Alemão
Eu caminhei por um tempo pelo asfalto, sem rumo, tentando organizar minha mente. Mas, no fundo, eu sabia onde ia terminar. Era como se houvesse algo me puxando de volta para lá, como uma corda invisível amarrada ao meu peito. Voltei para a casa que construí, a casa que foi meu lar.
Coloquei luvas e um gorro para cobrir os fios de cabelo. Não queria deixar nenhum rastro. Pulei o muro com a facilidade de quem conhece cada detalhe daquele lugar. Escalei a fachada como já fiz tantas vezes no passado, cada movimento automático, guiado pela memória. Não sabia exatamente por que estava ali, mas algo em mim precisava ir. Elize me chamava, mesmo sem dizer uma palavra.
Parei em um canto escuro, de onde dava para ver a sala iluminada. Meus olhos se fixaram nela. Elize estava sentada no sofá
