— Seja bem vinda de volta, senhora Paladimus. — a voz robótica acionou o fechamento da porta assim que ambos atravessaram o hall de entrada do alojamento, lhe dando boas vindas — É um prazer recebê-lo, Capitão.
Elaine já tinha conhecido seu futuro lar, deu muitos toques humanos enquanto passava por sua quarentena e organizou até mesmo seu estúdio de trabalho. Diferente do medo que tentaram colocar nela enquanto estava n aTerra, os Starianos garantiram boas acomodações, procuraram eternizar ambientações humanas e, mesmo que sua raça estivesse limitada a muitas coisas, estavam confortáveis e assegurados. Elaine continuaria seu trabalho e enviaria conhecimento e informações para seus estudos, alimentando o outro planeta com tudo o que pudesse sobre os mesmos. A rede de estudo continuaria, mas neste caso, Elaine o faria com um objeto de estudo exclusivamente sendo seu.
— Obrigada, Pryor. — agradeceu Elaine quando Volkon soltou o pano de suas costas, cruzou os braços e passou a dar uma boa olhada na sua nova acomodação — Sempre quis saber o motivo pelo qual nunca veio, apesar de eu estar em quarentena, o acesso sempre foi livre para você. — Volkon não olhou para a baixinha, apenas rosnou de forma involuntária e manteve-se observador — Eu também fiquei nervosa, querido, não precisa se envergonhar. Vamos nos dar muito bem juntos, deixa eu só tampar o meu bumbum, a menos que queira olhar mais um pouquinho… — Elaine dirigiu seu melhor sorriso sem vergonha, Volkon depositou suas íris escuras nela e a viu morder os lábios como quem desejava comer a si próprio. Não era sexy, mas a humana estava mesmo disposta, podia sentir o cheiro de sua vontade invadir suas narinas novamente, dificultando seu instintos de se manter no lugar.
— Um nível de alteração hormonal foi fortemente detectado. Ambos estão amplamente solícitos para copular. Devo abrir um relatório? — Pryor acionou os comandos pelo qual foi programada, aguardando a resposta de seus senhores.
— Sim! — Elaine respondeu de imediato, deixando Dionísio se rastejar pelo chão e quase gritando de expectativa. Já imaginou Volkon lhe pegando com aqueles braços enorme, a levando para a cama e fazendo sexo ao estilo extraterrestre.
— Não. — resmungou Volkon olhando duro para sua humana, desanimando os comandos de Pryor e as expectativas dela.
— Porque, não? — perguntou, mas antes que pudesse obter uma resposta, se precipitou — Ah, entendo. Devemos nos conhecer melhor e acho que você tem razão. No nosso caso, sexo não será algo meramente casual, então estabelecer laços é importante. Eu até preparei um questionário que pode nos ajudar em nossa interação…
Irritante. A humana baixinha e feia era irritante, falante, energética e tudo o que Volkon detesta em uma fêmea. Resolveu que levaria o experimento como uma experiência para elevar seus dons como Capitão, e paciência era algo que ele precisava trabalhar. Passou pela nanica ignorando sua falação, levantou os pés para não pisotear Dionísio — mesmo que sua vontade seja de esmagá-lo — e se dirigiu ao cômodo privativo onde poderia descarregar a água acumulada no corpo. Mijaria o dia inteiro se isso fosse ajudar a evitar os barulhos da humana, ferindo seu precioso orgulho mais uma vez.
— Há uma solicitação do general Galak, devo aceitar? — Pryor invadiu a privacidade do banheiro, pegou Volkon na desatenção e o fez respingar a mira do mijo na beirada do mictório. O que maldição estava acontecendo ao seu redor?
— Você não foi programada para uma merda de privacidade? — resmungou para a voz chacoalhando a mão e respirando entre os dentes.
— A senhora Paladimus costumava se sentir sozinha, então ela desbloqueou o meu sensor privativo.
— Tinha que ser… — reclamou, conseguindo guardar seu amigo azul na calça e respirou a merda da paciência que já desistia de ter — Qual é a do Galak?
— Volkon, encontramos o acesso do invasor, temos uma suspeita. — Ótimo, trabalho. O Paladimus ama seu trabalho, o faz com gosto e nada melhor do que solicitar o Capitão pra desestressar — Sei que acaba de entrar nas acomodações do alojamento…
— Não tem problema. Estou aí em cinco minutos, ou menos. — o azulado fazia questão de se livrar da situação em que estava.
— Eu vou entender se me disser o contrário, você tem certeza? — Galak insistiu na voz automatizada pelo sistema de inteligência artificial, ficando sem uma resposta.
Volkon saiu do banheiro que dava direto para as acomodações do dormitório espaçoso, estava disposto a vestir uma outra blusa, uma vez que perdeu a sua, mas nem mesmo conseguiu se mover. Elaine, sua fêmea humana, estava abaixada de joelho no chão e de traseiro para cima. O capitão Paladimus tentou conter toda a estrutura de seu corpo, mas a partição rosada estava ali. O meio dela estava escancaradamente exposto, com lábios bipartidos, colorindo sutilmente o meio das coxas brancas. A curva da b***a arrebitada era uma onda perfeita, o risco descia e se abria como uma flor e a entrada fechada estava ali, bem diante sua visão.
O azulado sentiu a droga do seu instinto reagir, os nervos se contraíram e a gula infernal pedindo para saciar os membros do seu saco gritaram dentro de si. Doeu, a ponto dele concentrar toda sua força no cabo do Machado, precisando se conter a tentação de se dobrar para se enfiar na fêmea. Starianos brigam por fêmeas, se uma fêmea lhe der uma mísera olhada, seus instintos o fariam matar para que fosse o único a ter a sua visão. A seca, com o tempo, os obrigou a ser cada geração mais violentos. Estavam cada vez mais precisando se conter e, com aquela visão, tinha uma sede horrível de procurar por Áries e arrancar seus olhos. Darius e até mesmo Galak, ele desejava ferir cruelmente apenas para saciar sua sede territorial.