Tinham ido a um jantar com alguns homens da máfia, daqueles que falavam baixo, que pesavam o ar, e faziam Dafne sentir que o mundo ali sempre podia explodir por qualquer detalhe; e, quando entraram no carro, ela agradeceu mentalmente por Nero ter ficado o tempo inteiro perto dela, quase colado, a mão grande pousada em sua cintura enquanto estavam em pé e depois no joelho dela quando sentaram. Só aquilo já deixava Dafne um pouco desorientada, porque Nero não fazia por gentileza, fazia porque queria ela perto, queria ela ali com ele, e isso era mais um motivo para ele se sentir segura..
Nero deu partida no carro e, enquanto saíam do estacionamento da mansão onde o jantar tinha acontecido, ele já começava a afrouxar a gravata, a puxar o terno pelos ombros com impaciência, e então murmurou,
