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1027 Palavras

JÉSSICA NARRANDO O mundo parecia que tinha desabado em cima de mim. Cada passo que eu dava até a porta de casa parecia mais pesado que o outro. O rosto inchado, os olhos ardendo, a garganta seca de tanto chorar. Mas eu precisava voltar pro papel. Pro teatro. Pra p***a da vida que eu construí mentindo pra todo mundo — principalmente pra mim mesma. Respirei fundo. Passei a mão no rosto, tentando ajeitar o pouco que restava da maquiagem borrada. Os olhos… não tinha mais como disfarçar, mas eu precisava tentar. A casa… silenciosa. Aquela mansão gelada, sem alma. Abri a porta devagar. O som da chave girando na fechadura ecoou na sala enorme. Entrei. O ar-condicionado gelado me arrepiou a pele. Cada passo que eu dava no mármore brilhante me lembrava que não era aqui que eu queria

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