Babi
Saio do supermercado uma da tarde e volto pra casa pensando em qual roupa vestir no churrasco. nimo não tenho nenhum, não sei com que cara eu vou aparecer lá se não tenho costume de frequentar festa assim. Eu sou muito na minha, converso com todo mundo mas não me enturmo com ninguém. Sou aquele tipo de pessoa caseira que só saio de casa pra trabalhar, ir no curso ou resolver alguma coisa no centro. Também nem tenho muito tempo, faço curso agora na parte da manhã, trabalho até às dez da noite e no final de semana limpo a casa, cuido de mim e de vez em quando brinco com os gêmeos ou assisto algum programa de tv, nada muito interessante. Sou praticamente uma velha de 24 anos, não faço nada que um jovem comum costuma fazer.
Chego no portão de casa já sentindo o cheiro do frango cozido que minha mãe faz todo domingo com macarrão, arroz, feijão e salada e aquela coquinha bem gelada. Depois do almoço fico curtindo preguiça na sala com a minha mãe assistindo filme na globo, conversando com a tay no w******p. Contei pra ela o que aconteceu e a loca me mandou um áudio gritando no surto. Não ia contar, mas eu não sei onde ele mora e como ela tem costume de ir nas resenhas aqui sabe onde é. Três horas da tarde vou pro meu quarto procurar o que vestir e tomar banho em seguida. Escolho bory de alcinha preto com bojo, aberto na cintura e saia jeans curta, rasgada com desfiadinhos na coxa na cor lavagem clara que fica perfeita no meu corpo. De banho tomado passo creme no corpo e visto o bory depois a saia me olhando no espelho. Faço um coque no alto do cabelo, deixando alguns cachos soltos, e vom a escovinha de dente uso minha pomada de cabelo pra modela os fios pequenos da testa, tampando algumas falhas que tenho. De frente ao espelho, passo rímel e delineador de gatinho nos olhos e gloss nude nos lábios. Passo meu perfume, coloco meu brinco de correntinha, relógio e minha pulseira de bolinhas dourada. Calço minha sandália rasteira preta de pedrinhas e pego minha bolsinha redonda de lado, guardo meu gloss e celular dentro, coloco meu óculos escuro da Oakley e estou pronta pra ir. Na sala minha mãe está deitada do mesmo jeito e quando me vê, olha de cima a baixo franzindo o cenho
Cida- vai na aonde vestida assim?
- num churrasco que me convidaram, mais tarde eu volto!_ dou uma ultima olhada na porta espelhada da estante antes de abrir a porta
Cida- hum. Juízo em _ sorrio mandando beijo pra ela e saio em seguida vendo os gêmeos brincando no quintal com Matheus filho da vizinha
No caminho compro um picolé no barzinho antes de subir a ladeira nesse calor de 40° graus. Caminho pelas sombras do muro, comprimentando alguns conhecidos até chegar no local que a Tay indicou no topo do morto quase sem ar. Ouço som de funk vindo da laje de um sobradinho mais a frente, com algumas pessoas bebendo na mureta, e o cheiro de carne assada faz minha boca encher de saliva mesmo estando sem fome. Sigo até a casa sendo observada por alguns vapor sentado na esquina, paro de frente o portão preto do sobrado e bato, logo sai orelha sub dono do morro
Orelha- fala tu princesa, o que deseja?_ ele me olha de cima a baixo com olhar malicioso me deixando sem graça
- Kevinho me chamou pra vir aqui. Pode chamar ele fazendo favor?_ ele sorri de lado e olha pra trás e assobia
Orelha- avisa o Kevinho que tem uma morena chamando ele _ ele diz alto e vira olhando pra mim _ qual teu nome mesmo?_ ajeita boné no alto da cabeça sorrindo com os olhos vermelhos
- Bárbara
Orelha- Tu que trabalha no supermercado do Dimas não é? _ concordo com a cabeça _ sempre te vejo por lá. Pensei que tu não gostasse de se envolver com bandido, nunca dá moral pra nois _ estalo meus dedos sentindo minhas mãos suadas
- mais eu não estou me envolvendo com ninguém, teu amigo me obrigou a vir _ ele arqueia a sobrancelha direita e kevinho aparece, usando bermuda tactel preta, com duas arma na cintura, kenner nos pés e uma regata no ombro direito com boné vermelho com a aba pra trás
Kevinho- já tava mandando os menor ir te buscar _ sorrio falso ele me olha de cima abaixo e umedece os lábios _ entra ai _ maneja a cabeça pra dentro e entra na frente, orelha me dá passagem e eu vou atrás dele, subindo alguns degraus, vendo algumas pessoas no caminho que me olham segurando copo de bebida enquanto conversam entre si._ Quer beber alguma coisa?_ ele entra na casa indo em direção a cozinha
- não obrigada _ olho pra umas pessoas sentada na sala bebendo também. Os homens comprimentam com aceno de cabeça e as mulher olham com desdém enquanto eu sigo ele até a cozinha americana _ por qual motivo você me quer aqui?_ encosto no batente da porta, levanto o óculos na cabeça e tiro o suor que se acumulou por baixo enquanto ele abre a geladeira
Kevinho- porque eu quero!_ ele tira uma latinha de Skol, arqueio uma sobrancelha e cruzo meus braços
- jura? _ digo com sarcasmo ele sorri de lado sem mostrar os dentes _ você nem me conhece vai ganhar o que com isso? _ ele se aproxima bebendo sua cerveja me olhando altivo
Kevinho- te conhecer marrenta pode não?
- me obrigando a vir em tua casa contra minha vontade? Tá começando direitinho _ passo uma unha na outra, me sentindo intimada pelo seu olhar mais não abaixo a cabeça
Kevinho- bem que me disseram que tu é marrenta. Não esperava tanto _ ele passa a língua entre os lábios, me encarando com seus olhos apertadinho avermelhados e se encosta com o ombro na parede de frente pra mim
- fala você o que quer comigo?
Kevinho- te conhece. Fala ai o que cé faz da vida sem ser trabalhar no Dimas? _ ri pelo nariz negando, passando minha unha do dedão no dente
- faço curso de administração na parte da manhã _ ele arqueia a sobrancelha
Kevinho- só isso?
-Só não, eu passo a maior parte do meu dia trabalhando no supermercado, quase não tenho tempo pra mim _ coloco meu cabelo atrás me sentindo acanha com a forma intimidante que ele me olha
Kevinho- Quantos anos você tem?
- 24 _ mordo o canto do meu lábio inferior nervosa
Kevinho- ta nervosa?_ avalia esquadrinhando meu rosto
- deveria?_ arqueio uma sobrancelha ele sorri de lado achando graça
Kevinho- não sei tá devendo?_ encara minha boca, passando a língua entre os lábios outra vez
- graças a Deus meu nome é limpo _ cruzo meus braços, seus olhos caem no meu decote _ mais alguma coisa?_ ironizou ele me encara e aperta os lábios
Kevinho- mermo tu sendo marrenta, gostei de ouvir sua voz _ do risada, tampando meus olhos, sentindo minhas bochechas esquentarem _ papo dez pô. É suave, não me irrita como a maioria _ umedeço meus lábios sorrindo
- obrigada _ fico sem graça e minha boca fica seca _ tô com sede _ mudo de assunto, sentindo meu coração quente acelerado. Ele encara meus olhos por um insta, batendo dois dedos na latinha, sorri desencostando da parede e vai pra geladeira
Kevinho- água ou cerveja?
- pode ser água
Kevinho- coé, tá com medo de beber e derramar bebida no braço de alguém outra vez? _ dou risada tampando a boca
- palhaço. Eu já disse que foi sem querer _ reviro meus olhos, apertando meus dedos na testa sem graça
Kevinho- Tu queria chamar minha atenção que eu sei. Já to acostumado ter sempre uma querendo minha atenção _ pisca olho convencido, faço cara de tédio ele me traz uma garrafinha e copo azul
- derrubando bebida no seu braço?_ sou sarcástica, ele dá de ombros _ bem capaz! Paguei vinte reais naquele copo de caipirinha pra desperdiçar chamando sua atenção _ bebo água olhando pra ele que sorri apertando os lábios
Kevinho- ta reclamando de vinte reais?
- lógico. Sou assalariada querido, qualquer dez reais perdido é muito _ entrego o copo vazio pra ele _ obrigada _ sorrio agradecida
Kevinho- bebe então ai gata. Aproveita que é de graça _ sorrio negando _ coé gata, me acompanha numa pelos, pô _ aperto meus lábios olhando pra ele que me encara de um jeito sexy, fazendo minha barriga encher de borboletas
- me dá uma latinha então _ ele abre a geladeira, tira uma da porta e fecha em seguida _ não tem droga injetada nela não neh?_ ele dá risada espontânea, me fazendo rir junto enquanto ele me entrega a latinha
Kevinho- ta me tirando né possivel _ ri sentindo meu rosto queimando de vergonha _ acha mermo que eu ia perder meu tempo com isso?_ dou de ombros abrindo a latinha gelada
- vai sabe neh? Não custa perguntar _ ele maneja a cabeça concordando, me olhando de um jeito sedutor tão sexy, que faz meu corpo aquecer mais que o normal
Orelha- Qual foi? Vão ficar trocando idéia aqui sozinho? bora lá pra cima junta com a geral _ ele diz atrás de mim, viro meu rosto vendo ele na porta da sala nos olhando
Kevinho- bora lá _ ele toca no meu cotovelo e passa por mim, jogando sua camisa no outro ombro e eu sigo atrás
Subimos a escada que leva pra lage, ouvindo o som do sorriso maroto. No último degrau vejo as mesmas pessoas que estavam na sala estavam na mesa próxima a churrasqueira e mais umas seis pessoas que eu não conheço, mas comprimentei com um breve sorriso no rosto. Kevinho sentou numa cadeira puxando outra pra que eu sentasse do seu lado e assim eu fiz. Eles começaram a conversar e aos poucos fui entrando na conversa enquanto comia churrasco e tomava cerveja sentindo o cheiro da maconha que eles fumam enquanto bebem. Na roda tem mais homens do que mulheres, e das seis que estão apenas duas conversam de boa enquanto as outras ficam de carão. Não sou de bajular ninguém, apenas conversei com quem se enturmou comigo e o que eu imaginei que seria um bicho de sete cabeça acabou sendo bem divertido.
Kevinho- e ai, ta de boa? _ concordo cruzando minhas pernas, ele desce olhar sobre elas e aperta os lábios _ vai fazer alguma coisa mais tarde?_ me olha nos meus olhos com seu chapado
- vou dormir. Tenho aula amanhã cedo _ coloco um pedaço da picanha na boca sem quebra contato visual, ele umedece os lábios olhando os meus
Kevinho- bora dá um rolê comigo?_ n**o com a cabeça já imaginando o tipo de rolê
- Já fiquei muito tempo com você. Depois só quero minha cama e descansar, nada mais.
Kevinho- Qual foi, minha companhia é tão r**m assim?_ faço careta indecisa
- não até que você é legalzinho _ brinco com ar de deboche, ele ri pelo nariz negando
Kevinho- legalzinho, pô? Ta de s*******m comigo! _ dou risada e seguro sua mão encostando minha cabeça em seu ombro ele me olha
- to brincando gatinho. Você é gente boa _ digo sorrindo encarando seus olhos, vidrados nos meus _ mesmo depois de ter me obrigado a vir, eu gostei de está aqui curtindo com você _ ele encara meus olhos e eu os dele sentindo uma sensação estranha e me afasto percebendo que se instalou um silêncio e todos nos olhavam
Kevinho- Qual foi?_ ele diz olhando pro orelha que sorri debochado
Orelha- tamo vendo o climinha do casal_ sinto meu rosto esquenta Kevinho mostra o dedo do meio pra ele
-acho melhor eu ir embora, já deu minha hora_ levanto abaixando barra da minha saia
Kevinho- vai não meu, fica mais ai, pô?_ segura minha mão com a testa franzida
Orelha- Qual gata, vai tirar nois mermo? Curtir mais aí, pô. Ta manerinho trocando ideia com nois!_ passo a mão na alça da minha bolsa negando
- Não é isso, é que eu realmente preciso ir. Tenho aula amanhã e preciso descansar mais cedo _ justifico tirando minha mão da dele sorrindo
Kevinho- eu te levo então _ levanta empurrando sua cadeira pra trás com a panturrilha
- não precisa, eu desço rapidinho
Kevinho- eu levo! Bora! _ pega sua camisa na mesa e joga no ombro e passa por mim puxando o cós de sua bermuda pra cima
- tchau pra vocês _ digo olhando pra todos que conversei que sorri acenando, e as cara de ** viram o rosto com tédio.
Desço as escadas com ele segurando minha mão até o final. Ele entra pela cozinha, sigo com ele até a sala, onde ele pega molho de chave na mesinha próximo a porta da sala e saímos pra fora até garagem, onde um Jaguar cor de grafite com os vidros escuros está guardado. Ele destrava e entra do lado do motorista e eu do outro e fico encantada com o luxo do carro.
- muito lindo seu carro_ ele pisca convencido com sorriso de lado, os meninos abrem o portão ele tira o carro da garagem e segue em silêncio até a rua da minha casa _ pode parar aqui, minha casa é essa verde logo ali _ a ponto pra ela duas casas a frente
Kevinho- Não vai mesmo dar um role comigo?_ n**o sorrindo
- já tá tarde e eu to cansada. Trabalhei até uma hora e nem tive tempo pra descansar direito _ justifico virando de lado, encarando seu rosto no escuro do carro
Kevinho- sexta feira pode ser?
- depende. Vai me levar pra onde?
Kevinho- não sei pra onde tu quer ir?_ dou de ombros
- não sendo motel ou algo do tipo vou pra qualquer lugar _ ele balança a cabeça concordando apertando os lábios
Kevinho- me passa teu número?_ falo pra ele que digita e salva no celular
- então tchau _ coloco a mão na porta, inclinando meu rosto até seu e beijo sua bochecha. Abro a porta pra sair, mas ele segura meu pulso meu pulso impedindo
Kevinho- nem um beijo de despedida?_ sorrio tímida com pouco de dúvida mais aceito
Fecho a porta e inclino até sua boca que vem de encontro com a minha e nos beijamos. Ele enfia seus dedos na minha nuca pressionando seus lábios nos meus, enquanto nossas línguas brincam numa sincronia gostosa que arrepia meu corpo todo. Coloco a palma da minha mão em sua bochecha sentindo o gosto de maconha misturado com cerveja em sua língua, que me faz chupá-la apreciando o sabor gostoso, ele geme em resposta. Meu corpo estremece quando sua outra mão aperta minha cintura e sua pegada faz minha i********e formiga pinicando de t***o. Seguro a vontade de gemer com a sensação gostosa que seu corpo trás ao meu, chupando e mordiscando meus lábios enquanto sua mão aperta meus cabelos. Coloco minha mão em seus ombros me afastando, quando sento o ar falta. Mesmo com a vontade de continua descido corta o beijo pois o calor que instalou dentro do carro se contínua vamos partir pra etapa que no momento estou querendo evitar. De olhos fechados sinto seus lábios beijar meu pescoço, deixando ele ainda mais arrepiado
Kevinho- tem certeza que não quer dar um rolê rapidinho comigo? _ diz com a voz grossa rouca, n**o com a cabeça sorrindo ele me dá um selinho _ c*****o tu me deixou estigadão e vai me deixar falando sozinho? _ mordo o lábio inferior rindo ele funga no meu pescoço apertando minha cintura, eu aperto as coxas sentindo minha i********e contrair e minha calcinha umedecer
- eu preciso ir antes que minha mãe apareça no portão _ fecho meus olhos sentindo seus beijos no meu pescoço subindo pro meu queixo
Kevinho- tem chance de te ver durante a semana?_ n**o com a cabeça ele beija minha bochecha
- é muito corrido pra mim. Sexta-feira a gente se vê outra vez _ seguro seu rosto olhando pro seus olhos apertadinhos e vermelhos
Kevinho- vou ficar contando os dias então _ sorri sarcástica
- até parece. Com tantas mulheres ao seu redor duvido muito que se lembre de mim tão cedo _ ele enfia sua mão na minha nuca prendendo meus cabelos e chupa meu queijo
Kevinho- do jeito que tu me instigou só com beijo vai ser difícil até dormi essa noite _ dou risada ele sorri e me dá um selinho
-vou fingir que acredito gatinho _ sussurro contra sua boca sorrindo e dou um selinho _ agora eu preciso entrar _ acaricio sua bochecha com meu dedão encarando seus olhos que faz o mesmo com os meus
Ele me beija com mais intensidade pressionando sua boca na minha enquanto aperta meu cabelo. Passo minhas unhas de leve na sua nuca ele coloca sua mão na minha coxa e aperta com certa força, fazendo minha pele arrepia até virilha e um gemido baixo meu soa entre o beijo, ele me aperta mais instigando, paramos o beijo por falta de ar.
- tchau _ sussuro segurando seu rosto entre as mãos, ele suspira frustrado me fazendo ri
Kevinho - tchau gostosa depois nois vê _ concordo sorrindo, dou mais um selinho nele e me afasto abrindo a porta
Saio sentindo seus olhos na minha b***a. Fecho a porta acenando pra ele que retribui com sinal de continência. Caminho até minha casa puxando minha sai pra baixo, sentindo meus lábios inchados e o gosto do seu beijo na boca. Paro no meu portão aceno pro carro que pisca farol e sai. Entro buscando o fôlego que seu beijo tirou deixando meu corpo em chamas. Com certeza esse foi o melhor beijo que eu já dei na vida.., Santo Deus… que pegada foi essa! Ainda sinto sua boca e seu perfume está impregnado no meu corpo com a fragrância gostosa que ele tem. Sei que é um erro, ele não vale p***a nenhuma mais literalmente tem a pegada que deixa qualquer uma fraca só com beijo. Eu não sou do tipo de garota que se apaixona fácil, nem penso em me envolver, mais que essa pegada dele mexeu com meus hormônios de um jeito diferente, não posso negar. Ele realmente é tudo que dizem e um pouco mais. Só com um beijo to como uma adolescente que deu o primeiro beijo escondida da mãe na escola. Pensa nisso me faz sorri como uma i****a, e me recomponho antes de abrir a porta e entrar em casa e os três sentandos na sala me olha estranhando
Gabriel- por que você tá vermelha?_ ele arqueia sobrancelha eu n**o sorrindo
-nada. Só calor. Vou tomar banho, tô cheirando fumaça _ justifico pouco nervosa indo em direção do meu quarto e minha mãe me olha apertando os olhos desconfiado
Pego minha toalha e entro no banheiro tirando a roupa lembrando de tudo que aconteceu. Ainda é cedo para tirar conclusões de quem ele seja, mais do pouco que pude perceber ele aparenta ser um cara legal. Egocêntrico mais gente boa. Não que isso me faça ter interesse nele, apesar desse lado ele não deixa de ser o bandido perigoso que é. Sei bem como ele trata as mulheres então não tenho intenção nenhuma, até porque depois do que o Lucas me fez eu não sei se consigo confiar em outro homem e nem quero. Só de imaginar a dor que ele me causou sinto calafrios e as imagens dele em cima de mim me atormentam, apertando meu peito e lágrimas involuntária escorre sem que eu possa controlar..
(...)
Entro na sala e todos já estão sentados e a professora Carla já me olha com reprovação. Perdia a hora e acabei pegando o ônibus que chega aqui quinze minutos depois
Aline- Foi dormir tarde e perdeu a hora gata? _ sorrio e sento na carteira atrás dela
- fui nada. Perdi a hora mesmo e acabei perdendo o ônibus _ justifico tirando meu caderno da mochila e coloco sobre a mesa junto com a bolsinha
Aline- depois eu tenho que te conta um babado que eu fiquei sabendo do Jonas _ Aline e suas fofocas, todos os dias ela tem um pra me conta de alguém da sala e eu como sou uma boa ouvinte escuto sem opinar em nada
- ta bom no intervalo tu me conta _ ela sorri e vira pra frente enquanto eu começo a escrever a matéria de recurso humano, antes que a professora apague a primeira parte...
(...)
Entro no supermercado e vou como sempre direto no meu armário guarda minha bolsinha e tranco indo tomar água
Lucas- quero falar com você _ os pelos do meu braço se arrepiam com o som da sua voz atrás de mim
- não tenho nada pra fala com você _ sou ríspida e me afasto antes dele pega meu braço, dona Eva da limpeza aparece junto com Jacson açougueiro Lucas se cala e eu agradeço a Deus mentalmente
Vou pro meu caixa, passo pano úmido com álcool por todo balcão organizado pra dispersar o nervosismo antes de começar mais um dia de trabalho. Lucas passou e eu nem fiz questão de olhar na cara dele, que me fuzilou com os olhos saindo. Ele não vai desistir de me atormentar e eu vou fazer o que posso pra me esquivar dele. Não sei como mais preciso fazer alguma coisa pra manter ele longe de mim. O único problema é que mesmo lutando contra eu sinto medo dele. Lucas não é forte que nem Kevinho mas é bem mais forte que eu. Lutei com toda força que tinha para tentar impedir que ele me estuprasse e não consegui. Implorei das outras vezes que ele me obrigou a fazer de novo, mas ele pouco se importou e satisfez seu desejo sórdido de novo. Com o peito doendo busco fôlego e dou início a mais um dia de trabalho. Abro o caixa e começo a atender as pessoas que esperam na fila. Vez e outra converso com as duas Tânia e Alessandra e tento distrair a cabeça da angústia que me esmaga por dentro. Kevinho passou com sua tropa no final da tarde e eu estava atendendo. Olhei em sua direção e o mesmo piscou discretamente e eu sorri mesmo conversando com a dona Célia que sempre compra aqui. Minutos depois meu celular vibra, eu termino de atendê e pego ele vendo uma mensagem de um número desconhecido. Vejo sua foto no perfil tampando o rosto com a aba do boné e sorrio
"Kevinho- não esqueci de tu não gatinha. Te ver agora só aumentou a sede de ficar contigo outra vez. Só não te chamo hoje porque tenho uns bagulho pra resolver. Se pá amanhã passo no teu trampo depois do horário pra te pegar nem que seja só dar um beijo nessa tua boca gostosa"
Sorri mordendo meu lábio inferior sentindo minha barriga cheia de borboletas outra vez
Whatsapp
Eu - se apaixona não gatinho, que eu sou difícil.
Kevinho - fica suave que o pai é blindado. Mesmo sendo uma mina gostosa como tu
Eu- abusado
Kevinho- sei que tu gosta
Eu- me conheceu ontem já acha que me conhece?
Kevinho- vai dizer que to mentindo?
Eu- sim
Kevinho- k.o. Se derreteu toda na minha mão ontem. To ligado no poder de sedução que tenho (mando emoji de tédio)
Eu- não fode cara
Kevinho- no momento e o que eu mais quero fazer contigo gostosa
Leio como se estivesse ouvindo sua voz e os pêlos do meu braço arrepiam e minhas bochechas esquentam. Um homem para com carrinho cheio de compras, bloqueo meu celular e passo a compra pensando no que responde....