36

726 Palavras

Zangado narrando Saí da casa dela cuspindo ódio pelos olhos. A porta bateu atrás de mim com tanta força que o barulho ecoou pela rua silenciosa, mas eu não tava nem aí. Minha cabeça parecia um caldeirão fervendo prestes a explodir. A mão tremia de tanta raiva que eu nem consegui acender o cigarro direito enquanto caminhava em direção ao carro. Dei um soco no capô antes de entrar, tentando aliviar o impulso de voltar lá e fazer merda. Sentei no banco, bati a porta, liguei o motor no tapa e saí cantando pneu, com o peito entupido de ciúme, de ódio, de uma sensação que eu nem sabia explicar. A rua passava borrada pela janela, mas tudo o que eu conseguia ver era a p***a daquela ligação. A voz dela mandando eu calar a boca. Aquele nome, BRUNO, ecoando na minha cabeça igual maldição. Segurei

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR