46

1342 Palavras

Madruga Narrando Acordei com o telefone já cantando desgraça. Moleque da base me mandando áudio com a voz tremida, falando que retiraram corpo baleado de dentro da casa do meu filho. Mulher. Baleada na cara. Morta. Dentro da p***a da casa do Diego. Meu sangue já ferveu ali. Antes de dar o primeiro gole do café, já tava vestindo a bermuda, camisa por cima e a Glock no coldre. Não porque eu ia usar. Mas porque eu sou o Madruga, p***a. Pai do Zangado. Dono dessa p***a toda aqui há mais de trinta anos. O morro só respira porque eu deixo. E quando algo acontece aqui dentro, principalmente na casa do meu filho, e chega no meu ouvido por terceiro… alguém vai se f***r. Entrei no carro com o rádio estourando no painel e a cara amarrada. Desci a rua com o pneu cantando no paralelepípedo e o pov

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR