Conversa

915 Palavras

Elize Entramos no quarto de Lavínia, dessa vez com Gleice ao meu lado. Ela havia decidido deixar Lavínia no sofá, mas lá estava ela, na mesma posição de sempre: quieta, parada, quase como uma estátua. Sentamos uma de cada lado dela, como quem tenta formar uma fortaleza ao redor. Cada uma segurou uma de suas mãos, mas nada. Lavínia não reagia. Não havia vida em seu olhar. — Lavínia... — comecei, com a voz baixa. — Descobrimos tudo. Tudo que Jorge Luís fez. Ele não pode mais te machucar. Por um instante, pensei ter visto algo. Sua mão tremeu levemente, quase imperceptível, mas, mesmo assim, ela continuou imóvel. Quietude absoluta. Era como se estivesse presa em um lugar do qual ninguém poderia tirá-la. Gleice tentou também: — Você está segura agora, Lavínia. Ele não pode mais te fazer

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