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Dante narrando - Continuação Eu não via mais a casa, não via mais a rua, não via mais gente — só a raiva. A Jéssica na minha frente era o alvo de anos de mágoa que eu carregava entalado. Segurei ela pelo braço, firme. Ela tentou se soltar. Sem pensar, enfiei a mão no cabelo dela firme e puxei, arrastando pro corredor. — Quer ver a Maya? Então vou te mostrar a Maya— rosnei, tirando ela da cozinha. Ela gritava, esperneava, mas eu não tava ouvindo. Minha cabeça era um tambor batendo ódio. A Tânia veio atrás, chorando, tentando segurar meu ombro. — Dante, não faz isso! Foi culpa minha, eu deixei entrar! — ela berrava. Virei em cima dela, o sangue quente demais. — Culpa? Tu sabe o que é culpa? — eu virei a mão dando um tapão na cara dela, um tapa seco que fez o choro engasgar na gargan

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