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3219 Palavras
Lauren Jauregui — Sinto muito, mas nós não podemos fazer parte disso! — Seth disse receoso. Ele e Leah faziam parte da matilha de Shawn e como sendo alfa deles, ambos tinham o dever de cuidar do seu líder. O problema era que eles sabiam que se ficassem contra Camila as coisas seriam piores. Depois de muito conversar entre eles, os irmãos resolveram que não se envolver era a melhor saída e também a mais segura. Camila olhou para eles por um tempo, por fim apenas deu de ombros e concordou com a cabeça. — Tudo bem. Seria estranho se vocês quisessem fazer parte. — Camila disse. Eu apenas me mantive em silêncio, nunca fui com a cara de Shawn e suas provocações as vezes me dava nos nervos, mas eu sabia que era apenas o seu instinto falando sempre mais alto. Ja Camila, Dinah e Normani sempre deixaram claro sua aversão ao transmorfo. Ally e Troy eram na deles. — Muito obrigada, Mila. Nate e eu não iremos estar aqui! — Leah disse. — É lógico que eu vou estar aqui. — Nate se apressou olhando para a companheira. — Não vou perder a chance de ver a tia linda acabar com a raça daquele metido. Sofi fez uma péssima escolha ao ficar com ele. — Desdenhou o garoto. — Acho que você não deveria subestimar às escolhas dela. — Taylor disse ao primo, ela não parecia estar tão receosa como antigamente, sorri ao ver o brilho orgulhoso nos olhos de Camz. — Sofi não irá gostar nenhum pouco do que irá acontecer aqui, mãe. — Taylor apelou para Camila que tufou o peito. — Eu não gostei dá atitude dele perante à minha avó, mas Seth e Leah fazem parte do mesmo clã, se eu fosse à favor é como se eu ficasse contra as coisas que meu esposo acredita. — Taylor olhou para Seth que estava ao seu lado todo bobo. — E eu amo demais meu esposo para fazer isso. — Chega desse doce todo. — Dinah disse descendo as escadas. — Se eu fosse humana, provavelmente estaria diabética por causa dessa glicose de vocês. — Eu ainda não acho certo. — Minha mãe disse descendo as escadas com minha filha no colo, Alice vestia um vestidinho branco com uma tiara com rosas na cabeça, eu sabia que tinha dedo de Allyson no meio, mas resolvi ficar quieta, ela estava tão perfeita. — Mas se isso for fazer Sofi parar de lastimar no meu ouvido tudo bem, eu amo minhas netas mais preciso de um descanso. — Clara disse me fazendo rir. — Então acho que isso é só, Seth com Taylor, Leah e... — Minha mulher olhou para o sobrinho. — Nate, não irão participar. O que vão fazer enquanto isso? — Caçar, Taylor está a dois dias sem se alimentar. — Leah explicou, ela também havia se tornado bastante amiga de Taylor, o que Camila achou maravilhoso. — Não queremos correr nenhum risco. — Acho que eu vou junto. — Claire disse de algum lugar da casa. — Eu odeio brigas e também preciso me alimentar. Acho que Chris pretende fazer parte disso tudo. — Tudo bem então. — Camila disse. — Estou ouvindo o barulho de pneus se aproximando, acho melhor vocês irem enquanto eles ainda não estão aqui, se Sofi souber tenham certeza de que ela irá culpar à todos. — Eles concordaram e caminharam para fora de casa. Apenas então comecei a ouvir os pensamentos de Shawn e Sofi, eles pareciam estar conversando sobre uma nova casa já que a que ambos moravam estavam caindo aos pedaços. Camila sempre ria pela desgraça da filha. Em segundos, só estavam presente minha mãe, Dinah, Camila e eu. Não levou muito tempo para que o carro de Shawn parasse na frente da casa. Segundos depois Sofi corria para dentro na super velocidade, Shawn se arrastava. — Mãe, você não acreditar no que Shawn e eu vimos. — Sofi disse apressada. – Ou melhor, quem! – Acabei ficando incrédula quando li seus pensamentos. — O quê, meu amor? — Camila sempre iria trata-la como uma criança. Isso era fato. — Jéssica! — Camila pareceu pensar por uns segundos, eu revirei os olhos, foi o tempo dela ter lembrado sobre quem Sofi estava dizendo. — Mamãe, eu achei que ela já estivesse morta! — Que horror! — Minha mãe disse. — Como você viu ela, Sofi? — Camila perguntou interessada. — Shawn parou o carro para abastecer quando olhei para o lado. Havia uma senhora com uma idade bastante avançada no banco traseiro de uma Lamborghini decadente, eu senti o cheiro... Ele me era familiar, mas foi o medo nos olhos dela que me lembrou. Ela olhava para mim como se não acreditasse no que estava vendo. Eu quase cai dura no Shawn.. — Ela brincou. Dinah e eu gargalhando. Shawn que estava do lado de fora olhando o jardim nem ao menos ouviu, vantagens de ser um humano. Eles nunca ouvem quando você fala m*l deles. — Fiquei abalada com essa informação. — Camz disse. — Mas agora, vamos para o jardim. Troy e Dinah estão vindo para ajudar com meu plano. Sofi deu uns saltinhos alegres seguindo a mãe que ia para o jardim dos fundos. Lá ficava a floresta e Clara disse mais cedo que iria quebrar alguns ossos se um de nós destruísse suas flores. Todos ali temiam demais minha mãe para ir contra ela. Até mesmo Dinah que era a afrontosa. — Você vai fazer como? Entrar na cabeça dele e desbloquear. O instinto? Onde está Taylor? Eu não sinto o cheiro dela por perto, preciso contar sobre uma coisa... — Sofi ficou pensativa. Quando entendi seus pensamentos rugi travando meu maxilar, tanto Camila quanto Sofi me olharam assustada e estranha. Até que Sofi abriu os olhos assustada e Camila ficou curiosa. — Você não deveria saber disso! — Você não deveria pensar nessas coisas perto de mim! — Eu disse semicerrando os olhos. — Eu vou... — Do que estão falando? Já falei Lauren, você precisa parar de ser estranha. — Dinah disse batendo no meu ombro. — Vamos maninha, deixe que a pirralha aí faça os anais dela. — Eu sabia que se Sofi fosse humana, ela teria desmaiado ali mesmo. — O quê? — Camila perguntou olhando para ela. — Pelo amor, chega dessa conversa. — Normani apareceu da floresta acompanhada de Troy e Ally. — Eu não preciso saber sobre as fantasias sexuais da minha sobrinha com o pulguento. — Tia! — Sofi disse ficando emburrada. "Sobre o que ela estava pensando?" Camila pensou. "Dinah tem razão." — Vá buscar Shawn. — Eu disse para Sofi que foi prontamente fazer o que era necessário. — Onde está Mike? — Dinah perguntou. — Saiu pra ir trabalhar. — Minha mãe respondeu. - Ele iria encontrar Chris e Claire no shopping com a Ally. — O que Christopher apostou para que a baixinha arrastasse ele e a esposa para o inferno? Porque ela é o demônio pra fazer compras — Troy revirou os olhos e deu um t**a na cabeça de Dinah. — Dessa vez não teve aposta. Chris precisou que Ally prevesse sobre a bolsa de valores. — Minha rainha explicou. — Em troca, ele disse que iria acompanhar elas duas por um dia inteirinho de compras. — Homem corajoso ele. — Eu disse. — Bastante. — Troy concordou. — Queria ir junto. — Mani disse vindo desfilando em nossa direção. — Mas não podia perder a oportunidade de.. — ... De que? — Sofi apareceu com um Shawn vestido uma camisa todo envergonhado. Ele tinha envelhecido naqueles quatro meses que passaram. Não tanto​, mas ele já não parecia mais aquele adolescentes com feições angelicais. Ele parecia mais abatido e um tanto quanto doente, achei aquilo estranho. Que pena, porque eu continuava maravilhosa. Nossa, tô andando muito com Ally. — Pra ver o cachorro apanhar. — Mani respondeu cruzando os braços. — O quê? Espera aí, você não disse que isso iria acontecer! — Sofi olhou para a mãe dela. — É o único jeito. — Camila explicou. — Óbvio que não. Você pode fazer isso entrando na cabeça dele! — Rebateu. — Nunca que eu vou entrar na cabeça dele sabendo que vocês dois fizeram anal! — Shawn ficou pálido e depois começou a corar. Pairou um silêncio constrangedor no ar e eu olhei para minha mãe, indicando que ela tirasse Alice que engolia a mãozinha dali. Seria perigoso ficar com ela no meio daqueles pervertidos. — Vocês conversam muito. — Dinah disse correndo rapidamente em cima de Shawn dando o primeiro soco, não sei nem como foi que pegou nele. Só consegui ver a maneira que o corpo dele caiu no chão e Sofi gritou. Segundos depois os braços de Troy estavam segurando minha filha no lugar. Bastou o primeiro soco de Dinah para Normani fazer o mesmo. Shawn gemia a cada golpe e eu já estava sentindo dó ao ouvir alguns ossos seus quebrando. Olhei para Camila e ela olhava atenta para ele, Troy estava um pouco afastado atendo a tudo. Sabia que ele estava bolando a melhor estratégia para fazer com que o lobo surgisse. Shawn estava todo ensanguentado no chão. Sofi implorava tentando se soltar e pedindo para que parassem. — Não está adiantando, Mila. — Troy gritou. Foi o bastante para parar Dinah e Normani que riam. — Tem que haver outro modo. — Camila disse pensativa, caminhou até onde eles estavam e olhou seria para Shawn. — Parece que vocês quebraram três costelas, uma perna e um braço. Eu fiz uma careta. Olhei para Sofi que ainda tentava se soltar, mas Troy parecia ser mais forte do que ela. — Acho que o melhor à ser feito é a mordida. — Eu disse. — O quê? Nunca que vocês irão morder ele! — Shawn gemeu e eu me perguntei como ele ainda tinha força para fazer isso depois de surra que tinha levado. — Vocês não irão transformar meu lobinho em vampiro. — Porque? Você não é uma por acaso? — Mani perguntou. — Shawn detesta vampiros. — Sofi respondeu. — Como ele pode detestar uma vez que você é uma vampira? — Dinah perguntou. — Acho que Laur tem razão. — Troy disse chamando a atenção de todos. — É a única forma de fazer ele voltar a ser como era antes, nós não podemos deixar as duas loucas aí bater mais nele se não, ele vai morrer e aí, fodeu. — Eu faço isso! Eu mordo ele. — Sofi se apressou à dizer. — Pode me soltar? — Olhou enfurecida para Troy que negou com a cabeça. Ela gruniu. — Não, porque sei que você vai fazer m***a. — E não, você não vai morder ele. — Aproveitei a deixa e continuei minha explicação. — O corpo dele sabe que com você não tem riscos, mas se um inimigo tentar... — Talvez funcione. — Camila concluiu meu pensamento e eu sorri para ela assim que ela entendeu o que eu estava tentando dizer. — Normani, eu preciso que você faça isso! — Nunca que minha mulata vai colocar a boca em um pescoço que não seja o meu. — Dinah esbravejou. — Por mim que esse pulguento morra, mas Normani não vai morder ninguém! — Você é tão linda. — Mani disse para a esposa que sorriu em agradecimento. — É o único jeito. — Troy explicou. — Mani é a única que tem um ódio elevado com o rapaz, estamos correndo contra o tempo, Dinah. Normani não vai por a boca no pescoço dele... Não literalmente, é só pra fazer o animal interior despertar. — Por favor, tia. Shawn está morrendo! — E ele estava, eu conseguia ouvir o coração dele batendo aos poucos. — Por favor, Bear? Pronto, Sofi tocou no ponto fraco de Mani que olhou de Dinah para Sofi até que respirou fundo mesmo que não fosse necessário. — Depois eu vou implorar para que Taylor apague isso da minha cabeça. — Mani disse se curvando. Dinah revirou os olhos e caminhou para dentro da casa sem dizer uma palavra se quer, Mani acompanhou ela com os olhos e decidiu não pensar naquilo por enquanto, lidaria com Dinah depois.. — Você precisa ter veneno suficiente na boca. — Camila explicou. — Precisa parecer que é real. Mani apenas concordou e se agachou ao lado de Shawn e mostrou seus dentes caninos afiados para fora. Troy soltou Sofi quando viu que não havia mais perigo e ela caminhou em passos apressados até onde seu namorado estava, todos nós olhávamos atentamente e quando Mani esbarrou os dentes na pele do pescoço de Shawn um grunhido alto e estranhou saiu de dentro da garganta dele. Rapidamente tanto ela quanto Sofi se afastaram quando ele começou se a debater e seus ossos estalar todos. Foi h******l o som, mas do nada tudo aconteceu. Um lobo marrom e enorme estava diante de nós, mas com um probleminha... Shawn agora, estava com boa parte do seus ossos fora do lugar por que além de arremessar Normani para o lado, o enorme lobo atacou Shawn de uma forma que nem mesmo Camila pôde prever. Meus irmãos e eu, assustados avançamos com tudo para cima do inimigo inesperado e Sofi gritava ao ver o corpo do Shawn em pedaços. Camila conseguiu paralisar o lobo e notamos mais uma vez que ele não era como os normais que frequentavam nossa casa, aquele era diferente e eu não conseguia explicar. - Shawn? - Sofi perguntou e não obteve resposta. Meu pulmão puxava o ar mesmo que não fosse necessário. Se eu coração batesse ele estaria quase fora do meu peito. Encarei Camila preocupada com a situação. Você notou isso? - Ela apenas concordou com a cabeça. E o que ele queria? - persisti em seus pensamentos. Matar o Shawn! Nossa única alternativa foi ligar para o nosso pai, mas algo me dizia que para Shawn as coisas seriam muito tarde. Depois do ocorrido, o tempo pareceu passar de pressa e sempre era uma graça ter uma casa com um bebê pequenino, mesmo que nosso pai tenha levado Shawn para o hospital alegando o mesmo ter sofrido um ataque de urso e Sofi ter ido com ele, ela não fazia a mínima noção do que realmente havia acontecido e agora, eu ainda não estava pronta para lidar com a verdade junto à Camila. Em nosso confronto, à décadas atrás, não havíamos eliminados nossos inimigos, havia restado um que confundiu Taylor com Sofi e procurou por vingança. Mas Alice se tornou o ponto principal de diversas brigas de Camila e eu com minha família e não queríamos arrastar nossa pequena humaninha para um passado tão sombrio quanto àquele. Dinah parecia ter uma fixação pela minha filha. Sempre que colocavamos ela para dormir no seu próprio quarto, Jane sempre dava um jeito de entrar no mesmo para pegar minha filha em seus braços. Normani e ela passavam noites apenas observando a pequena dormir tranquilamente e as vezes, até davam a mamadeira no nosso lugar. Já Ally gostava de gastar montões de dinheiro em espécie em vários vestidos que Alice nem ao menos teria a chance de usar mais de uma vez. Camila achava um desperdício, mas já tinha desistido de tentar ir contra a baixinha. Eu também, mas o que se pode fazer com uma consumista de primeira? Ally era assustadora quando queria. Não sei como Troy aguentava ela. Claire gostava de preparar os alimentos, Clara e ela pareciam ser boas pessoas na cozinha. Tanto com o alimento dos lobos também. Chris era o tio babão que fazia Alice sempre gargalhar quando não devia e a criança acabava vomitando em Normani. Porém, foi em uma noite em que as coisas começaram a ficar mais animadas para nossa pequena filha. A casa estava vazia. Restava nela apenas uma Camila completamente sem roupa e rebolando no meu p*u e no quarto do lado uma Alice que ressonava tranquilamente. Todos haviam saído para caçar, então resolvemos aproveitar aquele momento de tranquilidade uma vez que Alice começou a ter hábitos noturnos e sempre escolhia passar a noite em claro e o dia dormindo, como uma boa aprendiz de vampirinho. — Aí, Lo! — Camila gemeu quando eu toquei em um ponto especial dentro dela. — Assim, meu amor. I-isso. — Você é tão gostosa. — Meus olhos se reviravam para trás devido ao prazer que eu tinha. Senti minhas bolas doerem devida a vontade de gozar. Sempre que estávamos perto, nós mudavamos de posições. Tudo parecia ficar mais intenso. — E-eu vou... — Ela alertou, mas quando eu estava prestes à penetrar ela de uma forma bem bruta, ouvimos um choramingar. Paramos de nos mover como se tivéssemos sido pegas. — Por favor, Alie.. Eu amo você, mas mamãe precisa disso. — Camila disse baixinho. Tudo pareceu ficar em silêncio novamente e eu voltei a f***r minha esposa quando novamente o choramingar foi mais alto. Fechei meus olhos me jogando de costas sobre a cama com as mãos na cabeça. Eu sentia meu p*u ereto inquieto dentro de Camila que parecia tão transtornada quanto eu não acreditando que Alice havia acordado. — Nós podemos terminar isso? — Ela me olhou pelo ombros, tirei as mãos da minha cara e encarei seu rosto e depois sua b***a. Vi que sua b****a engolia todo o meu p*u, acabei engolindo em seco. — Ela vai chorar mais alto se não formos logo. — Ela começou a se remexer de uma forma desesperada. — C-Camz... — Maldita Dinah! — Camila de curvou sobre mim, suas mãos foram parar no meu quadril enquanto ela começou a rebolar novamente de uma forma mais forte e rápida sobre mim. — E-eu disse pra e-essa puta... — ela dizia entre gemidos. — Q-que ia acostumar el-aaa, Lauren.. — Eu rir entre o gemido que escapoliu da minha boca. — m*l. Eu me senti uma mãe muito r**m quando Alice começou a chorar alto. Mesmo sabendo que ela estava fazendo manha, eu me senti a pior mãe do mundo. Camila pareceu sentir o mesmo, mas felizmente quando senti nossos corpos tremer e em segundos sentir nossos fluídos serem liberados Camila m*l teve tempo de se recuperar e em uma agilidade impressionante saiu de cima de mim e pegou seu roupão indo em direção ao quarto de Alice. Me sentei na ponta da cama quando olhei para baixo e fiz uma careta ao ver meu p*u ainda ereto e todo melado. Peguei uma blusa que sabia que não iria usar novamente e comecei a me limpar enquanto caminhava em direção ao banheiro até que ouvi Camila me chamar de uma forma assustada. Senti um frio percorrer minha espinha e nem sei como consegui vestir uma cueca e peguei a blusa que Camila usava antes, ela ficava colocada no meu corpo, mas daria pra fazer movimentos bruscos caso precisasse lutar com alguém. Quando cheguei na porta do quarto da nossa pequena parei no lugar onde eu estava vendo Camila tão incrédula quanto eu. Pisquei algumas vezes para ter certeza de que era realmente aquilo que meus olhos estavam vendo. — Porque você deixou ela dessa maneira? — Perguntei à Camila. Ela me olhou chocada. — Eu não fiz isso. — Ela disse olhando novamente para a pequena criatura de quase nove meses sentadinha no meio do berço e com a mão na boca. — Eu cheguei aqui e ela estava sentadinha aí, engolindo essa mãozinha doce que ela tem e com lágrimas nos olhos. Alice olhou para Camila e gargalhou ao tirar a mão da boca. Acabei rindo ao ver minha filha ali dentro. — Tenta colocar ela deitada, vamos ficar quietas e ver se ela faz de novo. — Pedi e Camila concordou. — Eu estava me sentindo uma péssima mãe por ter deixado ela chorando, agora me sinto uma trouxa ao saber que ela estava apenas fingindo. Camila riu fazendo Alice gargalhar mais ainda. Ela era assim, não podia ver ninguém mostrar os dentes que logo se acabava em gargalhadas. Minha filha estava se tornando uma mini Dinah Jane e isso era preocupante. Camila foi até ela com cuidado e Alice logo se remexeu eufórica achando que iríamos pegar ela no colo, como Camila havia dito antes, ela realmente estava acostumada com isso, mas seu sorriso morreu ao dar espaço à uma caranca ao notar que Camila estava a deixando ao invés de tira-la dali. Alie começou a balbuciar algumas coisas que ninguém entendia. Ela estava aprendendo a falar também, nós duas sempre tentávamos pelas manhãs, mas nada que fosse realmente uma palavra. Camila a deitou e logo se afastou para o lado mais escuro, também fiz mesmo sabendo que Ali tentando não iria conseguir nos ver ali. Ela começou a fazer barulhinhos com a boca e se virou com a carinha para o colchão, suas mãozinhas pareceram resistentes e suas perninhas entraram em ação, não sei dizer como foi, mas Alice se curvou e em segundos ela estava sentada no colchão novamente. Camila olhou para mim boquiaberta e eu acabei gargalhando assustando minha filha que olhou para todos os lados me procurando já gargalhando junto sem nem ao menos saber o porquê. — Mas essa coisinha já está quase uma adulta! — Cheguei perto dela, Alice gargalhou mais e bateu palminhas. Ela era adorável. — Vem comigo, Alie. Vamos comemorar. Ela logo estendeu os braços e eu a peguei em meus braços, Camila já sabendo para onde iríamos apenas pegou uma fralda descartável limpa para caso precisasse e saímos do quarto. — Vou pegar o leite dela. — Camila disse dando um beijinho na pequena cabeça dela e saiu em direção as escadas. Fomos para o nosso quarto e vi a cama bagunçada. Fiz uma careta ao lembrar do que estávamos fazendo antes então decidi me sentar no sofá que ficava em frente à grande janela de vidro que dava visão da floresta escura lá fora. Eu treinava palavras com Alice, ela tentava fazer sons semelhantes, mas nada que fosse surpreendente à pondo de superar sua primeira conquista. Minutos depois Camila se sentou ao nosso lado e ficamos ali em nossa pequena bolha. Camila e eu ainda lembravamos do ataque inesperado que acarretou na morte de Shawn, Sofi ficou tão desolada que resolveu se mudar para Volterra com o resto de sua família por que aqui tinha diversas lembranças de Shawn e se sentia culpada por não amar tanto o mesmo como no início do imprinting. Ela nunca soube os motivos, mesmo que Camila houvesse tentado diversas vezes contar a verdade, Sofi achou melhor cuidar de si mesma por um tempo e mesmo que dissesse não termos alguma culpa, essa sensação sempre pairava em cada um de nós por não percebemos a presença daquele lobo desconhecido, que descobrirmos ser apenas um peão de um estranho jogo que alguém estaria montando, Camila deixou pessoas de olho em qualquer movimento, em qualquer lugar do mundo. O tempo continuou passando, cada vez mais rápido para o meu gosto, por mais que minha família e eu não envelhecessemos era notável as mudanças que ocorriam com nossa pequena humaninha. Ela começava a ganhar traços diferentes, sua pele ficava mais pálida mesmo que todas as manhãs Camila e Taylor a levassem para pegar um pouco de sol, seus cabelos cresciam lisos e em um tom castanho claro, quase um acobreado, mas era difícil dizer alguma coisa uma vez que ela continuava a crescer. Mas hoje era um dia especial para ela. Ela estava fazendo um ano de vida. Eu acabei me empolgando um pouquinho e dei ouvidos a Ally. Agora Camila me olhava mortalmente, eu chegava a temer pela minha existência. — Mas amor... — Tentei mais uma vez fazendo manha. Alie estava com Clara sentada sobre um colchão que Seth tinha colocado para que ela não se machucasse, depois que aprendeu a engatinhar ter coisas pelo chão ficou um perigo. Clara tentava alimentar Alice com uma papinha cor de vinho. Eu não sabia o que era aquilo, mas pelo cheiro jurava que era de beterraba. Me perguntei como ela comia aquela coisa e ainda tinha aquele humor maravilhoso de sempre. — Não, Michelle! — Ela disse séria. — Mas amor, não é quase nada. — Camila gruniu e Seth gargalhou, ouvindo foi óbvio que Alice fez o mesmo. — Você não vai alugar à Disney nem que isso fosse possível. — Camila disse por fim. — Eu te avisei para não ir atrás de Ally. Ela é doida. Compra tudo o que ver pela frente e é apenas o aniversário de um ano de Alice... — Por isso mesmo temos que comemorar. — Interrompi ela. — Ela daqui à um tempo será uma adulta. — ... E ela não vai nem lembrar dele! — Ela continuou como se eu não estivesse dito nada. — Será algo pequeno, o jardim está de bom tamanho. — Filha, Mila tem razão. Não há motivos para fazer algo tão luxuoso. Olhe para Alie, ela se diverte até se você rasgar uma folha ao meio. — Olhei para elas duas ali e acabei concordando. Nossa filha era tão adorável que se contentava até com uma colher, contanto que ela fizesse barulho ao entrar em contato com o chão. Alice tinha a mania de jogar tudo no chão. Tinha herdado isso de Sofi, tenho certeza. — Certo. Desculpem, eu só me empolguei. — Camila veio até mim. — Tudo bem, amor. — Me deu um selinho. — Agora vamos porque Ally e Mani estão preparando tudo. Ouvi Dinah reclamar sobre carregar as mesas para todos os lados e Troy dizer que não enfrentou milhares de soldados para encher bexigas infantis. Acabei gargalhando ao imaginar a cena. Fomos para o lado de fora e vi que tudo estava tão incrível. Obviamente que era Ally quem estava organizando tudo. As mesas espalhadas pelo jardim extenso cobertas por flores lilás e uma mesa central que continha todos os tipos de bolos, salgados e doces. Cujos eu sabia que quem iria comer eram os lobos e as crianças que Leah e Seth ficaram de trazer. Seth havia se tornado o novo alfa da aldeia, mesmo que não tivesse nascido com o espírito dentro de si. Depois que tudo estava pronto e todos estavam ali, Camila e eu resolvemos levar Alice para fora. Ela estava usando um vestidinho rosa claro e uma tiara com flores brancas na cabeça. Eu sabia que foi Ally quem a vestiu porque a mesma disse que ela mesma desenhou e mandou um amigo estilista o fazer, ela queria coberto de pérolas e diamantes, mas Camila ameaçou de arrancar a cabeça dela caso ela aparecesse com um desse em sua frente. Então Ally argumentou dizendo que essa idéia ficaria para o casamento de Alie. Não vou negar que quem surtou dessa vez fui eu, porque estaria mentindo. A festa estava uma maravilha, o foco principal era nossa filha que estava mais animada do que o normal, todos queriam ter ela no colo e isso me deixava eufórica. Eu não queria poder deixar que eles levasse minha filha para longe, Alice poderia não ter vindo de Camz e eu, mas ela era nossa então ninguém tinha o direito de pegar ela nos braços. Óbvio que Camila era a mãe controlada ali e tentava me dizer que era preciso já que Alie gostava até mesmo do som que as bexigas faziam quando estouravam, o que deixava Ally tremendo sobre suas pernas. Vejam só, uma baixinha com quase 200 anos de existência com medo de balões!! A festa continuava animada e todos pareciam estar gostando das comidas servidas. O que era estranho já que o cheiro não era tão bom assim, até que finalmente a hora mais esperada havia chegado. Cantaríamos os parabéns para nossa pequena humaninha. Camila e eu nos colocamos atrás da mesa com o bolo e Alice logo estava entre nós duas. Ela estava em pé com a ajuda de um banco alto e segura por Camz. Todos ali sentiam a falta de Shawn e Sofi, até chegamos a imaginar que ela iria aparecer naquele momento, mas acabamos nos enganando. Normani e Troy que eram os mais sentiam falta deles, Normani dizia que a existência não tinha mais sentindo se não tivesse alguém pra bater. Relutantes​, eles preferiam não tocar no assunto. — Ja chega de fotos. — Eu disse pra Seth quando Alice coçou o olhinho. Eu sabia que ela estava bastante cansada e que em breve acabaria dormindo. — Você já tirou​ o suficiente. — Preciso desse momento registrando essa princesa. — Ele respondeu sorrindo pra ela. Alice se desfez toda. Malditos lobisomem que conquistava todas minhas filhas! — Vamos cantar o parabéns porque alguém está cansada demais pra continuar brincando. — Camila respondeu, Dinah acendeu a vela do grande bolo e a luz pareceu chamar a atenção do meu bebê. — HAPPY B.. — Quando o parabéns começou todos bateram palmas, isso pareceu ser super engraçado pra ela que começou a fazer gritinhos agudos e bater palminhas. Uma coisa adorável. Ela estava tão feliz... Mas foi no finalzinho da música que veio nossa grande surpresa e meu maior presente. Na minha cabeça, eu imaginava que primeiras palavras era algo marcante. Era obrigatório que fosse o nome dos pais ou denominação dada à eles. Eu queria que a primeira palavra que Alice disse fosse Lauren ou Mãe Lo, mas parecia ser complicado demais para ela. Também tínhamos tentados Camz, Karla ou Camila... Até Mila tinha sido alvo, mas nossa filha realmente nasceu para brincar no mundo, principalmente com a nossa cara. Quando a música chegou ao fim e todos gritavam um viva, eis que o pequeno ser com menos de 40 centímetros que fazia meu coração voltar à vida diz, vulgo berra: — Liceeeee!! — Junto com as mãos eufóricas repletas de palmas. Pegando todo mundo de surpresa, Camila e eu nos entreolhamos. — Nada mais justo do que ela dizer o nome dela. — Camz deu de ombros sorrindo. — Não é Lice? Alie concordou com a cabeça e começou a disparar diversos Lice's para todos os lados. Eu acabei gargalhando e olhando para aqueles seres mais importantes da minha vida. Eu tinha uma família incrível e era terrivelmente apaixonada por cada um delas mesmo que não tivéssemos completos, naquele instante..
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