130

1085 Palavras

MAYA NARRANDO Depois que eu desliguei o telefone, a mão ainda tremia, suada, o peito parecia que ia explodir. O ódio correndo na minha veia era puro, fervendo, desgovernado. Se um dia eu tive alguma esperança de ter uma mãe de verdade, ela acabou ali. Naquele instante. Ouvindo a voz da Jéssica querendo justificar aquele nojo daquele homem, como se tivesse moral pra falar alguma coisa. Ela e aquele encosto do inferno quase ferraram a vida do Dante. E se ferrar a dele, vão mexer comigo. E quem mexe comigo, eu arranco o couro. — Se o Dante chegar aqui com um arranhão, eu vou até o inferno atrás de vocês dois, cês vão ver o que eu sou capaz de fazer — murmurei entre os dentes, andando de um lado pro outro na sala, o celular ainda apertado na mão como se fosse a cara dela. — Cês acham que eu

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR