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1757 Palavras

A raiva tava pulsando em mim, queimando no peito igual fogo vivo. O carro tava parado, a mensagem que mandei pra Maia ainda na tela do celular e aquela imagem dela rindo cheia de graça com os moleques na pensão martelando minha cabeça, tirando minha paz. A mão tava apertada no volante, com tanta força que os dedos chegavam a doer. Do nada, o celular começou a tocar, vibrando alto no painel, quebrando aquele silêncio tenso. Olhei de relance e vi o nome na tela: Mãe. Bufei de primeira, respirando fundo pra tentar não descontar nela o que não tinha culpa. Atendi no segundo toque, a voz mais dura do que eu pretendia. — Fala, mãe. Mas do outro lado veio só choro, soluço desesperado, e aquilo já me ligou o alerta na hora. — Dante, vem aqui em casa, pelo amor de Deus, vem aqui agora! — a voz

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