Capítulo 1
952 Palavras
Mel Narrando
Me chamo melanie, todos me chamam de mel, tenho 19 anos, sou de uma família muito bem financeiramente. Há um ano atrás fui diagnosticada com câncer de mama, e por esse motivo perdi um dos meus s***s, tenho uma cicatriz enorme e morro de vergonha, pra disfarçar uso enchimentos, faz exatamente um ano que eu não me envolvo com ninguém, antes de colocar a minha prótese resolvi tirar uns dias de férias no Rio de Janeiro, na casa da minha melhor amiga.
Whats on
M.A " já tá no aeroporto?"
Mel " já, fiz o check in"
M.A " estarei te esperando amore"
Whats off
Peguei o meu vôo, fazia alguns meses que eu não via a flavia, estava morrendo de ansiedade pra chegar no rio logo, o avião pousou, sair de dentro do avião, e vi a flavia me esperando.
Mel " que saudade que eu estava de você sua maluca"_falei abraçando ela
Flávia " ai amiga nem acredito que você terminou aquele curso maldito"_falou brincando
Mel " não fala assim, agora eu sou toda sua"_falei rindo
Fomos pro ap da flavia, tomei um banho e coloquei uma roupa fresca, o calor do rio é insuportável, fizemos almoço juntas e sentamos na mesa para comer
Flávia " você veio no dia certo, hoje tem baile na rocinha e nós vamos"_falou alegre
Mel " mais não vamos mesmo"_falei dando uma garfada no macarrão
Flávia " por favor amiga, você nunca foi comigo, só uma vez, se você não gostar a gente volta pra casa"
Mel " vamos ficar meia hora e vamos voltar entendeu ?"
Flávia " aeee, hoje tem bailão"_falou animada
Terminamos de almoçar e passamos o resto da tarde colocando as fofocas em dia
Flávia " e a prótese amiga? já marcou a data ?"
Mel " já, assim que eu voltar eu já vou colocar, tô tão animada amiga, minha autoestima vai ficar lá em cima"
Flávia " pra mim você é linda de qualquer jeito, se você está bem, eu também estou"
As horas foi passando e a fla começou a falar sobre o morro, não vou negar que eu estava me cagando de medo. Nos arrumamos, descemos do prédio e pedimos um Uber, chegamos no pé do morro ainda tivemos que pagar um moto táxi, descemos na frente do baile e entramos, vi um monte de mulher dançando uns meninos fazendo uns passinhos engraçados, todos muito felizes e alegres, comecei a olhar bem ao redor e tinha uns caras com fuzil pro alto curtindo o baile e tinha uma homem com cara de m*l, todo tatuado, sem camisa, pistola na cintura, ele olhou pra mim e eu parei de olhar rapidamente
Mel " quem é aquele cara sem camisa?"
Flávia " ele é o traste, dono do morro"
Mel " traste ? que nome estranho"_falei rindo
Flávia " é o vulgo dele, na real ninguém sabe como ele se chama realmente, ele não fala com ninguém, só com os seguranças dele, nunca vi um sorriso desse cara, oque tem de gato tem de r**m"
_ " eae j**a, chegou uma muito louca, tá a fim ?"_falou com a Flávia
Flávia " claro, pode trazer"_falou tirando umas notas do bolso e entregando pro cara
_" essa ruivinha quem é??"
Flávia " melanie, minha amiga, agora vai fazer o seu trabalho e para de cercar a minha amiga"_falou rindo
O cara saiu, e eu sentir como se alguém tivesse me olhando, olhei pro lado e lá estava ele o tal do traste me encarando, respirei fundo e voltei a conversar com a flavia, o baile foi rolando, a flavia começou a dançar e eu fiquei quietinha no meu canto observando tudo, a cada trocada de olhares que eu dava com o traste meu coração ia na boca e voltava, do nada comecei a escutar uns barulhos alto e todo mundo começou a correr e gritar, o traste levantou bem tranquilo, e começou a atirar
Flávia " abaixa"_falou me puxando pro chão
Eu achei que eu ia morrer, comecei a ter uma crise de ansiedade horrível, meu coração acelerou, fiquei com falta de ar, uma dor terrível no peito, depois de um tempo o tiroteio parou, levantamos desesperadas, olhei pro lado e o traste estava sentado na cadeira com uma bala na perna, e os seguranças com os fuzis na mão em volta dele.
Traste " vai lá buscar o enfermeiro do postinho p***a"_falou pra um dos seguranças
Flávia " minha amiga é enfermeira, ela pode ajudar"
Mel " para com isso, tá doida?"_falei apertando o braço dela
Traste " serve você mesmo, ae junin vai pegar o kit primeiro socorros, vem logo p***a tá esperando oque ?"_falou me olhando
Mel " tá falando comigo?"
Traste " tô falando com o corno do teu pai, lógico que eu tô falando com você c*****o"
Fui até ele me tremendo de medo, me ajoelhei no meio das pernas dele ele ficou me olhando, ele tinha um olhar sombrio, não dava pra saber quem ele era realmente, o tal junin chegou, me entregou o kit primeiro socorros, peguei a perna do traste, joguei álcool pra limpar, tirei a bala de dentro da perna dele e fiz um curativo
Mel " pronto, você vai precisar de um enfermeiro pra cuidar de você, tem que tomar cuidado pra não inflamar"
Traste " você que vai ser a minha enfermeira"_falou sério
Mel " tá, eu posso ficar vindo aqui pra te ajudar a trocar o curativo"
Traste " enquanto eu não estiver melhor, você não sai daqui"
Flávia " como assim? "
Mel " eu não posso ficar, desculpa"
Traste " eu não tô pedindo, é uma ordem, pode levar pra minha goma junin"....
- Escritor
