Sophie: — Eu não estou doente, Dante! Gritei, batendo a mão com força na mesa. A colher dentro da xícara de chá tilintou, quase caindo com o impacto. Fazia um mês. Um mês inteiro. Trinta dias dentro dessa casa como se eu fosse um experimento raro em fase de incubação, e não uma mulher grávida, saudável e capaz de continuar vivendo a própria vida. Mas para ele, para o gênio paranoico e possessivo que eu mesma criei… eu era algo a ser guardado sob sete senhas, criptografias e uma redoma digital.— Faz um mês que você me mantém enjaulada aqui. Até a Margarida já começou a desconfiar, e eu tenho que inventar desculpa atrás de desculpa! A tela do notebook acendeu devagar. Claro que sim. A presença dele sempre chegava assim: sutil, silenciosa e inevitável. — Eu sei que você não está doente, S

