TÂNIA NARRANDO O celular não parava de vibrar em cima da mesa da cozinha. Já era a terceira vez que a Jéssica mandava mensagem em menos de uma hora. Primeiro, queria saber se a Maia já tinha acordado. Depois, perguntou se ela tava animada com a cirurgia. Agora, queria saber se a menina tava bem, se tinha comentado algo, se tá nervosa, se tá feliz. Parecia que ela queria reconstruir o tempo perdido por mensagem. Suspirei fundo e larguei a colher de p*u na panela. A comida já tava quase pronta, mas o cheiro do tempero nem conseguia me distrair. Peguei o celular e digitei com pressa: — Jéssica, a Maia não tá em casa. Foi pro salão. Dois segundos depois, veio outra mensagem: — Salão? Mas hoje? O que ela foi fazer? Revirei os olhos e apoiei o quadril na bancada. Digitando devagar pra tent

