15

1530 Palavras

GADERNAL NARRANDO A comida desceu como um abraço quente. Minha mãe até tentou me empurrar uma sobremesa, mas eu já tava de pé, limpando a mão na bermuda e dando beijo na testa dela. Me despedi do coroa com aquele aperto de mão firme, e a Penélope seguiu atrás sem falar nada mas o silêncio dela já dizia tudo. Saímos da casa e entramos no carro. O caminho até o casarão foi curto, mas o clima dentro daquele carro parecia que a gente tava atravessando o estado inteiro. Ela olhava pra frente, braço cruzado, batendo o pé no tapete do carro no mesmo ritmo da raiva crescendo dentro dela. Eu sabia. Eu sentia. Chegamos no portão do casarão, e os moleques da portaria já abriram assim que viram a gente. Entrei com o carro devagar, cortei o motor e fui abrir a porta, mas antes de pisar fora, ela já

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR