiar em mim - ele afirma - Eu espero. - ele começa a rir - R a professora? - ele pergunta - Amiga da sua mulher - eu respondo - Não vem com essa Yan. - ele me encara - você sabe do que estou falando - abro um sorriso no rosto com o baseado na boca e tiro o baseado, segurando ele com a mão. - Relaxa - eu falo para ele - quem escuta de mais, sabe de mais, acaba escutando e não ouvindo. - eu entrego o baseado para ele - guarda esses relatorios la dentro, vou dar uma volta pelo morro. Ele me encara e eu saio andando, pensando em muita coisa. Uma professora misteriosa no morro, [13/01/2024 10:06] Capítulo 6 Serena narrando A escola era bem inferior as que eu trabalhava mesmo em rede publica, nem um pouco moderna, na verdade bem precária. Mas eu estava preparada para qualquer desafio, ate porque nesse momento, o meu interesse nesse morro era outra Eu ja tinha ficado frente a frente com Yan e confesso que ver ele na minha frente, me deixou bastante atordoada pelo fato dele ser tão parecido com Antonio. Eu pego meu celular e entro na galeria vendo nossas fotos juntos, foram tantos momentos incriveis ao lado dele, a minha cabeça dava um nó sem fim, mas se ele foi assasinado, se aquele acidente acidente não foi um acidente, todas as respostas que eu queria, encontraria aqui. Eu tinha preparado a sala para receber os meus alunos, cada mesa com um saquinho de doces e um recado fofo , eu estava dando aula para as turmas do 8 ano, fora do morro já era dificil, imagina dentro de um morro. Os alunos começam a chegar após dar o sinal, mas uma chamada que tinha 30 alunos , somente 10 estão na sala de aula. — Bom dia - eu falo olhando para todos - o meu nome é Serena e serei a professora de vocês a partir de agora. Mas, cadê os outros alunos? — É só a gente professora - uma moça fala - Como você se chama? - eu pergunto sorrindo para ela - Karina - ela fala sorrindo - Por favor se apresente - eu falo sorrindo - Julia. - Luiza - Carlos E assim começa a apresentação daqueles poucos alunos que estão presente na sala de aula. — E os outros alunos? - ah, estão matriculados apenas para fazer número - Karina fala - estão todos ai trabalhando no morro. Eu já imaginava que encontraria uma cena assim e ja tinha me preparado para lidar com isso, ate porque não seria eu querer mudar isso. As minhas aulas terminam, a minha principal turma era o 8 ano, como não tinha professores que subia o morro suficiente, uma professora assumia todas as matérias para pelo menos conseguir passar conhecimento e formar os poucos que frequentava. Eu estava arrumando as minhas coisas, quando olho para porta e vejo um homem com uma arma na cintura, me olhando. — Professora? - Ele pergunta - Serena né? - Sim e você? - eu questiono - Caio - ele fala - O sub do morro. - Prazer Caio - falando sendo a mais educada possível. - Me contaram que voce questionou a ausência de alguns alunos - ele fala - Sim, achei estranho na chamada ter tantos e na aula somente alguns. Mas ad alunas me explicarma. - Explicaram que todos eles frequentam a escola? Mesmo não estando aqui. - Como? - Todos eles precisam ter frequência e notas altas , dentro dessa escola ninguém roda. - Mas eles não frequentam a escola - Eu falo para ele - Isso é um detalhe que ninguém precisa saber - Ele fala - Entendeu? - eu o encaro e ele coloca a mão na arma - Até mais Professora. Eu observo ele sair da sala e solto um suspiro, era inacreditável passar por algo assim Eu saio da escola e encontro Maisa e ela abre um sorriso. — E ai? - eu pergunto para ela - onde tem um lugar bom para almoçar? — Tem la na Janaina - Ela fala - Vamos — Sim - eu respondo sorrindo Começamos a subir ate esse lugar e eu ia olhando os vapores imaginando que eles poderiam ser os alunos que faltava. — O que está achando da escola? - ela pergunta quando paramos na fila - Ah muita coisa. - Muita coisa como? - Não da para questionar as condições. - Realmente as condições da escola é razoavel - ela fala - O que esperar de um lugar onde o crime é o principal e a educação não? - Maisa me olha com os olhos arrelagados - as condições são precárias, os alunos não frequentam e ainda sou ameaçada om uma arma na sala de aula para colocar frequencia a todos e notas boas também. - Bom dia Maisa - Eu levo um susto vendo a voz dele, eu olho para trás e vejo ele me encarando, com um semblante nada simpático.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR