Gabriel
Sem raciocinar, dei mais um passo em direção a ela. Uma mão pousou firme em cima do meu ombro me segurando e uma voz sussurra perto do meu ouvido:
— Deixe ela ir Gabriel. Por amor a ela, deixe ela ir.
Me virei e vi Matheus, me segurando ainda mais forte.
— Eu sei que é difícil, cara. Mas deixa ela ir, pela segurança dela — insistiu.
— É difícil Matheus. — respondi abaixando a cabeça e tentando me controlar. — Você tem razão. — Minha voz saiu ainda mais rouca. — Mas vê-la sofrer... e, pior, achando que eu a abandonei, achando que ela não foi importante pra mim... isso é capaz de me destruir.
Ele apertou meu ombro e me puxou pelo braço, e fomos andando em silêncio até um túmulo do outro lado do cemitério, e nos sentamos. O tempo estava mudando e o vento soprava mais frio.
— Po
