CAPÍTULO 08

1083 Palavras
Solange saiu sem pressa, já havia perdido a companhia dos amigos até o estacionamento, portanto não precisava andar rápido, caminhava pensativa sobre o cargo que estava exercendo e sobre a pergunta que Lucas tinha feito, acreditando que havia o magoado, porque não deu o telefone verdadeiro; sentia-se a arrependida por ter agido dessa forma, sabendo que a intenção não era ou magoar, pois fazia isso com todos. Acreditando que se Lucas havia se importado, era porque também tinha pensado nela, assim como pensou nele todos os dias desde o encontro, o querendo mais que si própria, mas não querendo admitir Ela olhou para trás, observou que Lucas também estava no estacionamento, restavam poucos carros, a maioria das pessoas haviam ido embora, Solange torcia para que Lucas não pedisse outra satisfação, desejando que não a chamasse, começando a caminhar um pouco mais rápido. Sentia o coração acelerar e palpitar, sendo alcançada por ele. “Acho meu pneu furou” falou Lucas brincando “pode me dar uma carona?” “Pelo menos” respondeu Solange risonha “Esse estacionamento não fecha como o outro não é mesmo?” “Você é uma pessoa muito sem graça” respondeu fazendo uma careta e sorrindo depois “acho que depois dessa, você me deve uma bebida, mas não confio em com você, se quiser uma carona prometo que te trago de volta”. “Desculpa” respondeu pegando seu capacete “não pago bebida alcoólica para ninguém, não sou a favor do uso, tenho um compromisso hoje, a carona vai ter que ficar para outro dia”. Lucas não entendia porque Solange não olhava nos olhos, se aproximando e notando que estava trêmula e nervosa. “Solange” chamou o Lucas com a voz terna enquanto colocava a mão em seu queixo, erguendo seu rosto e olhando em seus olhos “Não precisa ficar nervosa com a minha presença” ele se aproximou um pouco mais encostando Solange no carro que estava atrás dela, observando que os olhos brilhantes estavam perdidos e confusos, “somos adultos”. Lucas alcançou os lábios de Solange e a beijou, tinha a sensação de que matava a saudade, quando na verdade m*l a conhecia, sentindo uma alegria percorrer o seu corpo e sua mente, era como se Solange fosse uma bebida satisfatória que o alegrava e envolvia, o tirando de sua realidade. Solange queria muito aquele beijo, por diversas vezes acordou durante a noite imaginando e desejando os lábios de Lucas mais uma vez, por ela aquele momento nunca passaria, pois sabia que assim que abrisse seus olhos não poderia continuar nem alimentar as esperanças de Lucas se perguntando se devia ser verdadeira ou esconder o real motivo de não poder ficar com ele, prolongando a situação enquanto sentia Lucas segurando em sua cintura e aproximando o corpo, em lançando os seus braços em volta do pescoço dele do envolvendo, No calor do momento, Solange e Lucas se entregaram ao desejo e à paixão que sentiam um pelo outro. Os beijos eram intensos e cheios de fervor, como se estivessem se conectando em um nível mais profundo. O mundo ao redor parecia desaparecer, e só existiam eles dois, envoltos em uma aura de desejo e cumplicidade. Enquanto se beijavam, Solange lutava contra os sentimentos contraditórios que a consumiam. Por um lado, queria desfrutar daquela paixão arrebatadora com Lucas, deixar-se levar pelo momento. Por outro lado, a lembrança do passado a deixava perturbada, temia novamente uma desilusão, achando que aquilo poderia complicar ainda mais a situação. Aos poucos, os beijos se tornaram mais lentos e suaves, enquanto Solange e Lucas buscavam recuperar o fôlego. Eles se afastaram um pouco, ainda segurando um ao outro, e olharam nos olhos um do outro. “Desculpa Lucas” sussurrou Solange se afastando dele “não posso fazer, além do mais estamos no local de trabalho, sinto muito”. Solange colocou o capacete, rapidamente se diz em sua scooter, pois sabia que Lucas a encostasse novamente se renderia. “Qual é o problema?” perguntou frustrado tentando entender, “não podemos conversar?” “Talvez outra hora!”. “Solange fale comigo agora, e não insistirei”. Solange ficou em silêncio pensando que seria melhor abriu o jogo vou contar a verdade para ele, temendo que fosse ridicularizada. Ela respirou fundo e desceu da scooter, colocou o capacete no guidão, e com um olhar Sério e fixo no dele disse: “Antes de começar a falar preciso que entenda algo, assim como disse eu confirmo, somos adultos, o que faço dentro da empresa é de sua responsabilidade, mas o que acontece é que fora com a minha vida é de minha responsabilidade” ela passou a mão pelos cabelos loiros, estava um pouco atordoada, mordeu o lábio e continuou “não sou como a maioria das pessoas, entendi rápido que posso escolher o que quero para minha vida, sendo responsável pelas consequências, portanto escolhi um estilo de vida diferente” ela respirou fundo não gostava de tocar nesse assunto, “eu não saio mais de uma vez com o mesmo cara Lucas, por isso falei que não era nada com você e sim comigo”. “Não compreendo” respondeu Lucas tentando entender, que tinha ouvido o que ela disse. “Por que?” “É uma escolha, não tenho pretensão de um relacionamento Sério com ninguém, essa foi a forma que encontrei de me ajustar a vida. O que tivemos foi incrível, não estou falando para alimentar seu ego, eu estou falando porque foi real, você parece ser uma pessoa maravilhosa, isso não se dá ao fato de ser extremamente rico, mas percebo que é um homem diferente do restante, confesso que se realmente foi um prazer, mas acabou lá”. “Deixa entender um pouco mais” respondeu “não vou questionar o motivo que tem para pensar desta forma, mas você nunca sai duas vezes com o mesmo homem é isso?” “Sim” respondeu ficando envergonha, desejando ir embora. “Isso não é problema para mim” disse Lucas com um sorriso malicioso nos lábios “vou dar um jeito, vou respeitar estilo de vida, mas não vou te perder”. Lucas virou-se sem se despedir e seguiu para o seu carro, Solange respirou aliviada por ele ter saído de perto dela, porém não entendeu o que quis dizer, seguindo para casa pensativa as palavras dele e triste com suas escolhas.
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