A semana seguinte começou com a mesma sensação de tempestade iminente que já se instalara na mansão. Cada corredor parecia guardar ecos da última explosão entre meu pai e eu, cada sala carregava o peso de nossas palavras afiadas, de nossos olhares que diziam mais do que qualquer conversa poderia traduzir. Eu ainda acordava com o mesmo frio no estômago, uma mistura de excitação e raiva, sabendo que a batalha que eu havia iniciado na reunião do conselho só estava começando.
Logo cedo, os auditores chegaram. Dois homens e uma mulher, impecáveis, carregando pastas, laptops, uma aura de seriedade que me fez sentir que finalmente alguma coisa de concreta estava sendo feita. Eles haviam sido contratados por minha decisão, mas todos sabiam que a presença deles na mansão não era apenas burocrática
