Nossa fiquei assustada com a forma que Giulia ficou, mas eu só me defendi.
Entramos correndo em casa com ela me puxando.
- Pai preciso falar com você - ela diz indo em direção a uma sala
- Mas o que aconteceu Giulia? ele inquire nervoso
- Pai essa menina doida - ele diz nervosa
- Tio eu só me defendi, ela queria o que? um tarado estava me agarrando no baile - digo tentando me justificar
Começamos falar juntas e ninguém entendia absolutamente nada até que meu tio grita:
- CHEGAAA, CALEM A BOCA!
Paramos de falar hora e nos sentamos no sofá.
- Eu preciso que falem uma de cada vez e assim tento entender essa confusão toda - ele diz bravo
- Pai eu deixei essa menina sozinha por um instante e quando volto dou de cara com ela batendo boca com o Victor - Giulia diz em tom preocupado
- Mas tio, eu não sei quem é esse cara, mas ele veio me agarrando, apertando meu braço e eu não ia admitir isso - digo baixando a cabeça
- Pai ela sentou a bofetada nele - ela diz indignada
- Bateu? como assim? - ele inquire com ar de riso
- Bati, dei 2 boas tapas na fuça dele, pra aprender que nem tudo é sobre ele - digo brava cruzando os braços.
- Filha, me deixei conversar com sua prima, pode sair por favor e obrigado - ele diz mais calmo
Assim que ela sai:
- Minha querida existem algumas regras aqui que seria importante que soubesse. o Victor é alguém difícil de lidar mesmo não está acostumado com a palavra NÃO - ele diz em tom explicativo
- Mas eu fiz algo errado? ele vai me machucar? digo já preocupada
- Não, ele não fará nada. Provavel que me procure, então deixe que resolvo isso, fique tranquila. Mas sempre que calhar de encontra-lo, desvie o olhar. Mas não se preocupe vou cuidar disso! - ele diz carinhoso
Eu juro que não passava nem Wi-Fi aqui, já pensei que seria morta na favela. E o que diacho aquele homem queria comigo, ele pode ter tudo. Mas vou sondar mais sobre ele. Giulia estava com raiva agora, mas logo passaria e ela falaria mais sobre ele.
Já havia passado alguns dias do acontecido, era bem cedo ouço uma movimentação na sala, mas essa casa vivia em momento então resolvi mesmo assim descer para pegar um café.
Quando termino de descer as escada meu corpo congela por inteiro, dou de cara com o tal Tsunami, Victor sei lá... E eu fico sem reação, ali tive a oportunidade de olhar melhor pra ele, e que homem gato meu pai amado. Grande, forte... E bem notei a arma em sua cintura. Ele me olha também como se estivesse hipnotizado, aí que percebo as roupas que vestia. Estava de baby dool cor de rosa de cetim, então marcava muito meu corpo. Noto que ele morde os lábios, esse homem era um tarado.
Quando ele grita com seus homens eu aproveito pra voltar correndo para o quarto e dou de cara com Giulia.
- Que foi menina, viu um fantasma? ela inquire
- Não, o tal Tsunami está aí - digo e ela me puxa para dentro do quarto
- Você precisa ficar longe dele - ela diz aflita
- Mas quem disse que quero ficar perto - digo firme
- Pilar, o Victor ele é muito bom. mas muito perigoso, ele é a chefe da facção aqui, e conhecido por ser c***l com todos. Então fique longe dele, ele pode ser lindo, mais não é bom. Meu pai lida com ele muito bem. Mas as mulheres que ele pega não tem uma que não saia chorando , fique longe - ela diz e sinto mais medo ainda.
Se antes eu já não saia, agora que não sairia mesmo eu não queria arrumar problemas, longe de mim. Mas que ele era bonito era sim.
Eu nunca havia transado, sim era virgem, e não seria com um maluco desses que eu perderia minha virgindade. Sempre pensei que esse momento precisava ser especial, e não me entregaria pra qualquer um.
Eu estava focada em voltar a estudar e tudo isso só serviu para me atrapalhar. A Giulia tinha voltado sair e sempre chegava pela madrugada a fora, eu via!
Eu também queria ir mas tinha medo de sair e encontrar com ele denovo, eu ainda me lembrava a forma com que ele me encostou na parede, e modéstia parte não foi r**m, a pegada só era forte, e de certa forma fiquei curiosa do que mais ele poderia fazer, mas jamais contrariaria meu tio com essa história toda.
Meus pensamentos são quebrados com a chegada de meu tio em meu quarto.
- Tudo bem Pilar? - inquire
- Tudo sim tio, estudando um pouco - digo calma
- Filha, você não precisa ficar enfiada dentro desse quarto não, e eu vejo bem em seus olhos que quando Giulia está saindo você também quer ir - ele diz calmo
- Mas tio... - começo falar e ele me interrompe
- O Tsunami ele é dono de tudo isso então se você não for sair mais de casa por causa de tudo que aconteceu, você vai apodrecer aqui e eu já conversei com ele , e está tudo certo, então vai se divertir minha filha - ele diz carinhoso e eu o abraço.
- Obrigada por tudo tio - digo tranquila
Mesmo que meu tio falasse pra sair eu não me sentia segura ainda, então no máximo iria comprar um pão na vendinha da esquina (risos).
Conforme o tempo foi passando eu fui ficando mais tranquila com tudo isso...
E na necessidade precisei sair pra ir até o mercado.
Estava bem calor, então coloquei um short jeans e uma blusinha regatinha e fui...
Estava indo tudo bem, até passar enfrente há um bar que estava lotado de caras estranhos e todos devidamente armados, pareciam comemorar algo.
- Veja só, a novinha intocável do chefe - um dos caras grita
Eu não respondo, apenas baixo a cabeça e entro no mercado. Lá pego todas as coisas que precisava, desodorante, absorvente e afins. Quando saio eles seguem no mesmo local e eu me sinto completamente constrangida.
- Ei novinha, se não quiser o patrão tem eu aqui - um fala se levantando
- Pare cara, isso pode dar problema - um diz segurando no braço desse estranho
Isso me deixa muito irritada...
- Você são tudo igual, uns lixos - digo seguindo meu caminho e noto que dois deles me seguem e isso me deixa com muito medo
Aperto meu passo pra casa, então vejo um carro todo preto passando por mim e percebo que os caras voltam do meio do caminho, dou uma leve corridinha e parou na porta para olhar pra trás e vejo um homem colocando os dois caras dentro do carro.
MEU DEUS, estou sendo vigiada?
Essa sensação era apavorante demais!
Assim que entro bato a porta e Giulia leva um susto
- Tá doida menina - ela diz
- Menina, eu estava sendo seguida e passou um carro preto por mim e e pegou os dois caras - digo ofegante
- É minha querida, tá com proteção extra - ela diz rindo.
Eu não via graça em nada disso, e como saio de casa sem ser notada? Que enrascada entrei!