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836 Palavras

Buiu Narrando Cheguei em casa igual um rato. Quietinho. Madrugada já tinha batido faz tempo, o morro dormia e só os grilos lá fora cantavam. Silêncio total. Nem os vira-lata latindo tinha mais. Empurrei o portão devagar, fechei com cuidado. Entrei e joguei logo a chave em cima da mesa. A arma? Tirei da cintura, deixei em cima da pia da cozinha, como de costume. Não gosto de subir com ela quando eu tô assim… de cabeça quente e corpo leve de cachaça. Tirei a camisa no meio da cozinha mesmo. Tava suada, fedendo cigarro, bebida, bar. Joguei num canto qualquer. O boné foi junto. Cocei o peito, respirei fundo. A casa toda no escuro, só a luz azulinha da TV piscando lá de cima, dando aquele clarão torto na parede da escada. Subi devagar. Cada degrau era um passo pra ver qual ia ser a reação d

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