∞ Capítulo 2 ∞

3307 Palavras
Manuelle Estava arrasada, recebi uma ligação da pastora dizendo que Marisa havia falecido ontem. A ficha desmorou a cair, Marisa aquela mulher cheia de vida, com um sorriso contagiante e um olhar cheio de sonhos e esperanças. Ela era uma mulher incrível, devo tanto a ela. Ela me fortaleceu tanto na igreja, quando pensava em deixar tudo para trás, lá estava ela sempre me animando. E eu nem me lembro de ter a agradecido por isso ... O que corta o meu coração é lembra de Luz, tão pequena, tão frágil. Perder a mãe criança é muito difícil, eu sei bem como é. É uma dor em qualquer idade. Mas quando ainda é criança, perde a mãe, é como perder uma parte de si. Você é indefesa e então tem que aprender a se proteger sozinha, sem os conselhos e os avisos de uma mãe. Quero está no enterro e dar um abraço bem apertado naquela pequena. O pessoal da igreja vão todos juntos às 13:00 horas. E eu com certeza vou com eles. Meu celular toca ... Vejo no visor que é o Cauã. Enxugo minhas lágrimas e atendo. Ligação em _ Alô. _ Oi Manu! Sou eu, liguei para dizer que hoje é minha folga e quero te levar para um lugar maneiro. _ Hum .. Cauã, eu meio que já tinha planos para hoje. Vou ao enterro da Marisa. _ Marisa morreu?  _ Sim. _ Marisa, a mãe da Luz? _ Essa mesmo. _ Nossa ... Eu não sabia, coitada da Luzinha, ela é muito pequena. _ Sim, 6 aninhos, me parte o coração. _ Eu entendo que você queira ir para o enterro. Mas pensa bem Mah, vê a Marisa que sempre foi tão cheia de vida, naquele caixão, não vai te fazer bem. Ao deixar de ir em um enterro triste com pessoas chorando, vem comigo se com divertir meus amigos. _ É que ... _ Ah Manu, eu tenho estado tão ocupado, queria fazer uma surpresa para você e te levar para um lugar maneiro e se diverti um pouco. _ Hum ... _ Faz tanto tempo que não temos um tempo juntos, diz que sim, e você ainda nem conhece meus amigos, sei que vai se diverti muito hoje. _ Ai, ok Cauã. Eu vou com você. Que horas? _ Eu te busco as 13 horas. _ E vamos aonde? _ Uma festa de aniversário de um amigo meu, vai ser bem descontraído. Você vai se divertir bastante. _ Ok, vou me arrumar, tchau. _ Tchau, te vejo depois. Ligação off Parece que meus planos mudaram... Mas vai fazer bem eu sair um pouco com o Cauã, tem tanto tempo que não saímos, nem parece que somos namorados. Queria dar uma abraço na Luz, mas vai ter vários outros momentos. Vou no guarda roupa, e pego uma calça jeans clara e uma blusa branca, com um casaco preto e um tênis branco. Tomo um banho demorado e depois me arrumo lentamente. Tinha uma parte de mim que estava tendo um m*l pressentimento sobre isso. Mas acho que é só uma coisa da minha cabeça, estou tensa demais por causa do enterro. Pego o meu celular e envio uma mensagem para o Lucas. "Hey Sherek, eu n irei no enterro, vou sair com o Cauã hoje. Manda um beijo pra Luz por mim". A resposta veio logo em seguida. "AFF, agr ele arrumou um tempo na agenda lotada dele? Nossa vc deve está lisonjeada ne. Divirta-se, mas juízo em garota. Bom passeio". "Obrigada.." Ouço uma buzina lá em baixo. Ele chegou! Pego uma bolsa pequena, onde coloco meu celular e vou ao encontro de Cauã. Ele estava lindo, calça jeans e blusa branca com a manga até o cotovelo. Ele me deu um sorriso e eu retribui.  Cauã: _ Oi Gata. Manuelle: _ Oi! Cauã: _ Vamos, o pessoal já está lá esperando. Manuelle: _ Ok, vamos. O carro parou em uma casa bem bonita. Daqui de fora dava para ouvir o som alto, de um funk. Torci o nariz, odeio funk. Cauã veio até mim e segurou minha mão e logo em seguida fomos para a entrada da casa. Tocamos a campainha e esperamos. _ Eae cara, essa é a sua mina? Cauã: _ É sim, o nome dela é Manuelle. "Sua mina". Vou tentar levar isso como algo positivo... _ E ae sou o Tiago. Você é muito linda, se deu bem em Cauã. Sorrio educada. Manuelle: _ Obrigada, você é o aniversariante? Tiago: _ Aniversariante? Ah não, essa não é uma festa de aniversário não. Manuelle: _ Não? _ Pergunto e dou uma olhada para o Cauã. Tiago: _ Não, meus pais tiveram que ir na casa da minha vó, a coroa passou m*l, e então eu aproveitei para dar uma festa, mas entrem logo que aqui dentro tá pegando fogo! Ele diz entrando e fazendo gesto para seguirmos. Antes de entrar olhei para o Cauã de novo com um olhar acusador e passei pela porta. Realmente ali deveria está pegando fogo, para nesse tempo frio as garotas estarem usando essas mini roupas. Tinha muita gente para aquela casa, o som está insuportavelmente alto, as pessoas estavam se esfregando entre si, e tinha pessoas com cheiro forte de bebida que fazia eu ficar com falta de ar. Andei rápido por aquilo tudo até um lugar vazio. Cauã me seguiu. Manuelle: _ Porque mentiu sobre a festa? _ Foi a primeira coisa que disse. Cauã coçou a cabeça. Cauã: _ Eu sei que não fiz certo, não deveria ter mentindo para você, mas se eu dissesse que a festa era porque os pais dele saíram, você não viria. Manuelle: _ Claro que não. Isso é errado. Cauã: _ Eu sei, mas ele é meu amigo, vamos apenas esquecer isso, e nos divertir, faz tanto tempo que não curtimos um pouco juntos. _ Ele diz fazendo carinho em minha bochecha. Suspiro alto. Manuelle: _ Tá... Já estou aqui mesmo. Cauã: _ Legal! Vem comigo que vou te apresentar meus amigos. Cauã pegou minha mão e foi me conduzindo até o que acho que seria uma segunda sala, mas tinha bem menos pessoas. Havia apenas 3 meninos sentados no sofá, e 4 meninas, 1 sentada em uma poltrona, 1 sentada no colo de um dos garotos e 2 no sofá colada cada uma a um garoto. Eu não costumava ver cenas assim então me sentir um pouco desconfortável. Cauã: _ E ae gente! Todos: _ Fala ae Cauã! Ah não brinca, que esses são os amigos dele... Bom não é que eu esteja jugando eles, mas eles são um pouco diferente do que eu imaginava. _ Quem é essa? Tiago: _ É a Manuelle. A mina dele. Tiago fala e só ai eu o reconheço, também com essa ruiva em seu colo não deu para vê-lo direito. A garota que estava na poltrona me olhou com olhar de poucos amigos. Ignorei isso e tentei dar o meu melhor sorriso. Manuelle: _ Então são vocês os amigos do Cauã, como o aguentam?  _ Tento soar divertida. Eles riem. Cauã: _ Ei! _ Cauã fala brincalhão. _ Com muita paciência, e umas bons socos para calar a boca desse i****a. _ Um amigo do Cauã diz. Manuelle: _ Ah então é isso.  Tiago apresentou todos ali da sala pra mim.  Até que estava indo bem, até que Tiago sai e volta com bebidas, todos se animam e pegam suas bebidas, menos Cauã e eu. Cauã me olha apreensivo. Ele sabe que odeio bebidas. Moisés: _ Não vão beber? Manuelle: _ Eu não bebo. Iago: _ Jura? É menor de idade. Manuelle: _ Sou, eu ainda vou completar meus 18 anos, mas não é.... Tiago: _ Mais falta muito? Cauã: _ Não a Manu daqui a pouco já completa os 18 anos. Poucos meses. Tiago: _ Ah então não tem importância, bebe! Manuelle: _ Eu não gosto de bebidas. Esther: _ Como sabe se nunca provou?  Iago: _ Falou tudo, prova apenas um pouquinho. Tiago: _ É finge que hoje você faz seus 18 anos, tem melhor coisa que começar assim? Manuelle: _Com certeza tem várias outras coisas melhores para fazer do que beber essa d***a.  Falo um pouco impaciente, para mim bebidas e cigarros são um tipo de drogas também, já que te fazem m*l. Esther: _ Uiii ficou estressadinha. Cauã: _ Gente deixa ela! Vem Manu. Vamos dançar um pouco lá na festa depois nos falamos. Cauã me leva novamente até aquele lugar abarrotado de gente. Cauã: _ Vem vamos dançar! _ Ele me puxa mas eu firmo meus pés para não me mover. Manuelle:  _ Essa música? Nem morta. Tocava um funk da Anitta. E como já disse eu realmente odeio funk.  Cauã: _ Só vamos dançar um pouco, não é como se a gente concordasse com a letra da música. Manuelle: _ Desculpa Cauã, mas eu não estou afim. Falo, mas era mesma coisa que nada. Pois Cauã pegou minhas duas mãos e começou a dançar comigo. Manuelle: _ É sério eu não quero. Então ele me rodou, colocou minha mãos em seu pescoço e as mãos dele foram até minha cintura. A música era muito agitada, eu não sabia porque ele queria dançar assim. Então as suas mãos que estavam apertando minha cintura desceram um pouco, e depois mais um pouco, e depois mais um pouco. Manuelle: _ Chega! _ Digo tirando sua mãos de mim. O mesmo bufa. E então me imprensa em uma parede e me beija. Suas mãos foram até barra da minha blusa e então ele tentou puxa-la um pouco mais para cima, mas eu o empurro. Manuelle: _ O que está tentando fazer? Perdeu o juízo, Cauã? Cauã: _ Qual é Manu, você tem quase 18 anos, uma hora ou outra.. Manuelle: _ Uma hora ou outra o que? _ Falo um tom mais alto que ele com raiva. Cauã: _ Nada Manuelle, nada! _ Ele fala estressado. E então faz algo que realmente me surpreendeu, ele tirou de seu bolso um cigarro e o acendeu o colocando na boca. Manuelle: _ Não acredito que você está fumando Cauã. Você me disse que odiava isso.  Ele não responde. Manuelle: _ Larga isso. _ Falo tentando tirar o cigarro dele. Cauã: _ Manuelle só porque você decidiu que não vai beber, fumar e etc, não quer dizer que as pessoas a sua volta devem fazer isso. Para de dar uma de santa, ninguém é santo, todos pecamos! E hoje você está um porre. Manuelle: _ Eu não estou dando uma de santa. Mas você está diferente do que era. Eu nunca conheci esse lado seu. Cauã: _ Você também tá, esta cada dia mais chata! Cheia de mimimi, de não pode isso, não pode aquilo. Você é cheia de "não's" isso estraga um relacionamento sabia. Manuelle: _ Ah então... Tiago: _ Ei.. Atrapalhei alguma DR aqui? _ Tiago diz brincalhão. _ Provavelmente não. Vai começar a tocar a banda da Esther, vamos lá. Tiago nos empurra até uma sala que tinha um palco improvisado. Esther: _ Antes de tocarmos, o Tiago tem umas palavrinhas para falar. _ Ela diz e pisca para o Tiago. Senti um m*l estar de repente... Tiago sobe e pega o microfone. Tiago: _ É o seguinte galera, aqui entre nós tem uma garota que já irá completar seus 18 anos, 18 anos é uma passagem muito importante não é não? Todos: _ ÉÉÉ!  Tiago: _ E podem acreditar que ela nunca bebeu álcool? Pois é, também fiquei chocado. Então queremos chamar a Manuelle aqui em cima, e fazer ela provar sua primeira bebida em público, vamos fingir que hoje ela tem 18 anos, e vamos apresenta-la a vida boa! Todos: _ Uhuuuull! Eu fique completamente irritada com aquela palhaçada toda. Eles levam um copo de bebida para cima do palco.  Tiago: _ Vem cá Manuelle! _ Tiago aponta para mim e me chama. Todos: _ Manu! Manu! Manu! Manu! Todos gritam para mim subir até o Cauã estava fazendo o mesmo. Dou um passo para trás mais Cauã me impede de passar. Tiago: _ Não seja medrosa, só um golezinho e a gente te deixa ir. Aquilo estava me irritando de mais. Dou um sorriso super falso para o Tiago. E sigo até o palco, todos começam a gritar. Tiago: _ É isso ai Manu, 18 anos uhuuulll... Pego o copo. Manuelle: _ 18 anos uhuuuulll! Repito e viro o copo inteiro em sua cabeça, o encharcando com aquela bebida, todos abrem a boca e ficam surpresos. Manuelle: _ Posso ter 18, 20 ou 30 anos, mas jamais vou deixar um bando de crianças acharem que mandam em mim. Jogo o copo plástico em cima dele e saio apressadamente daquele lugar. Cauã vai atrás de mim, e me alcança quando saio daquela casa. Cauã: _ Manu! _ Ele segura meu punho e me puxa para trás, me viro e dou lhe um t**a no rosto. Ele fica sem ação. Manuelle: _ Isso é pelo dia todo, eu nunca passei por tanto estresse como hoje, com você e seus amiguinhos. Para mim já deu, prometi a mim mesma que iria tentar para valer fazer nosso namoro dar certo. Mas já deu, eu não consigo mais, eu quero terminar! Cauã: _ Você quer terminar? Acha que eu me importo com isso? Garota esse foi o namoro mais chato de todos os que eu já tive. Você é uma criançona, que não sabe fazer nada. Seus beijos, seus carinhos, tudo é uma grande porcaria. Acha mesmo que eu aguentaria ficar muito tempo com você? Eu sou a trouxe aqui para te apresentar a eles, curti um pouco e depois iria terminar. Eu só comecei isso porque eu queria saber o quanto trouxa uma garotinha de igreja poderia ser. Te enganei tão fácil que até perdeu a graça. Já estava tremendo, mas não podia chorar ali, não na frente dele. Cerrei meus punhos. Manuelle: _ Então ótimo, você queria terminar e eu também. Parece que está tudo certo então. Cada um segue seu caminho, passar bem Cauã. Me solto dele e ando apressadamente até virar a rua. Quando viro a rua começo a correr para longe dali. Não acredito que me enganei tanto. Enquanto corriam as lágrimas também caiam.   Leon Hoje o dia estava cinza e frio, combinava perfeitamente com o que estava sentindo. Luz estava ao meu lado, ela vestia um lindo vestido branco com uma legging prata. Ela disse que mamãe gostava de cores claras, e não escuras. Sorri para ela e fiz o mesmo, subi ao meu quarto coloquei uma calça jeans clara e uma blusa branca. Mamãe realmente gostava de cores claras, ela dizia que a mostravam um pouco de paz. Desci, e Luz veio correndo e apertou a minha mão. E então saímos para o enterro. Havia muitas pessoas que não conhecia, minha mãe era uma pessoa bem simpática fazia amigos em todos os lugares possíveis. Desde que chegamos aqui, Luz não soltou minha mão um segundo sequer. Era bom, porque também precisava está junto a ela hoje. Quando estávamos andando, Luz para. Leon: _ O que foi Luz? Está bem? Luz: _ Eu.. quero vê-la. Leon: _ Você não precisa.... Luz: _ Por favor! Me leva até lá. _ Ela aponta até a sala onde estava o corpo de nossa mãe. Respiro fundo, eu não queria ir até lá. Leon: _ Ok, vamos. Entramos lá, e as pessoas que estavam saíram, para nos deixarem a sós. Mamãe estava com um vestido branco e dourado, Luz o havia escolhido, ela estava pálida, sem vida e sem aquele sorriso que eu sempre admirava em seu rosto. Vê-la naquele estado cortou o meu coração, e então a ficha começou a cair. Luz se aproximou devagar até o caixão. Luz: _ Mamãe.. _ Ela diz baixinho e deixa algumas lágrimas rolarem. _ Sei que você não está mais nesse corpo. Mas eu queria me despedir dele. Porque foi com ele que você me abraçou, me beijou e me protegeu, sei que não precisa mais dele. Mas vou sentir saudade de vê-lo. Você agora está com Papai do céu, ele é mesmo tão bonzinho como você falava? Espero que ele cuide bem de você. Eu prometo que vou continuar sendo uma boa menina, então fala para Ele em breve me deixar ir para o céu também. Vou esperar você falar com ele. Mas até lá, vou senti falta de vê-la dentro desse corpo, você era realmente linda. Adeus ex-corpo da mamãe, agora ela está no céu, ela não precisa mais de você. Minha irmã diz e pega a mão da minha mãe. Acho que não conseguiria descrever o quanto vê essa cena me deixou em cacos. Luz: _ Vou senti saudade de toca-la. _ Agora ela diz para mim. Vou até ela e coloco minha mão em cima das delas. Leon: _ Vamos ficar bem! Minha irmãzinha me olha e dá um sorriso fraco. Olho para o corpo sem vida de minha mãe. Leon: _ Adeus mãezinha, prometo cuidar de Luz muito bem. Vou senti saudade. Luz: _ Não precisa se despedir da mamãe, ela vai nos encontrar em breve lá no céu. Sorrio. Leon: _ Claro que vai. Então chegaram umas pessoas. _ Vamos ter que levar o corpo agora. Leon: _ Podem levar. _ Falo e puxo Luz para se afastar enquanto eles levam o caixão para fora e todos os seguem. Luz: _ Não vamos com eles? Leon: _ Não. Não vamos. _ Me viro para Luz e me ajoelho para ficar na altura dela. _ Não quero que a gente veja mamãe sendo enterrada, quero que lembramos apenas que ela está no céu. E é como você disse, nada disso é ela, é apenas o seu corpo. Mamãe está com papai do céu, Luz. E é só nisso que eu quero que você pense.  Luz concordou com a cabeça e me abraçou. Luz: _ Você está certo, irmão. Mamãe está no céu, esse corpo não é ela. _ Ela diz e chora em meu ombro. Não aguentando mais segurar minhas lagrimas acabo chorando junto a ela. Ouço alguém pigarrear e vejo que é a Clarisse. Clarisse: _ Oi. Eu vim ver vocês. Estão bem? Eu e Luz nos separamos e ambos respondemos que sim. Clarisse: _ Que bom, então vocês me conhecem, sabem que eu sinto fome nos momentos mais inapropriados, então pensei que talvez vocês queiram tomar um mega pote de sorvete comigo. E ai? Luz: _ Só se for misturado com açaí. Clarisse: _ Hummm, mas é claro, vou até copiar essa sua ideia. E você Leon? Leon: _ Acho melhor não, vou ir a um lugar. Mas vão e divirtam-se vocês duas! Clarisse: _ Ok, então vou levar a Luz para um passeio e mais tarde eu a levo pra casa. Leon: _ Obrigada, Clarisse. Clarisse: _ É para isso que serve os amigos. _ Ela pisca. _ Fique bem, Leon. Elas saem e eu também, mas elas foram para o lado da sorveteria e eu para o meu carro. Entrei no carro e sai dali. E quando peguei uma certa distância daquele lugar deixei as lágrimas caírem, e chorei. Chorei todas as lagrimas que reprimir dentro de mim. Sem ninguém para me olhar, chorei tudo o que podia dentro daquele carro. Minha vida mudaria para sempre. Dona Marisa não ligaria para mim toda semana me dando bronca. Nunca mais ouviria sua voz, nunca mais a veria, nunca, nunca mais. Sentir a dor no peito apenas crescer. Queria ter dito mais um “mãe, eu amo você”. Mas ela sabia, Dona Marisa sabia de tudo. Mãe. Eu vou sentir sua falta.     Manuelle Eu chorava no banco daquele ônibus, sem me importar com as pessoas olhando, apenas olhava pela janela e deixava as lágrimas caírem, eu não esperava ouvir tudo aquilo dele. Apenas me recompus, ele não merecia minhas lágrimas, desci no ponto perto de uma floricultura, comprei uma rosa branca. Olhei no relógio e já eram 15:15, fui andando até chegar em meu destino. Não havia mais ninguém. Foi procurando por seu nome, até que o achei. Marisa Clark Leite. Era verdade, ela realmente se foi.  Manuelle : _ Ah, oi. Eu não tenho nada a dizer, a não ser .. Obrigada. Obrigada por cuidar da minha alma, e por me orientar em minha caminhada. Você foi uma mãe da fé para mim. Que me ensinou coisas maravilhosas sobre a fé em Deus. Obrigada por ter existido, seu legado aqui na terra foi lindo. Sou muito agradecida por ter lhe conhecido. Aproveite bastante ai em cima!  Falo e coloco a rosa branca em cima da lapide. A rosa branca sempre foi sua flor favorita. Ela gostava do significado: paz, inocência e pureza. O mundo perfeitamente necessário! Deixo a rosa branca lá e vou embora. O dia já tinha sido terrível demais para mim.                  
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