MAIA NARRANDO Passaram-se uns dias desde o nosso “fim do mundo particular” — foi assim que eu passei a chamar aquela noite. E, desde então, a casa voltou a girar no mesmo ritmo de antes… ou quase. A Tânia já tá de volta, andando de um lado pro outro com aquele chinelo barulhento, varrendo tudo, reclamando da roupa suja jogada no chão, me dando bronca por deixar copo de suco no quarto, falando que vai esconder meu top do Flamengo porque eu não tiro aquela porcaria do corpo. Mas ela não sabe. Não sabe de nada. E eu dou graças. Eu e o Dante, a gente anda no limite. No risco. Ele tem sido mais cauteloso do que nunca, e por mais que ele tente fingir que é o mesmo cara de antes, eu sei. Eu vejo nos olhos dele. Ele tá tentando manter tudo sob controle, mas o controle já era faz tempo. Agor

