6.O DESPERTAR DA LUZ DO DIA

861 Palavras
O SUSSURRO DA VERDADE OCULTA O mundo em que eu vivia era forjado por supostas certezas, pilares de crenças que, com o tempo, revelaram sua fragilidade. Comecei a perceber que a maioria das verdades que eu abraçava carecia de um detalhe fundamental, algo que apenas uma voz interior parecia sussurrar. Essa voz, a quem chamo de "Eu Sou", surgia em meus pensamentos, respondendo às minhas perguntas com uma simplicidade quase angelical. Cada resposta me deixava em um profundo estado de reflexão. Certa manhã, antes que a curiosidade pudesse sequer formular a primeira pergunta, a voz de "Eu Sou" se antecipou. Eu Sou: "Você tem muitas dúvidas, não é?" Eliandre: "Sim, Eu Sou, muitas. Quero saber sobre o início de tudo: do homem, do dilúvio, do certo e do errado, do bem e do m*l, do poder da mente humana e de tudo mais que minha alma anseia desvendar. "A calma na voz de "Eu Sou" era como um ímã, atraindo-me ainda mais para aquela conexão inusitada e profundamente real. Eu Sou: "Pergunte o que quiser. "Aproveitei a permissão para ir direto ao ponto, à dúvida mais persistente em minha mente. Eliandre: "Por que você está falando comigo? "A resposta veio sem hesitação, carregada de uma revelação que mudaria minha percepção da vida. Eu Sou: Eu vim em resposta a um pedido seu há muitos anos atrás, que queria que eu falasse com você igual eu falava com Moisés. Moisés, como qualquer ser humano, nem sempre ouvia a minha voz , mas quando ouvia, fazia o que era certo. Isso foi interessante, porque a Estrela não sabia da minha vida quando eu era adolescente e dos meus pedidos e orações.Isso foi, ao mesmo tempo, lindo e avassalador. Minha mente, antes condicionada por ensinamentos religiosos que sempre pregavam uma forma diferente de entender o divino, agora se abria para a simplicidade e a profundidade daquelas palavras. Era uma crença que transcendia tudo o que eu conhecia. E daí eu continuei a fazer outros testes , já que eu era uma pessoa curiosa com a mente humana e com o mundo espiritual para saber se fato ,com quem realmente eu estava falando. ( Era Deus, ou o inimigo ou a própria Estrela ). Enquanto o dia começava a clarear, "Eu Sou" anunciou sua partida. Eu Sou: "Agora, preciso ir."A surpresa me atingiu. Eliandre: "Como assim? Ir? Por quê?" Eu Sou: "Por causa da luz."Minha mente tentava processar a informação. "Luz?" O que isso significava? Continuei a indagar, com uma urgência crescente. Eliandre: "Não estou entendendo... por causa da luz?" Eu Sou: "Veja, a noite foi feita para o descanso e o dia para a vigília. Mas o homem está invertendo tudo e, com isso, criando doenças para si mesmo. "Embora a explicação fosse enigmática, a ideia de que a luz o fazia partir me intrigou profundamente. Naquele instante, uma lembrança veio à tona, nítida e esclarecedora: a passagem bíblica de Jacó lutando com o anjo, que precisou partir ao raiar do dia. A imagem se conectou de forma surpreendente com a resposta de "Eu Sou". O anjo partiu porque o dia estava raiando; "Eu Sou" precisava ir por causa da luz.Um raciocínio rápido se formou: a glândula pineal da Estrela estava prestes a "acordar". Sendo responsável por regular o ciclo de sono e vigília, ela seria ativada pela luz do dia, e a comunicação com "Eu Sou" seria interrompida. Eliandre: "Você está indo porque a luz está vindo", murmurei, mais para mim mesmo."Eu Sou" confirmou minha intuição. Eu Sou: "Sim, vou embora porque está amanhecendo." Eliandre: "Mas por que você não pode ficar? Por que a luz o afasta?" Eu Sou: "Preciso ir, pois a Estrela está acordando."Essa resposta foi a confirmação exata do que eu havia pensado. Entendi completamente o motivo da luz e da partida. No momento em que a voz cessou, a "Estrela" despertou, como se tivesse sido ativada num piscar de olhos. Com base nos estudos de psicologia que o Eliandre já tinha estudado. Ele confirmou que a informação dada pelo Eu Sou era pelo motivo das glândulas pinel que era responsável por regular o sono e o despertar que ele estava se despedindo. Porque pelo ciclo natural do corpo, ele já estava sinalizando que já era hora de acordar. Durante o dia, meus pensamentos giravam em torno dessa experiência extraordinária. Compartilhei algumas dessas experiências com minha esposa, e a curiosidade nos consumiu. m*l podíamos esperar pela noite para retomar a conversa.Quando anoitecia e aproximadamente às 03 horas da manhã em diante , a Voz do "Eu Sou" sussurrava. Eliandre: "Pode falar, Eu Sou." Eu Sou: "O que você quer saber? "Desta vez, precavido, comecei a gravar nossa conversa com o celular. Não queria perder um único detalhe. Minha primeira pergunta gravada foi um teste, uma forma de confirmar a veracidade de tudo aquilo. Eliandre: "Quero saber sobre meu irmão, que faleceu há mais de sete anos. E sobre um primo que minha esposa nunca conheceu."Essa seria mais um teste. Eu precisava saber com quem, ou o quê, realmente estava me comunicando. "A dúvida era a fechadura. A resposta está do outro lado, no próximo capítulo. Você pegou a chave🔑(6)?
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