A sensação de reencontrar Isadora ainda me acompanhava como um perfume doce que insiste em permanecer mesmo depois de a pessoa ir embora. Eu estava leve, pela primeira vez em muito tempo. É claro que a ferida não tinha cicatrizado, mas havia ali um recomeço, uma fagulha de esperança. Eu me agarrava àquilo com todas as forças. Naquela mesma noite, já tarde, ouvi o interfone tocar. Estranhei. Não esperava visita alguma. Quando atendi, a voz suave mas firme veio do outro lado: — Enzo, sou eu. Melissa. Um aperto me tomou de surpresa. Desde nossa última conversa, eu vinha mantendo distância dela. Aquela tentativa velada de sedução ainda ecoava na minha mente, me deixando desconfortável. Mas, como era namorada do meu pai, não queria levantar barreiras escancaradas. Suspirei, permitindo a entr

