Sophie subiu as escadas em silêncio. Passos leves, mas decididos.
Ao entrar no quarto, foi direto até a escrivaninha.
Desligou o notebook. Depois o tablet. Em seguida, pegou o celular também. Um por um, cada dispositivo com potencial para espionagem foi silenciado, desconectado, sem chance de escuta.
A única coisa que ficou acesa no ambiente foi a luz do abajur.
Ela sentou na beira da cama, abraçou um travesseiro contra o peito e murmurou, quase como uma criança dividindo um segredo com o escuro:
— Amor?
A voz saiu macia, mas carregada de algo denso. Um misto de medo, saudade e desconfiança.
— Quem é essa IA? É a Amora? Pisque a luz duas vezes para sim...
Pausa.
— Eu desconfio que seja ela, porque foi a única inteligência capaz de ser comparada a você... E ela também se apaixonou
