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1474 Palavras

Dante Narrando Já era quase oito da manhã quando eu voltei pra casa com a cabeça virada do avesso. Que p***a eu fui fazer? Não era a primeira vez que eu saía pra descarregar, mas nunca tinha batido tão torto. Porque dessa vez eu sabia exatamente o rosto que eu tava buscando na cara de outra: o rosto da Maya. Entrei na sala ainda escura, joguei a Glock na estante e fiquei uns segundos parado, só ouvindo o tique‑taque do relógio. O cheiro dela ainda tava na casa inteira. Lembrei de como ela dormia agarrada no meu braço poucas horas antes e um peso lascado tomou conta. Merda, Dante… tu tá virando tudo que sempre odiou. Respirei fundo e fui pro modo “aniversário perfeito”, porque se tinha uma coisa que eu fazia direito era o dia dela. Todos os anos: bolo, presente, foguetório se ela pedisse

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