Tânia narrando Passaram quinze dias. Quinze dias que eu não boto os pés naquela casa. Quinze dias desde aquela cena. Desde o dia em que tudo virou do avesso. E se tem uma coisa que me tira do sério nesses quinze dias… é a Jéssica. A mulher me liga todo dia. Todo santo dia. Me manda mensagem, áudio, pergunta da Maia, pergunta do Dante, pergunta se a menina tá comendo, se tá dormindo, se tá se recuperando… e eu? Eu não respondo. Eu ignoro. Não é porque eu sou má, não. É porque eu não suporto mais essa mulher. Logo ela. Que sumiu anos, que deixou a filha acreditando que tava morta, que preferiu viver de vestido caro e jantar com velho rico do que criar a filha que pariu. Agora quer vir pagar de mãe preocupada? — Ah, Tânia, você tá indo ver a Maia? Como ela tá hoje? Me responde, pelo a

