Colen.

1672 Palavras
-Foi assim que soube onde a carteira estava? -Sim. -Não creio. -Ela me olha confusa. -Ele é seu namorado? Olho para Colen, tentando ler sua expressão. Ele parece estar se divertindo com tudo isso. Há um brilho em seu olhar, mas não consigo entender. - Pense que quisesse manter segredo sobre o que temos. Eu falei que não há do que se envergonhar. É normal fazerem isso por aqui. Colen se inclina em direção a Mih e fala com uma voz um pouco mais baixa. - Digo, isso de estar junto sem namorar... Os olhos de Mih se arregalam. Eu lanço um olhar mortal pra ele. O que ele pensa que está fazendo! Ele é louco! - Mih, nós só dividimos um ap. Apenas isso. Somos colegas de quarto. - Se você diz... - Naquele momento sinto vontade de matar ele. Ele dá um sorriso discreto com a cara de quem sabe que é irresistível. - Preciso de seus conselhos amorosos Sam. -Reviro os olhos. - Olha Colen, não quero fazer parte desse seu joguinho. Preciso ir. -Mih, depois nos falamos, obrigada pela tarde de hoje. Saio correndo de lá, e sem saber o que pensar sobre o que acabou de acontecer. Ouço uns passos logo atrás, e me viro, pronta pra manda Mih embora, mas é o Colen. -Olha, eu não sei o que você está querendo, mas quero que saiba que não sou brinquedo. Colen permanece surpreendentemente calmo, como se estivesse apreciando minha frustração -Olha, e..eu -Não vou me apaixonar por você como todas as outras mulheres que ficam no seu pé. - Ele está me deixando irritada. -Nossa! E quem te disse isso? - Você sabe como elas agem ao seu redor. Elas se atraem, eu sei que você só quer saber de uma única coisa com elas. - Cuspo as palavras pra fora, - Você sabe? Me diz o que é? - Não se faça de bobo. - Estou surpreso que você tenha uma opinião sobre mim, considerando que me conhece há menos de 24 horas. -É q.que. Que saber? Vou embora. Volto pro Ap. e quando me dou conta Colen está logo atrás. Tento abrir a porta e me atrapalho com as chaves, ele me ajuda. .***Colen*** Depois de cinco longos meses retornarei a Curitiba, viajo muito por causas do trabalho que tenho, sou formado em Engenharia Elétrica, tenho minha própria empresa a 'Strong Energy'. Amo essa cidade. Faz apenas 5 anos que moro aqui, divido meu apê como minha meia irmã Daiana, faz pouco tempo que ela veio morar comigo. Ela se formou em odontologia e está trabalhando com o nosso pai, um dos melhores dentistas da cidade. Ela diz que é temporário sua estadia no 'nosso' apê. *** Ligação On *** -Oi mana, como você está? -To bem, você chega amanhã? -Sim, tu estarás em casa? -Não, amanhã viajo com o papai, lembra? -Ahhh! Tem aquela convenção né? -Sim, papai disse que vai durar duas semanas, essa é a pior parte da minha profissão. -Colen ri- A Samantha, vai estar lá quando você chegar. -Quem é Samantha? -A Sam, minha amiga de infância, lembra aquela que sempre estava lá em casa nos fins de semana? -Não lembro, e por que ela está no meu apê? -Aí mano, é temporário, logo o dela estará pronto, acho que mais um mês. -Ok, tudo bem então. -Tenha modos com ela, que ela não o tipo de mulher que você está acostumado. Não gosto da maneira que ela fala e desliga na sua cara. - Ah! *** Ligação Off *** *** Chegada *** Chego em Curitiba, olho em meu relógio e acredito que Daia já tenha viajado. -Vamos lá Colen. -Digo pra mim mesmo. Chego em meu apartamento, está exatamente como deixei, ainda bem que Daia não quis mudar a decoração. Meu apê é grande, tem três quartos (até que são grandes), o banheiro é enorme, a cozinha junto com a lavanderia, sala de estar e jantar, há e a sacada é linda, digo a vista dela. Resolvo tomar um banho, estou exausto, preciso relaxar. Deixo minhas coisas no meu quarto, tiro minha roupa e caminho até o banheiro, tomo um banho bem demorado. Saio do banheiro e dou de cara com uma moça morena, com os olhos cor de mel, seu cabelo é ondulado na altura da cintura, ela é linda, acho que deve ser a amiga de Daia, não consigo lembrar seu nome. Ela me olha de cima a baixo, quando me dá conta ela está olhando fixamente minha i********e. Então resolvo tirar com sua cara, ela me responde toda nervosa ameaçando ligar pra polícia, que petulante, deixo ela ficar aqui e ainda me ameaça. Não posso negar que gostei do jeito que ela ficou nervosa, ela tenta olhar fixamente nos meus olhos. Volto pro meu quarto, pelado, SIM! Eu gosto de andar pelado pelo apê, faço isso quando Daia não está e tinha me esquecido que sua amiga estaria aqui. Já passa das 20:00 horas, ouço meu celular tocar, olho no visor é a Daia. *** Ligação On *** -Oi ma...a -Coleeeeen, por que você está andando PELADO pelo apê? -Ela me interrompe aos berros. -Oi irmãzinha, também estou bem.-Digo com um tom de sarcasmo.- Eu esqueci que ela estava aqui, foi apenas isso.-Bufo! -Ela não é pro seu bico, Sam não merece sofrer. -A minha fama ainda não mudou por aqui. -Você já me disse isso, vou ficar bem longe da sua amiguinha, não se preocupe. -Pois é, fiquei com uma fama nada boa depois do meu rompimento com Lúcia, todos os dias eu saia pra beber e cada dia eu ficava com uma mulher diferente, querendo tirar a dor que Lúcia me causou. Mas no fim, foi o tempo que me curou dela, já tem seis anos que tudo isso aconteceu, e eu nunca mais me apaixonei. -Não me decepciona mano, te amo! -Não vou irmãzinha, também te amo, preciso desligar, amanhã cedo tenho uma reunião importante. -Não estava afim de discutir, estava cansado e só queria a minha cama. -Se cuida. -Ela parece mais tranquila. -Até. *** Ligação Off *** *** Meu celular desperta as 7:30hrs da manhã. Lembro que tenho uma reunião com novos investidores, é um contrato multimilionário, não que eu já não tenha dinheiro, um pouco mais de grana e poder, não me fará mau. Tomo um banho pra despertar, visto uma calça jeans clara, camiseta preta, sapato social é claro que uma jaqueta preta de couro, por mais que seja primavera, Curitiba não colabora né! Resolvo tomar café na cafeteria que tem na esquina da minha empresa. -Droga! Cadê meus cartões? - murmuro. Quando me dou conta, Samantha está encostada na porta da sala dando risada, olho pelo chão, no sofá e na mesa novamente, por fim encontro. Confronto Samantha por não ter me dito onde minha carteira estava, ela parece se divertir com isso. Coloco no bolso da calça, mas ela diz que é mais fácil de ser assaltado ou até mesmo perde. Disfarço e coloco minha carteira no bolso interno, não quero que ela acha que ganhou dessa vez. Preciso me apressar, não gosto de chegar atrasado. Saio às pressas deixando-a sozinha. Resolvo ir com minha BMW, como estava com saudades dela, colecionar carros é um dos meus hobbys. Passo na cafeteria pego meu Cappuccino cremoso. Chego no horário da reunião, tudo ocorre como esperado. -Vamos beber uns drinks pra comemorar esse contrato! -Samuel fala todo empolgado, ele é o diretor da minha empresa, podemos dizer meu BRAÇO DIREITO, já tem sete anos que Samuel trabalha pra mim. -Vamos sim Samuca! -Estava com saudades de sua companhia irmão. - Rimos juntos. Chegamos na cafeteria, pedimos nossos drinks. Observo o lugar na esperança de ter algum conhecido. Segundos depois avisto uma moça loira alta, com a pele bronzeada e de cabelos longos, o que me chama mais atenção é a moça que está sentada ao seu lado. -Sam! -murmuro. -O que você disse? - Samuca pergunta. Faço um sinal com a mão pra ele esperar. Decido ir até a mesa. A moça loira abre um sorriso lindo, que sorriso perfeito. Ela logo se apresenta. -Oi! Eu sou a Mirela Smith e essa é minha amiga, Samantha. Era mesmo a Sam, ela fica toda desconfortável quando me vê, sua amiga acredita que somos namorados ou até mesmo casados, aproveito pra entrar na brincadeira, Sam não gosta, ela me lança um olhar furioso, não ligo, estou começando a gostar desse jeitinho estressado que só ela tem. Enquanto Mirela fica confusão, vou até o bar e peço um driks pra cada, quando volto pra mesa, Sam ainda está tentando explicar pra sua amiga. Meu subconsciente está dando gargalhadas. Depois que murmuro no ouvido de Mirela, Samantha fica super nervosa, se despede de sua amiga e sai às pressas do café. Pago nossos drinks e saio correndo atrás dela. Sam anda muito rápido. ela está fugindo. Quando resolvo chamar por seu nome ela se vira bruscamente. -Olha, eu não sei o que você está querendo, mas quero que saiba que não sou brinquedo. - Seus olhos estão cheios de lágrimas. Ficou observando a maneira com que ela jorra as palavras. Tento me explicar, mas ela não deixa. -Não vou me apaixonar por você como todas as outras mulheres que ficam no seu pé. - Ela diz com raiva. Ops! Sou pego de surpresa. - Você sabe como elas agem ao seu redor. Elas se atraem, eu sei que você só quer saber de uma única coisa com elas. Ela me conhece a menos de 24 horas e já tem uma opinião formada sobre mim. Se ela soubesse a verdade não falaria assim. Ela sai correndo, é claro que vou atrás, estou me sentindo culpado por ela está assim. Não sei o que ela causa em mim, nunca tinha sentido isso antes, nem mesmo quando estava prestes a me casar com Lúcia. Chegamos juntos ao Ap. Sam tenta abrir a porta e se atrapalha com as chaves, por fim eu ajudo.
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