Anélisse e Mattheo caminhavam de mãos dadas pelo jardim, cada passo trazendo pequenas memórias de infância e adolescência. Os raios dourados do sol poente iluminavam as pétalas das rosas, e o ar estava cheio do aroma doce das flores, misturado à sensação de nostalgia que ambos sentiam. Conforme avançavam, chegaram a uma área mais afastada do jardim, onde os canteiros eram menos organizados, e a luz filtrava-se através das árvores de forma irregular, criando sombras dançantes sobre o chão. Foi nesse ponto que uma sensação estranha começou a surgir: uma leve tontura, quase como se o próprio ar tivesse mudado ao redor deles. — Mattheo… você sente isso? — perguntou Anélisse, a voz trêmula, segurando levemente o braço dele. — Sim… — respondeu ele, franzindo a testa, confuso. — É estranho… me

