08

1078 Palavras

MAYA NARRANDO Ele subiu como quem foge. Nem me olhou de volta. Só passou por mim tenso, duro, quase me empurrando com o ombro. Tava pegando. Tava queimando por dentro. E eu… sorri. Encostei na parede, braços cruzados, ouvindo os passos dele sumindo lá em cima, e pensei: Duvido que eu vou ficar dentro de casa. Aposto que daqui a pouco ele vai se arrumar e sair também. Igual sempre faz. Ainda mais hoje, sexta-feira. Vai nada. Vai sumir, meter o pé, fingir que não viu nada e voltar de madrugada como se fosse dono do mundo. Mas não hoje. Hoje quem vai sair sou eu. Subi pro meu quarto e troquei de roupa devagar, com gosto. Vesti o biquíni preto por baixo — cavado, fio dental, daquele que marca o corpo certinho. Coloquei um short jeans rasgado e um top branco colado no peito. Perfume no ponto,

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR