A mãe de Hera tinha preparado um lanche para elas, e Dafne foi a primeira a receber um abraço apertado — mesmo sem se conhecerem direito pessoalmente, a mulher parecia saber exatamente quem era Dafne, a amiga mais próxima da filha, aquela que sempre aparecia nas conversas de Hera. Depois, a mãe de Hera olhou para Saphira. — Você é… — começou, hesitando. Saphira deu um sorriso pequeno, meio tímido, meio acostumado com aquilo. Gostava de cantar, gostava do piano, mas não gostava da forma como as pessoas, quando a reconheciam, a tratavam como se fosse uma estrela intocável, uma criatura distante. Mas a mãe de Hera não fez nada disso: simplesmente a abraçou como abraçaria qualquer moça que chegasse em sua casa, e isso, por um instante, desmontou Saphira por dentro. Queria um pouco de normal

