Dores

1024 Palavras

Elize Acordei com o barulho do chuveiro, a água caindo forte no box pequeno da quitinete. Sentei-me na cama, ainda tentando entender onde estava e por que tudo aquilo estava acontecendo. Meu corpo doía, como se carregasse o peso de anos em poucas horas, e sentia uma fome que me lembrava de quanto tempo fazia desde a última refeição decente. Aquele lugar, com suas paredes apertadas e um silêncio estranho, não era um lar. Não para mim. Não para ele. Ouvi o som do chuveiro parar e, pouco depois, a porta do banheiro se abriu. Ele saiu, nu, sem o menor pudor. Fechei os olhos no mesmo instante, recusando-me a olhá-lo daquela maneira. Mas mesmo de olhos fechados, a imagem do corpo dele vinha à minha mente, como sempre. Alto, forte, o homem mais bonito que eu já tinha visto. Sempre fui apaixonad

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